Edição Atual2006 - Vol. 3, nº 08 | Maio/Junho/Julho/Agosto
EditorialPrezados leitoresJosé Luiz Miranda GuimarãesDOWNLOAD PDFArtigo de revisÃoNáuseas e Vômitos Antecipatórios:
Pontos Fundamentais Gilson Luchezi Delgado, Luiz Agenor Poletto Gazzi, Noam Falbel Pondé, Fernando Bray Beraldo, William Giovanni Panfiglio Soares e Luis Antonio Pires
As náuseas e vômitos (NV) conseqüentes ao tratamento quimioterápico obtiveram um melhor controle nos últimos anos a partir de avanços na área da pesquisa de seus fatores predisponentes e desencadeadores. Pode-se assim aumentar a eficácia da terapia antiemética, principalmente para NV agudos (inibidores de 5HT3) e tardios (inibidores de NK1). As náuseas e vômitos antecipatórios (NVA), no entanto, parece decorrer de um mecanismo de aprendizado condicionado. Este modelo propõe que estímulos não relacionados com o tratamento (como a presença da enfermeira, cheiros, sons) sejam associados à ocorrência da NV que ocorrem após algumas sessões de quimioterapia e possam – eles próprios – desencadear os sintomas antes de uma sessão subseqüente. Em revisões sistemáticas, demonstrou-se que sua ocorrência é cerca de 29% para as náuseas e 11% para os vômitos antecipatórios. Em nossa prática, estes valores chegam a 40%. Alguns fatores foram relacionados ao desenvolvimento da NVA, como idade, ocorrência de náusea e vômitos, sudorese ou astenia após as últimas sessões de quimioterapia e susceptibilidade à cinetose. Prevenir NVA é a melhor medida terapêutica, já que os recursos farmacológicos disponíveis ainda são insuficientes. Técnicas comportamentais oferecem grau importante de resposta, tanto no contexto preventivo quanto curativo, inclusive quando aplicada por médicos e enfermeiros.FECHAR RESUMO
LER RESUMO | DOWNLOAD PDFArtigo originalTerapia Farmacológica em Transplante
de Medula Óssea: Contribuição para a Prática da Enfermagem Rosimeire Barbosa Fonseca e Silvia Regina Secoli
O presente estudo objetivou caracterizar o perfil da terapia farmacológica utilizada em transplante de medula óssea (TMO) e propor intervenções de enfermagem para manejo das principais reações adversas (RAMs) decorrentes dessa terapia. A casuística foi composta por 70 prescrições de medicamentos de pacientes submetidos a TMO, no Instituto do Coração HCFM-USP, que se encontravam na fase de condicionamento (dia -1), e que estiveram internados no período de janeiro a junho de 2005. Para classificação dos medicamentos utilizou-se o sistema Alfa, a análise das RAMs foi realizada através de consulta a base de dados Micromedex, e a proposição das intervenções foi baseada em literatura especializada na área de farmacologia. A análise das variáveis quantitativas foi feita através da estatística descritiva. Os resultados apontaram que a amostra foi composta em sua maioria por pacientes do sexo masculino (52.9%), cuja faixa etária encontrava-se entre 41-60 anos (44.3%), com diagnósticos de linfomas (38.6%) e submetidos a transplantes do tipo autólogo (65.7%). Quanto ao perfil terapêutico dos medicamentos, observou- se 30 agentes distintos, sendo que 30% pertencentes à classe terapêutica dos antimicrobianos, destacando-se o aciclovir (100%) e a cefepima (47%). O sistema digestório (93.4%) foi o principal alvo de toxicidade dos medicamentos, sendo a náusea e vômito (57.1%), as principais RAMs. As intervenções de enfermagem focaram particularmente a monitoração das RAMs de maior gravidade.FECHAR RESUMO
Artigo originalHeróis sem GlóriasRoque Andrade e Ernane N. A. Gusmão
