Residentes em Oncologia

O International Development and Education Award (IDEA), iniciativa da American Society of Clinical Oncology (ASCO) voltada a jovens oncologistas de países de baixa e média renda, tem inscrições abertas até 31 de outubro para a edição de 2018. O programa ocorre anualmente em junho, nos Estados Unidos. São selecionados 24 médicos de diversos lugares do mundo para participar de atividades específicas durante o congresso da ASCO e depois seguirem para um estágio de cinco dias em um centro de referência em oncologia dos Estados Unidos ou Canadá. Quem for ao XX Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica poderá obter mais informações no booth da ASCO, ao lado do estande da SBOC.

Ao longo dos 15 anos do IDEA, 25 brasileiros já participaram (veja lista abaixo). “Dá vontade de fazer de novo”, diz o pernambucano Dr. João Soares Nunes, vice-presidente para Ensino da SBOC. O oncologista clínico participou em 2008, com estágio no MD Anderson Cancer Center, e é um dos maiores entusiastas da iniciativa. Na época, ficou surpreso ao ser selecionado. “Fui o primeiro do interior de São Paulo”, lembra, referindo-se ao local onde atuava, o Hospital de Câncer de Barretos. Atualmente, é diretor técnico do Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba (PR).

Durante o estágio, cada participante é acompanhado por um mentor voluntário, normalmente um professor ou pesquisador experiente. “É muito interessante vivenciar o evento da ASCO dessa forma diferenciada, com sessões desenhadas especialmente para os jovens, tendo contato com oncologistas de toda parte”, descreve a Dra. Clarissa Baldotto, diretora da SBOC. Ela esteve no programa em 2010. “É uma semana que dura até hoje”, revela, ao lembrar da influência do IDEA sobre sua carreira. Seu estágio foi no Princess Margaret Cancer Centre, em Toronto. “O reconhecimento de uma sociedade internacional como a ASCO é ótimo para o currículo”, aconselha.

“Um mundo novo”

A mineira Andreia Melo, diretora eleita da SBOC e atual presidente da SBOC-RJ, participou do programa em 2009, quando o congresso da ASCO ocorreu pela primeira vez em Orlando, Flórida. “O IDEA me fez descobrir um mundo novo, ter a oportunidade de conversar diretamente com os pesquisadores, ser recebida pela equipe do Dana Farber Cancer Institute, em Boston, participar dos atendimentos, dos protocolos de pesquisa”, descreve.

Premiada pelo IDEA em 2004, a Dra. Rachel Riechelmann, de Santos (SP), foi convidada na sequência para fazer um Fellowship em Pesquisa Clínica de dois anos na instituição de seu mentor Ian Tannock, o Princess Margaret Hospital. “O IDEA moldou muito a minha vida, consolidou meu amor pela carreira acadêmica e me proporcionou parcerias científicas que mantenho até hoje”, diz a oncologista, que é membro da SBOC.

 

Histórico da participação dos brasileiros no IDEA

2002

Manuela Zereu – Santa Casa de Porto Alegre

 

2003

Maria  A. A. Koike Folgueira – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Alfredo A. Cardoso – Hospital Unimed Vale do Aço

 

2004

Aline Lauda Freitas Chaves – Hospital do Câncer de Divinópolis

Andrea Maria Cappellano – IOP/Graacc/Unifesp

Rachel Pimenta Riechelmann – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo

 

2005

Debora Barton – Celgene

Gustavo Fernandes Godoy Almeida – Universidade Federal de Pernambuco

 

2006

Angelica Nogueira Rodrigues – DOM Clínica de Oncologia

 

2007

Lina Barbosa Cassol – Hospital de Clínicas de Porto Alegre

 

2008

João Soares Nunes – Hospital de Câncer de Barretos

 

2009

Andreia Cristina de Melo – Instituto Nacional de Câncer

 

2010

Clarissa Serodio da Rocha Baldotto – Instituto Nacional de Câncer

 

2011

Claudia Schoffel Schavinski – Hospital São Vicente de Paulo

Carlos Henrique dos Anjos – Hospital Sírio-Libanês – Unidade Brasília

 

2012

Milena Perez Mak – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo

 

2013

Tatiane Caldas Montella – Instituto Nacional de Câncer

 

2014

Pedro Masson Domingues – Instituto Nacional de Câncer

Marilia Bergstron Lenzi Meneghin Henne – Instituto de Pediatria Oncológica/Graacc

 

