Edição Atual2014 - Vol. 10, nº 36 | Abril/Maio/Junho
EditorialCongresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica - 50 anosDaniel L. GimenesDOWNLOAD PDFArtigo originalAnálise retrospectiva de 29 casos de tumores neuroendócrinos de alto grau de colo uterino e vagina tratados no INCA entre 2002 e 2012 Priscilla Secioso Pentagna, Adolfo Silvestre, Paulo Mora, Claudio Calazan do Carmo
O carcinoma de pequenas células com diferenciação neuroendócrina é uma neoplasia que ocorre mais comumente no pulmão, porém também é descrita em sítios extrapulmonares. A presença desse tumor no trato genital é rara, acometendo em uma incidência maior o colo do útero e mais raramente a mucosa vaginal. Apesar da raridade, esse tipo de tumor deve ser considerado no diagnóstico diferencial dos tumores do trato genital quando a morfologia das células sugerir diferenciação neuroendócrina, pois apresenta particularidades únicas e prognóstico reservado, com tratamento diferenciado em relação a outras neoplasias do trato ginecológico. Realizou-se uma consulta através da patologia do INCA de dados morfológicos de carcinoma neuroendócrino e a sua ocorrência no colo uterino e na vagina. Foram analisadas 29 pacientes cuja mediana de sobrevida escalonada por estádio I, II, III e IV foi de 20,0 meses, 13,3 meses, 1,7 meses e 1,0 mês, respectivamente. Estadios iniciais, assim como ausência de metástases ao diagnóstico e tratamento com quimioterapia foram associados com maior sobrevida. A alta taxa de resposta completa inicial, mas com recidivas precoces e alta mortalidade, nos sugere que novos estudos ainda são necessários para definição de novas estratégias terapêuticas mais eficazes.
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LER RESUMO | DOWNLOAD PDFArtigo originalAvaliação epidemiológica das pacientes com câncer de mama tratadas com trastuzumabe no Hospital de Base de Brasília Tiago Pádua Santos, Márcio Almeida Paes, Ana Carolina Salles de Mendonça Ferreira, Thaísa Campos
Trata-se de um estudo observacional, transversal e retrospectivo de todas as pacientes com diagnóstico de câncer de mama atendidas em um hospital de grande porte da cidade de Brasília, e que tiveram o Trastuzumabe como parte de seu tratamento, no período de 1 ano e 11 meses (Fevereiro de 2011 a Dezembro de 2012).
Os dados das pacientes foram colhidos nos prontuários deste mesmo hospital. Foram contabilizadas tanto as pacientes que já tinham sido submetidas ao tratamento prévio quanto as pacientes em tratamento vigente. As informações foram colhidas, tendo como principais variáveis: idade, sexo, estadio clínico, status do HER-2, FISH, receptor de estrógeno e progesterona, tempo de uso do Trastuzumabe, tratamento neoadjuvante, adjuvante ou paliativo e presença de toxicidade cardíaca pelo Trastuzumabe.FECHAR RESUMO
Artigo originalPerfil do câncer de mama e relação entre fatores de risco e estadiamento clínico em hospital do Sul do BrasilMatheus Luiz Ghellere Dugno, Jéssica Silveira Soldatelli, Tiago Daltoé, Joemerson Osório Rosado, Patrícia Spada, Fernanda Formolo
Introdução: O câncer de mama é o segundo mais frequente no mundo e o mais frequente entre as mulheres. Neste âmbito, o presente estudo analisa o perfil dos pacientes com câncer de mama atendidos entre os anos de 2010 e 2012 no Hospital Pompéia de Caxias do Sul/RS e correlaciona o estadiamento da doença com alguns fatores de risco. Metodologia: Foram utilizados os prontuários médicos de todos os pacientes com câncer de mama atendidos pela primeira vez no período estudado. Dos prontuários foram extraídos dados demográficos e referentes ao diagnóstico, que auxiliam na determinação do perfil dos pacientes. A associação entre estadiamento e as variáveis tabagismo, etilismo, escolaridade, estado civil e custeio do diagnóstico foi testada através do método do qui-quadrado, com nível de significância de 5%. Resultados: Foram identificados 273 pacientes dentre os prontuários avaliados. Houve prevalência numérica de indivíduos brancos e casados, com média de idade de 57 anos e nível escolar baixo, não tabagistas e não etilistas. Aproximadamente metade destes apresentava histórico familiar positivo de câncer e 70.8% tiveram a doença diagnosticada em estágios iniciais. O custeio do diagnóstico deu-se, em sua maioria, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Foi verificada associação somente entre o consumo de álcool e o estadiamento. Conclusão: O perfil dos pacientes fornece informações que contribuem para o planejamento e gestão da saúde, através da elaboração e aplicação de políticas públicas e programas preventivos. O estudo também evidencia o papel do consumo de álcool no desenvolvimento do câncer de mama.
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LER RESUMO | DOWNLOAD PDFRelato de CasoBevacizumabe e Câncer de MamaAndré da Silva Santos
Introdução: O fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF), está superexpresso em muitos tumores, incluindo os primários de mama, estando associado com pior prognóstico. Além dos efeitos antiangiogênicos, o alvo anti-VEGF pode produzir benefício clínico através de outros mecanismos, incluindo a ação direta contra as células tumorais. Terapias antiangiogênicas, como bevacizumabe – tem provado ser efetivas em melhorar resultados na doença metastática. Relato do Caso: Paciente jovem, pré-menopausa, que evoluiu durante o tratamento hormonioterápico adjuvante com metástases hepáticas e linfonodais. Realizada biópsia da lesão hepática para confirmar o perfil molecular da doença e esta manteve com positividade para os receptores hormonais e negativa para a proteína HER2. Optado por tratamento sistêmico com paclitaxel e bevacizumabe. Após 3 ciclos, paciente apresentou excelente resposta ao tratamento (mais de 80%). Conclusão: O caso relatado ilustra a boa taxa de resposta obtida do uso de paclitaxel combinado ao bevacizumabe conforme relatado no estudo modelo E2100.FECHAR RESUMO
LER RESUMO | DOWNLOAD PDFRelato de CasoTumor fibroso solitário gigante de pleura – Tratamento cirúrgicoFábio May da Silva, Thiago Leandro Marcos, Rodrigo Beber de Bem, Ana Paula dos Santos Carminatti
O Tumor Fibroso Solitário (TFS) de Pleura é uma neoplasia rara de causa desconhecida. O quadro clínico é inespecífico, sendo que, muitas vezes, através do exame de imagem, temos que realizar o diagnóstico diferencial com outras neoplasias mais frequentes. O tratamento definitivo para este tumor é a cirurgia e o diagnóstico definitivo é através do perfil imunohistoquímico. Relata-se o caso de um paciente com quadro de tosse seca e dispneia progressiva há seis meses. Na investigação, com radiografia e tomografia computadorizada de tórax, foi encontrada uma massa no hemitórax esquerdo sem sinais de invasão de estruturas adjacentes à lesão, sendo indicado tratamento cirúrgico. Houve a ressecção completa da lesão, que apresentava 21 cm em seu maior diâmetro. A imunohistoquímica confirmou o diagnóstico de Tumor Fibroso Solitário de Pleura.FECHAR RESUMO