Edição Atual2004 - Vol. 1, nº 03 | Setembro/Outubro/Novembro/Dezembro
EditorialPrezados leitoresJosé Luiz Miranda GuimarãesDOWNLOAD PDFArtigo de RevisÃoNeutropenia Febril Alessandro Comarú Pasqualotto
As infecções permanecem sendo uma das mais importantes complicações de neutropenia induzida por quimioterapia. A terapia empírica inicial destes pacientes deve ser baseada em dados epidemiológicos locais e em padrões de suscetibilidade aos antimicrobianos. O primeiro passo deve ser a categorização do risco de complicações, com base em ferramentas validadas para este fim. Enquanto pacientes em baixo risco podem ser tratados a nível ambulatorial, pacientes de alto risco necessitam hospitalização. Para esses, terapia antimicrobiana com cobertura contra bacilos gram-negativos deve ser instituída. Glicopeptídeos poderão ser incluídos no regime inicial em pacients com suspeita de infecção por bactéria gram-positiva, como naqueles que se apresentam com choque. Em adição, causas não infecciosas para a febre deverão ser buscadas. As estratégias para estratificação de riscos e os principais recursos diagnósticos e terapêuticos para pacientes com neutropenia febril serão discutidos neste artigo.
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LER RESUMO | DOWNLOAD PDFArtigo originalQuimioterapia Adjuvante em
Câncer de Cólon José Luiz Miranda Guimarães, Patrícia Moretto, Bartolomé Soler Diano, Carlos Augusto Hummes e Fernanda Costa do Nascimento
A adjuvância no câncer colorretal tem se consolidado nos últimos 10 anos como um tratamento eficaz e efetivo, sobretudo nos pacientes com comprometimento linfonodal. Além disso, novos esquemas de tratamento vêm demonstrando equivalência e superioridade aos esquemas tradicionais. Nos últimos 3 anos, fomos aquinhoados com o surgimento de fluoropirimidinas orais, com a inclusão de oxaliplatina ou irinotecan no regime de duas drogas sem comprometer o perfil de toxicidade, e sobretudo, com a demonstração clara de que a quimioterapia em pacientes idosos realmente consegue obter os mesmos benefícios. Entretanto, nos pacientes EC II, os indícios de benefícios são discutíveis, ensejando uma análise criteriosa e remetendo-nos a um melhor refinamento na escolha dos pacientes. Os autores fazem uma revisão do assunto com ênfase nos estudos publicados até então e fazem considerações a respeito da adjuvância nos pacientes EC II.FECHAR RESUMO
LER RESUMO | DOWNLOAD PDFArtigo originalAssociação do c-erbB-2 com Linfonodos Axilares e Outros Fatores Prognósticos no Câncer de Mama Omar Moreira Bacha, Cláudio Galeano Zettler, Fabiana Gonzalez e Simão Grossmann
O proto-oncogene c-erbB-2, Her2/neu, tem sido relacionado a um pior prognóstico no carcinoma mamário, a uma resposta maior e, em alguns casos, seletiva a certas drogas como o anticorpo monoclonal trastuzumab. O trabalho visa estabelecer relação entre o c-erbB-2 e fatores de mal prognóstico no câncer de mama. Foi realizado estudo transversal de março 2000 a fevereiro 2001,com base em prontuários médicos, verificando a associação entre c-erbB-2 e outros fatores de mal prognóstico no carcinoma mamário como comprometimento de linfonodos axilares, tamanho tumoral, grau histológico, entre outros. O c-erbB-2 apresentou correlação estatisticamente significativa com tamanho tumoral p=0,043 e comprometimento axilar p=0,044. De 11 pacientes com mais de 10 linfonodos comprometidos, 10 apresentaram positividade para o c-erbB-2. Não houve relação estatisticamente significativa com outros fatores de pior prognóstico. O proto-oncogene c-erbB-2, quando amplificado no carcinoma mamário apresenta relação significativa com o maior tamanho tumoral e comprometimento axilar.FECHAR RESUMO
LER RESUMO | DOWNLOAD PDFArtigo originalPsicologia e Câncer de Mama:
uma análise qualitativa de histórias de vida Marisa Campio Muller, Antônio Luiz Frasson, Hericka Zogbi Jorge, Melissa de Lima Farias, Camila de Menezes Brusch e Fernanda Munhoz Driemeier
O câncer de mama apresenta-se com alta gravidade entre as mulheres, principalmente no Estado do Rio Grande do Sul. O presente estudo buscou realizar uma compreensão dinâmica de características pessoais de mulheres com diagnóstico de câncer de mama, a partir de uma entrevista estruturada. Para este fim foi realizada uma pesquisa exploratória, de abordagem qualitativa, através da análise de histórias de vida. Foi criada uma entrevista estruturada e aplicada a 100 participantes, em qualquer estágio do câncer de mama, com idade 36 a 85 anos. Dentre os resultados, é possível destacar entre outras coisas, presença de muitos eventos de vida importantes ao longo do desenvolvimento. Entre eles, a falta de cuidados com o próprio corpo, incidindo no pouco conhecimento ou desconhecimento de sua sexualidade, desvalorização de aspectos pessoais característicos do gênero feminino, presença de dificuldades afetivas, e desvalorização da própria vida, como um todo, que serão melhor detalhadas. Não foi possível com este estudo, estabelecer relações de causa e efeito, mas é possível apontar que o entendimento das histórias de vida das participantes nos leva a compreensão de fatores intervenientes ao surgimento do câncer mama.FECHAR RESUMO