2015

Alvaro Henrique Ingles Garces – Instituto Nacional de Câncer

 

2016

Manuel Caitano Maia – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo

Juliano Ce Coelho – Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Fabio  de Figueirêdo Chaves – Instituto de Câncer do Ceará

 

2017

Daniel Araujo – A.C. Camargo Cancer Center

André Filipe Junqueira dos Santos – Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

A I Semana Brasileira da Oncologia será responsável por inserir em um evento da oncologia clínica, pela primeira vez no Brasil, a Nutrição e a Oncologia, segundo a Dra. Georgia Silveira de Oliveira, uma das coordenadoras do fórum. A especialista ressalta ainda que os palestrantes foram escolhidos de acordo com sua vivência no cuidado nutricional do paciente oncológico. A atividade ocorrerá no dia 24 de outubro, das 9h às 17h, no Rio de Janeiro. As vagas são limitadas. Os interessados devem inscrever-se pelo site.

A dieta cetogênica e os probióticos na oncologia, bastante discutidos no The European Society for Clinical Nutrition and Metabolism (Espen), em setembro, na Holanda, serão temas de apresentações especiais no fórum do Rio. “A proposta é mostrar o que há de novo, os últimos trabalhos publicados, os reais benefícios e promover a interação entre os profissionais das várias áreas”, afirma a Dra. Georgia.

Também integram a programação sarcopenia e câncer, qualidade de vida em pacientes com tumores do trato gastrintestinal e dieta para diminuir o risco de câncer de mama. No final, haverá o lançamento da proposta do Consenso de Terapia Nutricional em Oncologia para 2019. “É muito importante unificar as equipes e ter o ponto de vista de todos os profissionais”, afirma a Dra. Thais Manfrinato Miola, que também coordena o evento.

A Dra. Georgia enfatiza que o cuidado nutricional deve ocorrer desde o momento zero do diagnóstico, perpassando todas as fases do tratamento e acompanhamento. “Esta atenção diferenciada para a alimentação adequada do paciente oncológico diminui o impacto e a toxicidade da terapia, melhora a qualidade de vida e a sobrevida”, diz.

 

I Semana Brasileira da Oncologia

24 a 29 de outubro de 2017

Windsor Barra Hotel, Rio de Janeiro

Informações e inscrições: www.semanaonco.com.br

 

post Nutrição

A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) foi a vencedora do pleito para ocupar a vaga no Departamento de Oncologia Clínica da Associação Médica Brasileira (AMB). A decisão ocorreu no dia 17 de outubro, durante a reunião do Conselho Científico. A SBOC recebeu 29 votos, enquanto a outra candidata, a Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC), ficou com nove. “Foi o dia mais importante da história da SBOC”, diz o presidente da entidade, Dr. Gustavo Fernandes.

Na avaliação dele, os 29 representantes das sociedades de especialidade que votaram favoravelmente consideraram adequado que a SBOC ocupasse esse assento oficial na AMB, em razão de sua representatividade, estrutura, número de associados e da atuação da entidade. Em processo semelhante, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) foi a escolhida para ser filiada à AMB na sua especialidade. “É um avanço que os oncologistas clínicos sejam representados pela sua sociedade clínica e os cirurgiões pela sua sociedade cirúrgica”, afirma o presidente.

Como sociedade de especialidade filiada à AMB, a SBOC participará das instâncias de decisão da entidade nacional, representará a Associação Médica Brasileira em todos os assuntos relacionados à especialidade e passará a conceder o Título de Especialista em Oncologia Clínica em conjunto com a AMB.

“A SBOC passou a ter o direito de titular os oncologistas clínicos, o que significa uma enorme responsabilidade na formação desses especialistas”, destaca o Dr. Gustavo. “Temos diversas iniciativas como a gincana para residentes, os cursos, as bolsas, mas uma participação direta e efetiva somente é possível quando se faz parte da AMB; esse é o tamanho da nossa conquista”, avalia.

De acordo com o presidente da SBOC, a entidade agora terá uma entrada diferenciada em importantes órgãos como o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar. “É uma grande oportunidade. Estamos ávidos para dar continuidade e ampliar o trabalho que temos feito”, planeja.

Reconhecimento

Até julho deste ano, a Oncologia Clínica era uma titulação da Cancerologia. A Resolução nº 2.162 do Conselho Federal de Medicina (CFM) a reconheceu como especialidade médica no Brasil. A publicação homologou a Portaria nº 1/2017 da Comissão Mista de Especialidades, formada pelo próprio CFM, pela AMB e pela Comissão Nacional de Residência Médica, esta última vinculada ao Ministério da Educação.

