Edição Atual2011 - Vol. 8, nº 24 | Abril/Maio/Junho
EditorialUma nova era para o melanoma metastáticoRafael Aron SchmerlingDOWNLOAD PDFArtigo originalCâncer de mama em São Caetano do Sul: estudo epidemiológico Oliveira VF, Bernardi MA, Caivano F, Bueno SCP, Gomes MRA, Bonaparte MC, Grespan RMZ, Oliani HBS, Stephan AB, Auricchio D, Marqui MP, Romão VF e Santoro HJ
Objetivo: Determinar a taxa bruta de incidência de câncer de mama no município de São Caetano do Sul, bem como analisar o estadiamento clínico e os tratamentos a que foram submetidas as pacientes, durante o ano de 2008. Metodologia: esclarecimento da população sobre a importância do auto-exame (Programa elas por elas), da necessidade da consulta anual com os mastologistas da rede e da mamografia anual, após os 35 anos; agilização para as consultas com os mastologistas e exames complementares; rapidez na realização dos tratamentos cirúrgicos e nos tratamentos complementares. Resultados: O total de mulheres atingidas foi 15.815, tendo sido realizadas 6734 mamografias e diagnosticados 79 casos de câncer de mama. Foram realizadas 27 mastectomias (todas com linfadenectomia,sendo 2 bilaterais), 31 quadrantectomias(6 com estudo do Linfonodo sentinela e 25 com linfade- nectomia, 12 setorectomias, 8 biópsias diagnósticas e 1 linfadenectomia em paciente previamente tratada. Durante o acompanhamento até agosto de 2009, morreram 12 pacientes, sendo 1 de AVC pós-cirúrgico, 2 por cardiopatias e 9 pelo câncer de mama. O estadiamento clínico dos casos foram : Carcinoma intra-ductais – 7, estadiamento I – 20, estadiamento IIA – 11, estadiamento IIB – 21, estadiamento IIIA – 4, estadiamento IIIB – 2, estadiamento IV – 12, estadiamento X – 1, e estadiamento Z – 1 caso. De todos os casos diagnosticados, 43(54,4%) receberam quimioterapia, 49(62%) receberam radioterapia e, 36(45,5%) encontram-se em hormonioterapia. Conclusões: A incidência de casos novos de câncer de mama em São Caetano do Sul (taxa bruta), foi de 116 casos por 100.000 mulheres. O risco de morte por câncer de mama no primeiro ano após o diagnóstico foi de 10%, mostrando que ainda estamos fazendo diagnóstico tardio (22% já em estadiamentos clínicos III e IV). Outra comprovação disto é o alto número de pacientes que requereram tratamento quimio- terapico – 62%. O Programa deve ser mantido, visando aumentar sobrevida pós-diagnóstico e os índices de cura no futuro.
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LER RESUMO | DOWNLOAD PDFArtigo originalPerfil de pacientes com câncer do pulmão e a adesão ao tratamento fisioterapêutico em uma clínica de oncologia de Porto Alegre – RS Pâmela von Mühlen, Greice Verza, Iara Rodrigues da Silva e Patrícia Cilene Freitas Satn'Anna
Introdução: O câncer do pulmão é o mais comum de todos os tumores malignos, apresentando um aumento por ano de 2% na sua incidência mundial. O fisioterapeuta faz parte de uma equipe interdisciplinar de saúde e atua de forma abrangente na sintomatologia dos pacientes oncológicos, tendo como principais objetivos sua reabilitação biopsicossocial e recuperação precoce da funcionalidade. Objetivos: Este estudo visou analisar os dados demográficos de pacientes de câncer do pulmão, bem como avaliar sua adesão e/ou continuidade ao tratamento fisioterapêutico de uma clínica de oncologia. Métodos: Foi realizada a análise dos prontuários de pacientes portadores de câncer do pulmão, acompanhados em uma Clínica de Oncologia de Porto Alegre, no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2008. Resultados e Conclusão: Predominou o gênero feminino, com idade entre 60-79 anos, a maioria já falecida, e de procedência da mesma cidade da clínica (Porto Alegre). Quanto a adesão e/ou continuidade os maiores índices foram de pacientes que iniciaram e não finalizaram o tratamento fisioterapêutico. É preciso deixar claro a importância da atuação e objetivos da fisioterapia tanto para a equipe quanto para os pacientes e familiares, facilitando assim a aceitação e a efeti- vidade do atendimento.FECHAR RESUMO
