Edição 292012 - Vol. 8, nº 29 | Julho/Agosto/Setembro
EditorialPrezados leitoresDaniel Luiz GimenesLER RESUMO | DOWNLOAD PDFArtigo originalAvaliação dos resultados do tratamento de pacientes portadores de linfoma de Hodgkin com esquema ABVD em primeira linha Gustavo Costa Baumgratz Lopes, Wagner Brant Moreira e Aleida Nazareth Soares
Introdução: O Linfoma de Hodgkin (LH) é uma neoplasia rara que tem importância clínica por ser curável em mais de 75% dos casos. Hoje, o tratamento padrão para a maioria dos pacientes é o esquema ABVD, associado ou não a radioterapia. O objetivo deste estudo é avaliar os resultados do tratamento para este esquema em um centro clínico comunitário e compará-los aos publicados na literatura médica. Materiais e Métodos: Foi realizado estudo retrospectivo, do tipo série de casos, com pacientes portadores de LH tratados nos Serviço de Oncologia Clínica da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte (SOC-SCMBH) e Centro de Quimioterapia Antiblástica e Imunoterapia (CQAI) com ABVD em primeira linha. Resultados: Foram analisados 105 pacientes tratados com ABVD em primeira linha entre 1988 e 2009, com seguimento mediano de 60,8 meses; 56,1 % deles apresentavam doença inicial (EC I e II). Os índices de remissão completa (RC) foram maiores em pacientes com doença inicial (98,3 %), que naqueles com doença nos estágios III e IV (78,3 % - p=0,001). As taxas de sobrevida global (SG), sobrevida livre de doença (SLD), sobrevida livre de falha (SLF), em 5 anos, para doença inicial foram respectivamente 98,2%, 93,5%, 88,3% e os para os pacientes com doença avançada foram 79,7%, 78,0%, 64,0%. A comparação entre estes grupos obteve significância estatística apenas para SG e SLF. Na SLD não foi observada diferença estatística (p=0,051). Conclusão: Os achados de RC, SG, SLD e SLF foram comparáveis aos da literatura.
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LER RESUMO | DOWNLOAD PDFArtigo originalPerfil imunohistoquímicodo câncer de mama de pacientes atendidas no Hospital do Câncer de Cascavel - Paraná Paulo Roberto Sarturi, Ademar Dantas Cunha Júnior e Carlos Floriano de Morais
O presente estudo teve o objetivo de caracterizar o perfil imunohistoquímico do câncer de mama nas pacientes atendidas no Hospital do Câncer de Cascavel-Paraná. Foram analisados os prontuários de 119 pacientes com perfil para receptores de estrogênio (RE), progesterona (RP) e para HER-2/neu. Os dados obtidos foram analisados pelo teste do qui-quadrado através do software StatPac 4.0 Statistic Calculator. O subgrupo predominante de câncer de mama foi o Luminal A (62,18%). O subgrupo Basal apresentou sua maior frequência no grupo das pacientes até 39 anos, dado que é corroborado por outros estudos, mas que não apresentou significância estatística no presente trabalho. O tipo histológico mais frequente foi o carcinoma ductal invasor (87,39%). Os resultados encontrados são concordantes com grande número de trabalhos já publicados.FECHAR RESUMO
Artigo originalO ensino de oncologia na graduação: panorama brasileiroAnderson Arantes Silvestrini, Luciano Rios Scherrer e Wagner Brant Moreira
Introdução: O cenário do ensino da oncologia nas faculdades de medicina no Brasil é desconhecido e no exterior o quadro não é muito diferente. Segundo a Sociedade Européia de Oncologia Médica (ESMO), constatou-se que 50% dos países europeus ensinam a disciplina de oncologia nas faculdades de medicina. Com base neste dado, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) propôs uma pesquisa com o objetivo de estimar a taxa de ensino de oncologia nas faculdades de medicina do Brasil. Método: Para tal foi necessário buscar as informações de grade curricular de faculdades de medicina que estavam registradas no site Escolas Médicas Do Brasil. Em cada grade curricular de medicina avaliou-se o estado brasileiro, o status particular ou pública, a presença da disciplina de oncologia e sua modalidade (obrigatória ou optativa). Resultados: Dentre as 110 faculdades de Medicina cadastradas no site Escolas Médicas do Brasil, 77 (70%) não apresentaram a disciplina de oncologia na grade curricular e 33 faculdades (30%) ensinam a disciplina de oncologia. Conclusão: Com a expectativa de aumento na incidência das neoplasias no país e de posse destes números, a SBOC solicitará ao Ministério da Educação que avalie a incorporação do curso de Oncologia Básica nas faculdades de medicina, como disciplina obrigatória.
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LER RESUMO | DOWNLOAD PDFArtigo de revisÃOReceptores tirosina-quinase:
implicações terapêuticas no câncerCaio Abner V. G. Leite, José Victor G. Costa, Rodrigo B. Callado, João Nathanael L. Torres, Roberto César P. Lima Júnior e Ronaldo A. Ribeiro
Nas últimas duas décadas, a melhor compreensão da biologia do câncer permitiu um progresso notável no manejo clínico dessa doença. Isso é resultado do crescente conhecimento sobre as estruturas moleculares e vias de sinalização de receptores tirosina-quinase, o que levou ao desenvolvimento de diversas terapias alvo, incluindo os inibidores de tirosina-quinase (TKIs) e os anticorpos monoclonais (Mabs). Alguns dos TKIs disponíveis são relativamente específicos para o receptor de fator de crescimento epidérmico (EGFR), como o Erlotinibe e o Gefitinibe, enquanto outros, por exemplo, Sunitinibe e Sorafenibe, agem em vários alvos, incluindo receptor do fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGFR) e receptor do fator de crescimento do endotélio vascular (VEGFR). Além disso, um número de Mabs, como o Trastuzumabe (anti-HER2), Cetuximabe (anti-EGFR) e Bevacizumabe (anti-VEGF), vem sendo utilizados na terapêutica do câncer, como no câncer de mama, câncer colorretal e câncer de pulmão não pequenas células. Um grande número de outros TKIs e Mabs está sob investigação em ensaios clínicos. Dessa forma, esta revisão fornece uma visão geral das terapias alvo, com ênfase sobre os mecanismos, aplicabilidade clínica e perspectivas futuras.FECHAR RESUMO
LER RESUMO | DOWNLOAD PDFRELATO DE CASOCarcinoma uterino com metástases IntercadíacaPedro T. F. Reis Filho, Paulo C. F. Franco, Antônio Carlos Menardi, Paulo José de Freitas Ribeiro e Margarida M. F. S Moraes
A metástase intracardíca é um evento raro que ocorre que ocorre em 2,3 a 18% dos casos, geralmente chegam ao coração através da veia cava e implantam no átrio e ventrículo direito, evoluem comumente com sintomas de insuficiência cardíaca direita.
O diagnóstico é feito por exames de imagem principalmente o ecocardiograma.
Neste trabalho discutiremos um caso de metástase intracardíca numa paciente com uma longa evolução de carcinosarcoma metastático, abordando os aspectos clínicos, diagnóstico, tratamento e prognóstico.FECHAR RESUMO