A partir do reconhecimento da especialidade, a AMB divulgou um edital criando o Departamento de Oncologia Clínica para representá-la em seu âmbito e, ao mesmo tempo, abrindo a vaga no seu Conselho Científico para a associação de especialista na área. A SBOC cumpriu todos os trâmites e foi declarada vencedora após a contagem dos votos.

“Desejamos que, cada vez mais, a especialidade cresça, seus médicos sejam valorizados e que, juntos, possamos ter profissionais dedicados e capazes para oferecer o que há de melhor para a população”, destaca o Dr. Florentino Cardoso, presidente da AMB.

Segundo o Dr. Gustavo Fernandes, a SBOC pretende continuar colaborando com a Sociedade Brasileira de Cancerologia sempre que houver agenda comum em relação às discussões sobre o câncer no Brasil. “Desejamos que a SBC mantenha sua

trajetória, até porque ela tem um alto grau de afinidade com o que consideramos importante para a oncologia no Brasil”, registra.

Agradecimento

O Dr. Florentino Cardoso e o Dr. Giovanni Cerri, diretor científico da AMB, foram os primeiros a ouvir o pleito da SBOC pelo reconhecimento da Oncologia Clínica como especialidade. O início do diálogo ocorreu em uma reunião agendada pelo Dr. Paulo Hoff, membro da SBOC. “Temos muito a agradecer a eles e a toda a diretoria da nossa Sociedade, que trabalhou arduamente para que fôssemos escolhidos como representantes da especialidade”, afirma o Dr. Gustavo Fernandes.

A vitória ocorreu dez dias antes da posse da nova diretoria da SBOC, que ocorrerá em 27 de outubro, durante o XX Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, no Rio de Janeiro. “Foi muito bacana, porque trabalhamos para isso durante toda a gestão”, finaliza o presidente.

O I Simpósio de Oncologia Ocular tem como objetivo difundir essa subespecialidade relativamente nova entre os oncologistas, oftalmologistas, cirurgiões oncológicos, radio-oncologistas e outros profissionais. Trata-se de uma parceria entre a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO). “Cada vez mais o tratamento do câncer é multidisciplinar, exigindo a presença e a habilidade de diferentes especialistas”, diz o Dr. Evandro Lucena, coordenador da atividade. O evento será no dia 24, das 8h às 13h, no Rio de Janeiro.

Os temas da programação são tumores de pálpebra, tumores de superfície ocular, tumores orbitários, retinoblastoma, tumores vasculares e linfoma, imagem em oncologia ocular, melanoma intra-ocular, melanoma metastático, metástase intra-ocular, investigação de metástase e radioterapia para tumores oculares.

“Os tumores de pálpebra e de superfície ocular, por exemplo, são muito comuns no Brasil, considerando que a exposição ao sol é um importante fator de risco”, ressalta o oftalmologista. “Vamos conversar também sobre os efeitos colaterais do tratamento do câncer na região dos olhos”, acrescenta.

De acordo com o Dr. Evandro Lucena, o formato do simpósio será dinâmico e interativo, com apresentações e discussão de casos. “Pretendemos trazer à tona todos os conhecimentos que temos sobre Oncologia Ocular e promover um debate entre as diversas especialidades”, conclui o coordenador. O evento tem vagas limitadas. Os interessados devem inscrever-se pelo site.

I Semana Brasileira da Oncologia

24 a 29 de outubro de 2017

Windsor Barra Hotel, Rio de Janeiro Informações e inscrições: www.semanaonco.com.br

 

post Ocular

As tendências e novidades para o tratamento de pacientes com câncer de mama serão discutidas pela Dra. Mariana Chávez-McGregor durante o XX Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica. A professora assistente da Universidade do Texas (EUA) se diz ansiosa para compartilhar com os colegas brasileiros os princípios terapêuticos adotados por seu grupo de trabalho no MD Anderson Cancer Center. Ela é graduada pela Universidade Nacional Autônoma do México. Nesta entrevista, comenta a possibilidade de o olaparibe tornar-se a primeira terapia alvo-direcionada para o tratamento de pacientes com câncer de mama metastático associado a uma mutação BRCA 1 ou 2 e o papel dos inibidores de checkpoint, entre outros assuntos. Confira.