Artigo originalProfilaxia ambulatorial do tromboembolismo venoso nos pacientes oncológicosNicolas Lazaretti, Franciele Scortegagna, Luis Alberto Schlittler, Rodrigo Ughini Villarroell e Pedro Lourega
Atualmente a maioria dos pacientes com tumores sólidos ou neoplasia hematológica recebe tratamento oncológico ambulatorialmente. Nos pacientes oncológicos em geral, o risco de desenvolver tromboembolismo venoso (TVE) está aumentado e associado à maior morbi- mortalidade. Dessa forma, a profilaxia anticoagulante parece ser indispensável, porém está associada a inúmeras complicações o que torna seu uso restrito a pacientes de alto risco. Além disso, a profilaxia de TVE em pacientes ambulatórias não é recomendada devido à escassez de estudos sobre esse tema específico. Fica claro, portanto, que novos estudos são necessários assim como testes e desenvolvimento de novos agentes anti-trombóticos para assegurar uma profilaxia onde os benefícios superem os riscos estimados durante o tratamento dos pacientes ambulatoriais.
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LER RESUMO | DOWNLOAD PDFArtigo ORIGINALSuplementação de ácidos graxos ômega-3 no tratamento da caquexia do câncer: uma revisãoMarques, D.C., Fornés, N.S., Cunha, J. e Stringhini, M.L.F.
A caquexia do câncer é caracterizada pela perda ponderal e imunossupressão, estando associada a uma piora no prognóstico e na qualidade de vida. Ensaios clínicos sugerem que os ácidos graxos ômega-3 exercem efeitos benéficos sobre a caquexia, favorecendo a estabilização do peso e melhora do estado nutricional. O provável mecanismo de ação destes ácidos graxos é a modulação da resposta inflamatória, reduzindo a secreção de citocinas pró-inflamatórias pelo tumor, como as interleucinas, Fator de Necrose Tumoral (TNF-D) e Fator de Indução da Proteólise (PIF). Entretanto, são necessários mais ensaios clínicos para comprovação da real eficácia dos ácidos graxos ômega-3 sobre parâmetros clínicos e nutricionais do paciente com câncer.FECHAR RESUMO
LER RESUMO | DOWNLOAD PDFARTIGO DE REVISÃOOrientações aos pacientes sobre a utilização de antineoplásicos orais em um ambulatório de quimioterapia adulto de um hospital oncológicoFranciane Schneider, Amanda Martinez Slomp, Jeanine Marie Nardin, Ricardo Isaías Testoni e Simone da Silva Nunes
A quimioterapia, uma das modalidades de tratamento para combater o câncer, pode ser administrada por diferentes vias. Tem-se observado o desenvolvimento crescente de drogas antineoplásicas para serem administradas por via oral, a qual é conhecida por sua conveni- ência, melhor aceitação do paciente e fácil manejo dos efeitos tóxicos quando comparada a outras vias de administração. Apesar de suas vantagens, cuidados especiais são requeridos para alcançar a adesão do paciente ao tratamento, considerando que seu seguimento in- correto pode comprometer a resposta terapêutica. Uma orientação adequada de enfermeiros e farmacêuticos durante o atendimento e entrega do antineoplásico oral é essencial para facilitar a compreensão do paciente e o seguimento da terapia. Sendo assim, foram rela- cionados os antineoplásicos orais utilizados em um hospital oncológico e dispensados pelo Ambulatório de Quimioterapia Adulto, pesquisadas informações relevantes relacionadas à forma de administração, recomendações gerais para o uso correto, armazenagem, possíveis reações adversas e outros cuidados específicos de cada medicamento. Tais informações foram compiladas e analisadas e, a partir delas, desenvolveu-se um instrumento para cada antineoplásico a ser entregue ao paciente. A entrega desse material auto-explicativo visou reforçar o entendimento do paciente, proporcionou melhor atendimento e permitiu a oti- mização dos resultados da quimioterapia via oral proposta.FECHAR RESUMO