Relato de casoMetástase Testicular Bilateral de Carcinoma Urotelial da BexigaJosé Carlos Souto, Dante Sica Filho, Giovane Pioner, Carlos Ary Vargas Souto, Rafael Maffessoni e Patrícia Lohmann
Introdução: O cenário do ensino da oncologia nas faculdades de medicina no Brasil é desconhecido e no exterior o quadro não é muito diferente. Segundo a Sociedade Européia de Oncologia Médica (ESMO), constatou-se que 50% dos países europeus ensinam a disciplina de oncologia nas faculdades de medicina. Com base neste dado, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) propôs uma pesquisa com o objetivo de estimar a taxa de ensino de oncologia nas faculdades de medicina do Brasil. Método: Para tal foi necessário buscar as informações de grade curricular de faculdades de medicina que estavam registradas no site Escolas Médicas Do Brasil. Em cada grade curricular de medicina avaliou-se o estado brasileiro, o status particular ou pública, a presença da disciplina de oncologia e sua modalidade (obrigatória ou optativa). Resultados: Dentre as 110 faculdades de Medicina cadastradas no site Escolas Médicas do Brasil, 77 (70%) não apresentaram a disciplina de oncologia na grade curricular e 33 faculdades (30%) ensinam a disciplina de oncologia. Conclusão: Com a expectativa de aumento na incidência das neoplasias no país e de posse destes números, a SBOC solicitará ao Ministério da Educação que avalie a incorporação do curso de Oncologia Básica nas faculdades de medicina, como disciplina obrigatória.
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DOWNLOAD PDFONCOLOGIA BASEADA EM PROVASFatores de Crescimento em Oncologia ClínicaAndré Augusto Jr. Gemeinder de Moraes
Esta sumarizada revisão sobre a utilidade clínica dos Fatores de Crescimento Hematológicos (CSF) na oncologia não pretende prestar-se a nada além de uma rápida referência ao oncologista clínico na aplicação comprovada e recomendada destes importantes fármacos biológicos que revolucionaram boa parte da nossa prática diária, conferindo melhoria substancial na atenção aos pacientes com câncer, expostos aos riscos das citopenias e suas conseqüências, não somente na recuperação hematopoiética, mas possibilitando, muitas vezes, a ciclagem da quimioterapia a períodos considerados ideais. A descoberta de importantes substâncias biológicas (interleucinas e Fatores de crescimento hematopoiético - CSF), de ação microcompartimental fundamental na maturação de precursores iniciais da células hematopoiéticas nas linhagens mielóide, eritróide e megacariocítica, além do reconhecimento de patamares específicos de ação de cada uma destas substâncias, e suas interações, aliadas à tecnologia de recombinação gênica possibilitaram a produção em escala "industrial" destes agentes modificadores da resposta biológica, resultando sua experimentação e avaliação de sua utilização clínica. A utilização destes CSF ́s no cuidado de pacientes submetidos a tratamentos agressivos possibilitou a redução dos riscos temidos das citopenias, permitindo a utilização mais segura de regimes reconhecidamente tóxicos à hematopoiese, reduzindo a ocorrência de neutropenia febril e sepse, além de minimizar a hospitalização e a necessidade de antibioticoterapia, contribuindo para a melhoria dos índices terapêuticos, além de resultar em economia direta de recursos hospitalares e medicamentosos.FECHAR RESUMO
LER RESUMO | DOWNLOAD PDFResidÊncia MÉdicaResidência em Oncologia Clínica: visão do residenteCarlos Augusto Hummes, Bartolomé Francisco Soler Diano, Patrícia Moretto e Fernanda Costa do Nascimento
Após duas décadas de existência da residência médica de Oncologia Clínica no Brasil, há vários questionamentos sobre o seu funcionamento pelo médico residente. O tempo necessário à boa formação do futuro oncologista, as condições de trabalho e treinamento, bem como o papel que este profissional irá desempenhar no contexto do mercado de trabalho, são aspectos importantes à reflexão de cada um de nós residentes.FECHAR RESUMO
LER RESUMO | DOWNLOAD PDFCarta ao EditorDr. Ailzo Costa, Ivan Carvalho, Prof. Dr. Lino Lemonica TSA / SBA e Dr. Rafael França
Após duas décadas de existência da residência médica de Oncologia Clínica no Brasil, há vários questionamentos sobre o seu funcionamento pelo médico residente. O tempo necessário à boa formação do futuro oncologista, as condições de trabalho e treinamento, bem como o papel que este profissional irá desempenhar no contexto do mercado de trabalho, são aspectos importantes à reflexão de cada um de nós residentes.FECHAR RESUMO