Edição 312013 - Vol. 9, nº 31 | Janeiro/Fevereiro/Março
EditorialCâncer de mama inicial – Dez anos de hormonioterapia: um novo paradigma!Daniel Luiz GimenesDOWNLOAD PDFArtigo originalCusto-efetividade das estratégias de prevenção primária e secundária do câncer de colo de útero para o Brasil Allex Jardim da Fonseca, Cibelli Navarro Roldan Martin, Luiz Carlos de Lima Ferreira, Giacomo Balbinotto Neto
Apesar de ser o câncer com maior potencial de prevenção, o câncer de colo de útero (CCU) permanece sendo um grave problema de saúde pública especialmente em países em desenvolvimento, onde as políticas preventivas baseadas no teste de Papanicolaou vêm apresentando sucesso parcial. Novas estratégias preventivas secundárias (como o teste de HPV-DNA) e primárias (vacinação contra HPV) foram desenvolvidas, porém implicam em elevados custos para sua aplicação em massa, limitando sua incorporação nos países que mais se beneficiariam. Frente à escassez de recursos financeiros, estudos sobre implicações econômicas das novas tecnologias preventivas do CCU têm recebido atenção especial na literatura mundial, por poder subsidiar tomadores de decisão em saúde pública, primando pela racionalidade e pela decisão baseada em evidência. Este artigo revisa sistematicamente a literatura sobre as implicações clínicas e econômicas das estratégias preventivas do CCU para o caso do Brasil, à luz das análises de custo-efetividade.
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LER RESUMO | DOWNLOAD PDFArtigo OriginalCarboplatina e paclitaxel em primeira linha paliativa no tratamento de câncer de colo uterino avançado ou persistente/recorrente: análise de uma série de casos do Instituto Nacional de Câncer do Brasil Álvaro Henrique Ingles Garces, Paulo Alexandre Ribeiro Mora, Flávia Vieira Guerra Alves, Claudio Calazan do Carmo, Rachele Grazziotin, Anna Cristina Ferrão Mangia Fernandes, Angélica Nogueira-Rodrigues, Andréia Cristina de Melo
Objetivo: O câncer de colo uterino é um problema de saúde pública. Atualmente, é a terceira neoplasia mais comum e a quarta causa de morte por câncer em mulheres. No cenário do tratamento paliativo, a associação de cisplatina (P) e paclitaxel (T) é amplamente utilizada. Carboplatina (C) é também um agente ativo no câncer de colo uterino e sua combinação com paclitaxel pode representar uma opção terapêutica efetiva, menos tóxica e bem tolerada. O objetivo deste estudo é avaliar a taxa de resposta, sobrevida livre de progressão (SLP), sobrevida global (SG) e toxicidade da combinação de carboplatina e paclitaxel como primeira linha paliativa no tratamento de pacientes com câncer de colo uterino.
Materiais e Métodos: Análise retrospectiva de pacientes com câncer de colo uterino persistente/recorrente ou avançado, tratadas com C + T em primeira linha paliativa, entre agosto de 2008 e janeiro de 2010, no Instituto Nacional de Câncer.
Resultados: Foram avaliadas 153 pacientes. Taxas de resposta objetiva foram documentadas em 34,6% (resposta completa: 5,2%; resposta parcial: 29,4%). Com mediana de seguimento de 27,8 meses, a mediana de SLP e de SG foi de 5,2 e 10,63 meses, respectivamente. Toxicidade hematológica foi a mais comum: anemia, neutropenia e plaquetopenia graus 3 e 4 ocorreram em 43%, 17,8% e 9,2% dos casos, respectivamente. Neurotoxicidade e nefrotoxicidade foram encontradas em 37% e 21,9% das pacientes.
Conclusão: Está análise retrospectiva demonstrou que paclitaxel e carboplatina é um regime ativo e bem tolerado para o tratamento de câncer de colo uterino avançado.FECHAR RESUMO
Artigo DE REVISÃOImpacto da obesidade no prognóstico do câncer
de mamaAlexander Mol Papa, Cristina Barbosa Leite Pirfo, André Márcio Murad, Gabriel Moura Quintela Ribeiro, Theara Cendi Fagundes
A obesidade, o risco de desenvolver câncer de mama e o seu prognóstico parecem estar relacionados. Embora a maioria dos estudos demonstre haver associação entre obesidade e um pior prognóstico, os resultados são conflitantes. Não há uma unanimidade em relação à quais parâmetros são afetados negativamente pela obesidade.
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LER RESUMO | DOWNLOAD PDFRelato de CasoCarcinoma ameloblásticoAlexander Mol Papa, Gabriel Moura Quintela Ribeiro, Munir Murad Junior, Nayze Lucena Sangreman Aldeman, Anna Cláudia de Oliveira da Silva
Introdução: Carcinoma ameloblástico é um tipo raro de tumor odontogênico com apresentação principal na mandíbula. Possui características histopatológicas malignas tanto na lesão inicial quanto nos possíveis sítios de metástases. A raridade do caso se sustenta em pouco mais de 100 casos relatados na literatura. Relato de Caso: Homem com 4 4 anos de idade, sem comorbidades, apresentou–se com queixa de odontalgia com 6 meses de evolução. Pela dificuldade de controle da dor, chegou a ser submetido à extração dentária, antes de ser encaminhado para centro especializado, quando realizou o diagnóstico de Carcinoma odontogênico ameloblástico da mandíbula. Foi submetido à mandibulectomia com esvaziamento cervical bilateral e reconstrução com a fíbula, seguido de radioterapia. Quatro meses após o término do tratamento evoluiu com metástases pulmonares difusas. Foi proposto então esquema com quimioterapia com Cisplatina 100 mg/m2, Adriamicina 50mg/m2 e Ciclofosfamida 800 mg/m2 com boa tolerância inicial ao tratamento, evoluindo com progressão da doença pulmonar após 5 ciclos. Discussão: O presente artigo procura fazer uma breve revisão da literatura com enfoque no tratamento relacionado ao carcinoma ameloblástico, mostrando mais um caso, bem como sua apresentação, evolução e proposta de tratamento quimioterápico para uma doença metastática.FECHAR RESUMO