Edição 272012 - Vol. 8, nº 27 | Janeiro/Fevereiro/Março
EditorialSan Antonio Breast Cancer Symposium 2011Daniel L. GimenesLER RESUMO | DOWNLOAD PDFArtigo originalAnálise de sobrevida em pacientes idosos submetidos a tratamento quimioterápico adjuvante no câncer de mama. Estudo retrospectivo em uma instituição pública Diogo Dequech Gavarrete, Nils Gunnar Skare, Ana Luiza Gomes de Moraes Wiermann, Thais Abreu de Almeida, Roger Akira Shiomi, Josiane Mourão Dias, Rodrigo Jachimowski Barbosa, Renata Vecentin Becker e Luciano Rios Scherrer
Introdução: Câncer de mama é o mais comum tipo de câncer entre as mulheres, contabilizando aproximadamente 22% dos novos casos de câncer. Recentemente houve uma nova tendência na epidemiologia dessa doença, especialmente no perfil populacional, com uma crescente incidência em pacientes idosos. Para analisar retrospectivamente o total de sobrevivência e sobrevida livre de doença, bem como os aspectos relacionados a tolerância de quimioterapia artéria sistêmica em pacientes idosos. Métodos: Analizamos retrospectivamente 59 pacientes de mais de 65 anos de idade com câncer de mama em estado clínico de I a III tratados com quimioterapia pós operatória no período de maio de 2000 até maio de 2011. Resultados: A totalidade de sobrevivência foi de 57% (CI 39.7% a 81.8%) e a sobrevida livre de doença em seis anos foi de 63% (CI 45.6% a 87%). Esses resultados foram obtidos nas expensas de grandes toxidades hematológicas, principalmente anemia e granulocitopenia. Conclusões: Concluímos que existe uma grande toxidade na população estudada com constantes necessidades de ajustes de dose, admissões hospitalares e interrupção de tratamento. Quimioterapia adjuvante deve ser ministrada com cautela, devido a morbilidade inerente a essa população, de modo a obter os benefícios descritos na literatura.
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LER RESUMO | DOWNLOAD PDFArtigo originalAvaliação do Escore de Gleason como fator prognóstico em pacientes com câncer de próstata em hormonioterapia Ricardo Löbler, Dalnei Veiga Pereira, Virgínia Maria Cóser, Nelson Barbosa Franco Neto e Gisele Aparecida da Costa Batuira
A neoplasia maligna de próstata é o câncer mais incidente no Brasil. Existem fatores prognósticos bem estabelecidos para doença localizada, entretanto a literatura médica é pobre na avaliação prognóstica de pacientes com doença avançada. Neste estudo foram selecionados 84 pacientes submetidos à hormonioterapia com análogo do LhRh, em tratamento no Hospital Universitário de Santa Maria no período de maio de 2010 a maio de 2011. Eles foram divididos em 2 grupos: pacientes com Escores de Gleason mais altos (7 proveniente de 4 + 3, 8 a 10) e pacientes com Escores de Gleason mais baixos (7 proveniente de 3 + 4, 2 a 6) e analisados quanto a indicação de hormonioterapia. A indicação de hormonioterapia em pacientes com Escores de Gleason mais altos ocorreu por detecção de metástases em 15 (44,1%) e por recorrência bioquímica em 19 (55,9%) dos 34 pacientes, já no grupo de pacientes com Escores de Gleason mais baixos ocorreu por doença metastática em 11 (22%) e por recorrência bioquímica em 39 (88%) dos 50 pacientes. Houve, portanto, maior indicação de hormonioterapia com análogo do LhRh por doença metastática no sub-grupo com Escores de Gleason mais altos e esta diferença foi esta- tisticamente significativa (p=0,031) fortalecendo a sua associação com maior risco de doença metastática e validando sua relevância prognóstica também nos pacientes com doença avançada. A partir destes dados pode-se sugerir a necessidade de um estadiamento mais cuidadoso para os pacientes com Escores de Gleason mais altos, uma vez que apresentam uma maior probabilidade de evolução para doença metastática.FECHAR RESUMO
