Edição Atual2008 - Vol. 5, nº 15 | Setembro/Outubro/Novembro/Dezembro
EditorialPrezados ColegasJosé Luiz Miranda GuimarãesDOWNLOAD PDFArtigo originalAvaliação da Produção Científica Brasileira pelos Trabalhos Selecionados para Encontros Anuais da ASCO: para onde estamos indo? Masson AL, Mangabeira A, Bueno da Silva AEB e Saad ED
A pesquisa clínica está crescendo no Brasil, e muitos dos estudos recentes importantes no campo da oncologia incluíram um número substancial de pacientes brasileiros. Entretanto, é difícil estabelecer até que ponto ocorreu um aumento proporcional da pesquisa originada no Brasil. Nosso grupo vem tentando responder a esta questão por meio de análises bibliométricas dos Encontros Anuais da American Society of Clinical Oncology (ASCO). Essas análises incluem a avaliação criteriosa dos 244 estudos brasileiros (0,97% do total) encontrados em busca manual dos 24.998 abstracts publicados nos Anais do encontro da ASCO durante os anos de 2001 a 2007, bem como a avaliação da nacionalidade de 2.206 abstracts aleatoriamente selecionados a partir dos 22.045 trabalhos apresentados nos encontros de 2001 a 2003 e 2006 a 2008. Nossos dados mostram aumento significativo da proporção de estudos brasileiros ao longo dos anos (P=0,017). Por outro lado, nosso estudo sugere que deve haver preocupação com a qualidade desses estudos, já que 69,7% deles não foram apresentados no encontro, aparecendo apenas nos Anais como publication only, e apenas 16,9% dos abstracts de 2001 a 2005 foram publicados em revistas indexadas nas bases de dados Medline e Lilacs. Nosso estudo demonstra empiricamente o aumento da produção científica por parte dos pesquisadores brasileiros na área de oncologia, mas sugere também que é necessário um esforço para aumentar a taxa de publicação dos estudos.
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LER RESUMO | DOWNLOAD PDFArtigo originalAvaliação Retrospectiva do Tratamento e Sobrevida dos Pacientes com Neoplasia Maligna do Timo no Instituto Nacional de Câncer (INCA) Baldotto CS, Siqueira M e Dutra JG
Timoma e carcinoma tímico são neoplasias raras em todo o mundo. A maior parte dos dados publicados são estudos retrospectivos de instituições de grande porte e referência em tratamento oncológico. Este estudo teve como objetivo traçar o perfil desta população no Instituto Nacional de Câncer (INCA), através da análise retrospectiva dos prontuários de todos os pacientes com diagnóstico de timoma ou carcinoma tímico, atendidos no período de janeiro de 1996 a dezembro de 2007. Foram analisados 43 pacientes no período. Evidenciamos características clínicas, formas de tratamento e taxas de sobrevida semelhantes aos da literatura vigente. Nossos dados, em um período de 12 anos, contemplam um número de casos representativo para a raridade destas patologias. Os resultados demonstram a necessidade de investigação de novas terapias para melhorar o prognóstico da doença avançada.FECHAR RESUMO
Artigo originalMucosite Oral: patogênese e manuseio clínicoRibeiro RA, Leitão RFC, Sant'ana RO, Moura JFB, Lima V, Medeiros RP, Marques Neto RD, Lima Junior RCP, Vale ML, Souza MHLP e Brito GAC
Apesar dos modestos avanços na compreensão e no tratamento de alguns efeitos adversos dos fármacos antineoplásicos, a maioria de suas patogêneses ainda carece de esclarecimentos definitivos, como é o caso da mucosite oral, cujo tratamento ainda hoje se resume predominantemente a analgésicos e medidas de higiene da cavidade oral. A ocorrência de mucosite e seu grau de intensidade podem retardar ou impedir a continuação do tratamento antineoplásico. A despeito de sua freqüência, impacto em termos de sinto- matologia e dos custos econômicos relacionados à saúde, intervenções terapêuticas efetivas para prevenção ou tratamento da mucosite, até recentemente, não estavam disponíveis. Entretanto, com o maior entendimento acerca dos mecanismos moleculares associados ao desenvolvimento da mucosite, novas oportunidades para intervenções têm surgido. Assim, acredita-se que uma possível intervenção terapêutica efetiva, baseada em modulação de vias inflamatórias específicas, estará disponível nos próximos anos.
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LER RESUMO | DOWNLOAD PDFArtigo OriginalQuimioterapia de Indução em Tumores de Cabeça e PescoçoSilvestrini AA
Os tumores de cabeça e pescoço são neoplasias agressivas, na maioria das vezes diagnosticadas em estádios avançados. O tratamento dos tumores avançados baseia-se em quimioterapia concomitante com radioterapia. O objetivo deste artigo é mostrar o papel da quimioterapia de indução nos tumores de cabeça e pescoço através de uma revisão dos artigos publicados. Estudos recentes mostram o benefício do tratamento quimioterápico de indução em tumores loco-regionalmente avançados.FECHAR RESUMO