Introdução: O cenário do ensino da oncologia nas faculdades de medicina no Brasil é desconhecido e no exterior o quadro não é muito diferente. Segundo a Sociedade Européia de Oncologia Médica (ESMO), constatou-se que 50% dos países europeus ensinam a disciplina de oncologia nas faculdades de medicina. Com base neste dado, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) propôs uma pesquisa com o objetivo de estimar a taxa de ensino de oncologia nas faculdades de medicina do Brasil. Método: Para tal foi necessário buscar as informações de grade curricular de faculdades de medicina que estavam registradas no site Escolas Médicas Do Brasil. Em cada grade curricular de medicina avaliou-se o estado brasileiro, o status particular ou pública, a presença da disciplina de oncologia e sua modalidade (obrigatória ou optativa). Resultados: Dentre as 110 faculdades de Medicina cadastradas no site Escolas Médicas do Brasil, 77 (70%) não apresentaram a disciplina de oncologia na grade curricular e 33 faculdades (30%) ensinam a disciplina de oncologia. Conclusão: Com a expectativa de aumento na incidência das neoplasias no país e de posse destes números, a SBOC solicitará ao Ministério da Educação que avalie a incorporação do curso de Oncologia Básica nas faculdades de medicina, como disciplina obrigatória.
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DOWNLOAD PDFRelato de CasoTumor de Abrikossoff em Parede AbdominalCristiano do Carmo Galindo, Franscisco Otávio Loraski, Enio Bragnanolo, Bruno Lorenzo Scolaro, Elisiario Pereira Neto, Giuliano Santos Borges, Carlos Antonio da Silva Couto e Fangio Ferrari
Nas últimas duas décadas, a melhor compreensão da biologia do câncer permitiu um progresso notável no manejo clínico dessa doença. Isso é resultado do crescente conhecimento sobre as estruturas moleculares e vias de sinalização de receptores tirosina-quinase, o que levou ao desenvolvimento de diversas terapias alvo, incluindo os inibidores de tirosina-quinase (TKIs) e os anticorpos monoclonais (Mabs). Alguns dos TKIs disponíveis são relativamente específicos para o receptor de fator de crescimento epidérmico (EGFR), como o Erlotinibe e o Gefitinibe, enquanto outros, por exemplo, Sunitinibe e Sorafenibe, agem em vários alvos, incluindo receptor do fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGFR) e receptor do fator de crescimento do endotélio vascular (VEGFR). Além disso, um número de Mabs, como o Trastuzumabe (anti-HER2), Cetuximabe (anti-EGFR) e Bevacizumabe (anti-VEGF), vem sendo utilizados na terapêutica do câncer, como no câncer de mama, câncer colorretal e câncer de pulmão não pequenas células. Um grande número de outros TKIs e Mabs está sob investigação em ensaios clínicos. Dessa forma, esta revisão fornece uma visão geral das terapias alvo, com ênfase sobre os mecanismos, aplicabilidade clínica e perspectivas futuras.FECHAR RESUMO
DOWNLOAD PDFONCOLOGIA BASEADA EM PROVASHormonioterapia Adjuvante em Câncer de MamaPedro Emanuel Rubini Liedke
O tratamento hormonal adjuvante desta neoplasia baseia-se na expressão de receptores hormonais para estrogênio e progesterona, bem como no estatus menstrual da pacientes. Em mulheres pré-menopáusicas a ablação ovariana (AO) ainda não tem o seu papel bem definido e o tratamento com tamoxifeno consiste na terapêutica padrão. O uso de inibidores da aromatase (IA), por sua vez, está em investigação neste grupo de pacientes. Nas mulheres pós-menopáusicas, o uso do tamoxifeno continua sendo um tratamento aceito, porém os IA têm se apresentado, em diferentes formas de uso em relação ao tamoxifeno, como alternativas de tratamento. Este artigo, revisa as principais evidências de tratamento hormonal adjuvante em câncer de mama.FECHAR RESUMO