Artigo originalPrevalência da mutação BRCA1 e BRCA2 em pacientes com câncer de mama em uma população do Rio de Janeiro, BrasilMagda C.B. Gomes, Mauricio M. Costa, Roberto Vieira, Firmino A. Gomes Filho, Sergio Koifman, Pig Sun e Steven A. Narod
A contribuição do BRCA1 e BRCA2 na incidência de câncer de mama no Brasil ainda não foi ava- liada previamente. O objetivo deste estudo foi estimar a proporção de câncer de mama relacionado à mutação do BRCA1 e BRCA2 em uma população de pacientes portadores de câncer de mama escolhidos aleatóriamente no Rio de Janeiro. Foram avaliadas 402 mulheres com diagnóstico de câncer de mama de um Hospital público e de duas clínicas oncológicas privadas. Foram realizadas uma história clínica detalhada e colhidas amostras de sangue para análise de DNA. As mutações de BRCA1 e BRCA2 foram identificadas através da combinação de técnicas específicas, porém todas as mutações foram confirmadas por sequenciamento direto. No total foram identificadas 9 mutações, seis no BRCA 1 e três no BRCA2, representando 2,3% do total de pacientes. A mutação mais comum, 5382insC no BRCA1 foi encontrada em cinco casos, correspondendo a 56% das mutações identificadas. Uma outra mutação no BRCA 2 (6633del5) foram evidenciadas em duas situações clínicas não relacionadas. Em resumo, as mutações do BRCA1 e BRCA2 não são incomuns nas mulheres brasileiras portadoras de câncer de mama. Aparentemente existe um predomínio de alguns tipos de mutações, e se estas forem de fato prevalentes na população brasileira, aumentaria a possibilidade do desenvolvimento de um teste genético rápido e economicamente acessível para o rastreamento da suscetibilidade adquirida do câncer de mama no Brasil.
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LER RESUMO | DOWNLOAD PDFArtigo de revisÃOCâncer de esôfago: da radioterapia à terapia trimodal – um “overview"Heloisa M. Resende, Eliane de Jesus Camargo e Luis Felipe Pitzer
A O câncer de esôfago é uma das neoplasias de maior letalidade com uma estima- tiva de 482.300 novos casos e cerca de 406.800 mortes em 2008. Ambos os subti- pos histológicos, adenocarcinoma e carcinoma de células escamosas, são de difícil abordagem devido à localização no mediastino e resistência parcial à radioterapia e à quimioterapia. Muitos estudos clínicos randomizados, revisões clássicas e sis- temáticas têm investigado qual seria o melhor tratamento. Apesar disso muitos aspectos permanecem não resolvidos. Nós estamos propondo uma discussão sobre o papel da associação de radioterapia, quimioterapia e cirurgia, isto é, se have- ria benefício em adicionar cirurgia à radioterapia e quimioterapia ou, o oposto disso, se haveria benefício em adicionar quimioterapia e radioterapia à cirurgia.FECHAR RESUMO
LER RESUMO | DOWNLOAD PDFRELATO DE CASOAdenocarcinoma micropapilar e sarcomatóide de bexigaLuis Alberto Schlittler, Larissa Müller Gomes, Pedro Lourega, Nicolas Lazaretti e Rodrigo Ughini Villarroel
Os carcinomas sarcomatóides da bexiga são neoplasias raras e extremamente agressivas, composto por células malignas de origem epitelial e mesenquimatosa, porém fazem parte do diagnóstico diferencial do carcinoma de células transicionais de bexiga. Os autores re- visaram a literatura e descreveram o caso de uma paciente jovem, sem possíveis fatores de risco, com queixa de hematúria macroscópica, investigada através de exames de imagem, tendo o diagnóstico confirmado após cirurgia e avaliação anatomopatológica. Apenas após recuperação cirúrgica a paciente foi encaminhada ao serviço de oncologia onde iniciou o protocolo com quimioterapia e evoluiu ao óbito em 2 meses.FECHAR RESUMO