Edição Atual2008 - Vol. 5, nº 14 | Maio/Junho/Julho/Agosto
EditorialPrezados leitoresJosé Luiz Miranda GuimarãesDOWNLOAD PDFArtigo originalCaptação de Córneas em Pacientes Oncológicos sob Cuidados Paliativos em Unidade de Alta Complexidadede Oncologia: campanha de orientação e avaliação de seu impacto Amaral YAM, Borges GS, Felippe GC, Mannes LP, Ribeiro MAS, Siqueira KA
Em 2007 foi iniciada uma campanha de incentivo à doação de córneas nos pacientes oncológicos sob cuidados paliativos, no período de abril a agosto, tendo resultados positivos quando comparado aos anos anteriores. Objetivo: Manter a campanha anterior, no mesmo período, aprimorando seu formato e avaliando sua efetividade. Materiais e métodos: A campanha iniciou em abril e seguiu até agosto de 2008. Foram realizadas orientações à equipe de saúde quanto à importância da doação de córneas e da possibilidade e meios de doação. A orientação se fez por meio da entrega de folhetos explicativos e reuniões para esclarecimento de dúvidas. Resultados: Foi estabelecida a percentagem e valor absoluto de pacientes oncológicos que doaram suas córneas, nos mesmos períodos anteriores à campanha e no período de vigência da mesma. A porcentagem de pacientes oncológicos que doaram suas córneas em 2008 foi de 15,2% enquanto no mesmo período dos anos anteriores foi de 0,0% (2005), 0,83% (2006) e 8,9% (2007). Os valores absolutos foram dezesseis doações (2008), seis (2007), uma (2006) e nenhuma (2005). As 32 córneas doadas durante a campanha, tiveram participação em mais de um terço dos transplantes de córneas realizados em Santa Catarina no período vigente. Conclusão: Como o valor percentual e absoluto de captações em pacientes oncológicos foi significativo, a manutenção do projeto deve ser estimulada. Com seus resultados, a campanha ajudou e ainda pode ajudar a reduzir o número de pacientes com alto grau de morbidade ocular que preenchem as listas de espera para transplantes no país.
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LER RESUMO | DOWNLOAD PDFArtigo originalQuimioterapia neoadjuvante em carcinoma epidermóide de via aerodigestiva superior: estudo piloto de 23 casos Franzi SA, Amar A, Lehn CN, Rapoport A
Introdução: O mau prognóstico do carcinoma avançado de cabeça e pescoço é devido às complicações e à falha de tratamento loco- regional. Aim - Avaliar a resposta à quimioterapia neoadjuvante à cirurgia e/ou radioterapia, pára-efeitos e relação com a sobrevida livre de doença (SLD). Métodos: Avaliamos prospectivamente 23 pacientes com carcinoma epidermóide avançado de cabeça e pescoço (estádios clínicos III e IV) tratados no Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Otorrinolaringologia do Hospital Heliópolis – São Paulo, no período de janeiro de 1998 a dezembro de 2000. A quimioterapia neoadjuvante (QTN) foi realizada com Cisplatina (CDDP) e 5 fluorouracil (5FU) com critérios adotados na avaliação da resposta loco-regional após cada ciclo, e os casos sem resposta eram encaminhados para cirurgia ou radioterapia. Resultados: A idade variou de 28 a 80 anos (média de 53 anos), sendo 20 homens e três mulheres. Todos os casos eram estádios clínicos III e IV, dos quais 11 localizados na boca, 4 na orofaringe, 2 na laringe, 5 na hipofaringe e 1 de seio maxilar. Em relação à QTN, seis pacientes receberam um ciclo, nove dois ciclos, seis três ciclos e dois quatro ciclos. Cerca de 14 pacientes tiveram resposta completa ou parcial à QTN. Observamos dois casos que evoluíram com metástases à distância. A taxa de SLD a três anos foi de 35%. Dois pacientes evoluíram com leucopenia grau 3, e um com broncopneumonia. Não ocorreram óbitos relacionados ao tratamento. Conclusão: A quimioterapia neoadjuvante com CDDP e 5FU foi bem tolerada pelos pacientes e a resposta pode ter um significado prognóstico.FECHAR RESUMO
Artigo originalO Papel da Oxaliplatina Associado à Quimioterapia Baseada em Fluorouracil e Leucovorin e Radioterapia em Tratamento Neoadjuvante do Câncer de RetoOliveira BC e Silvestrini AA
Os tumores de reto são neoplasias diagnosticadas, na maioria das vezes, em estádios avançados. O tratamento dos tumores avançados baseia-se em quimioterapia concomitante com radioterapia, em caráter neoadjuvante. O objetivo deste artigo é avaliar o papel da oxaliplatina associada à radioterapia e fluorouracil no tratamento de indução dos tumores de reto locoregionalmente avançados. Esta avaliação foi realizada através de uma revisão dos principais artigos publicados. Os estudos avaliados mostram que a adição de oxaliplatina não traz benefícios ao tratamento padrão estabelecido.FECHAR RESUMO
LER RESUMO | DOWNLOAD PDFRelato de CasoNeuroblastomas Retroperitoniais em Crianças: revisão da literatura e casuísticaDeyl RT, Pioner GT, Averbeck MA e Filho DS
Introdução: A incidência de tumores malignos na infância é de aproximadamente 1:10.000, sendo 2/3 tumores sólidos. Os dois tipos mais freqüentes são o neuroblastoma e o tumor de Wilms. A terapia multimodal é utilizada na maioria dos pacientes e propicia elevada taxa de cura. Objetivo: Apresentar a casuística de neuroblastomas retroperitoneais do Hospital da Criança Santo Antônio (hospital referência em oncologia pediátrica). Materiais e Métodos: Revisão da literatura e análise retrospectiva dos casos submetidos à cirurgia por tumores retroperitoneais de 2003 a 2008. Resultados: De 39 pacientes, 57 % eram meninas. A idade média foi 44,8 meses. Os órgãos mais acometidos foram glândula supra-renal (19 casos), rim (17 casos) e cadeia simpática (3 casos). O tumor mais comum foi o neuroblastoma (43%), seguido do tumor de Wilms (38%). Outros tipos histológicos achados foram: carcinoma de pequenas células, nefroma mesoblástico, adenocarcinoma de supra-renal e ganglioneuroblastoma. Quanto aos tumores de supra-renal, cinco casos apresentavam trombo de Veia Cava Inferior (3 neuroblastomas e 2 adenocarcinomas de supra- renal). Todos os casos foram tratados seguindo os protocolos da Sociedade Internacional de Oncologia Pediátrica (SIOP), após investigação hormonal, de imagem e laboratorial. Nos casos de adenocarcinoma a cirugia foi a terapia inicial; um fato interessante é que todos os pacientes com este tumor tinham virilização. Quando os achados de imagem e laboratorias indicavam neuroblastoma era realizada uma biópsia pelo retroperitônio seguida de quimioterapia, conforme protocolo SIOP, e posteriormente se executava cirurgia para ressecção da massa tumoral residual. Em 3 casos realizamos second look por recidiva do tumor. Quatro pacientes foram submetidos a transplante autólogo de medula devido ao estádio ou doença residual. A técnica videolaparoscópica foi utilizada em dois pacientes, o primeiro apresentava um tumor de pequenas proporções na glândula supra-renal direita, cujo exame anatomo- patológico demonstrou neuroblastoma, e o segundo paciente apresentava um tumor de Wilms sem trombo na veia cava. Conclusão: Os tumores retroperitoneais representam a maioria absoluta das neoplasias sólidas em crianças. O tratamento do multimodal estantartizado em protocolos visa, atualmente, uma relação balanceada entre baixa morbidade e alta possibilidade de cura.FECHAR RESUMO
LER RESUMO | DOWNLOAD PDFPERSPECTIVA INTERDISCIPLINARPapel do Farmacêutico na Oncologia: da manipulação à assistência farmacêuticaMatile E
Em 1996 foi promulgada a Resolução 288/96, pelo Conselho Federal de Farmácia, que estabelece o parecer a respeito da atuação do farmacêutico em Oncologia, lhe conferindo o papel de manipulador dos quimioterápicos. Em 2001 foi fundada a SOBRAFO, Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em Oncologia, e desde então novas diretrizes referentes à atuação do farmacêutico na oncologia vem sendo discutidas. Tais diretrizes mostram que o farmacêutico é capacitado a desenvolver outras funções dentro da equipe multidisciplinar, como Atenção Farmacêutica aos pacientes oncológicos, informação aos demais profissionais da equipe multidisciplinar, com papel fundamental nas comissões interdisciplinares e formulações de protocolos, entre outras.FECHAR RESUMO