Em 2015, você ganhou o prêmio de jovem investigadora da Multinational Association of Supportive Care in Cancer (MASCC) e a honraria Best of ASCO Outstanding Scientific and Academic Collaboration on Breast Cancer – Triple Negative. Poderia comentar a importância desses prêmios em sua carreira? Qual é a sua sugestão para novos oncologistas?

Esses prêmios foram muito importantes. Eles são um reconhecimento de um esforço de equipe e, em particular, um reconhecimento para meus mentores. Além desses prêmios, o SWOG Young Investigator foi particularmente importante, uma vez que me permitiu receber treinamento especial no desenvolvimento de ensaios clínicos e me abriu as portas para integrar um grupo cooperativo muito importante. Os jovens oncologistas interessados ​​em pesquisa devem buscar uma boa orientação. Acredito fortemente que é crucial mergulhar no mundo da medicina acadêmica.

O que você poderia comentar sobre as dificuldades de acesso dos pacientes a novos tratamentos para câncer de mama por causa dos altos custos? Como é esse cenário nos EUA?

Vimos um tremendo avanço na terapêutica contra o câncer. Novas drogas, infelizmente, tendem a ter um custo muito alto e isso está associado a importantes problemas de acesso. Apesar de, nos Estados Unidos, a maioria dos medicamentos serem cobertos por companhias de seguros, a situação é muito complicada, porque os pacientes podem ter copagamentos muito altos ou porque os pacientes não cobertos podem ter dificuldades importantes para obter esses medicamentos. O custo do tratamento é um problema que não deve ser minimizado. Provavelmente, é muito mais grave em países de economias emergentes, onde a realidade é que os altos custos limitarão o acesso. Portanto, apenas aqueles com recursos para pagar o alto preço das drogas podem se beneficiar de novas terapias, criando significativas disparidades no tratamento.

Considera que os resultados do estudo da OlympiAD já fazem do olaparibe o tratamento padrão de segunda linha para pacientes com tumores triplo-negativos e mutação germinativa de BRCA1 ou BRCA 2? Estamos diante da primeira terapia-alvo para esses pacientes?

Os resultados do OlympiAD são muito encorajadores e acredito que o olaparibe irá se tornar a primeira terapia-alvo para o tratamento de pacientes com câncer de mama metastático associado a uma mutação BRCA 1 ou 2. No entanto, ainda não estamos usando esse medicamento nessa indicação. Aguardamos até que o medicamento seja aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration).

Ainda em relação aos inibidores de PARP, quais são as perspectivas dessas moléculas no tratamento do câncer de mama?

Os inibidores de PARP são moléculas promissoras para o tratamento do câncer de mama. Muito provavelmente, seu papel será apenas em pacientes com mutações BRCA1 ou 2. Questões sobre se essas moléculas devem ser usadas sozinhas ou em combinação com quimioterapia ou em que linha de terapia ainda precisam ser respondidas. Essas moléculas provavelmente terão um papel no tratamento de pacientes com doença metastática, mas provavelmente serão usadas em pacientes com câncer de mama em estágio inicial. Estudos atuais avaliando o papel dos inibidores de PARP no cenário neoadjuvante têm sido promissores.

Qual a sua expectativa sobre os inibidores de checkpoint para tratar câncer de mama?

O papel dos inibidores de checkpoint, em particular, e da imunoterapia, em geral, no tratamento de pacientes com câncer de mama ainda precisa ser definido. Muitos grupos estão trabalhando na avaliação do benefício dos inibidores de checkpoint, especialmente entre pacientes com tumores triplo-negativos, mas os resultados mostraram benefícios modestos na melhor das hipóteses. Hoje, não fazem parte da terapia-padrão. Se os inibidores de checkpoint serão usados ​​como agentes únicos ou em combinação, ou em uma linha específica de terapia, isso ainda precisa ser determinado.

Em que classe de medicamentos você coloca a maior esperança para o tratamento do câncer de mama?

Fizemos um excelente progresso no subgrupo de pacientes HER2 positivo com terapias anti-HER2. Os imunoconjugados e os novos inibidores de tirosina cinase podem ser promissores. Entre os tumores HR + positivos, continuaremos a ouvir sobre os inibidores de ciclinas D e a potencial combinação com os inibidores da PIK3CA. Espero que façamos avanços importantes em um futuro próximo no tratamento de pacientes com câncer de mama triplo-negativo, talvez com outras moléculas ou imunoterapia. Os inibidores de PARP serão uma ferramenta promissora para mutation carriers

Dado o resultado recente do estudo japonês CREATE-X (Masuda – NEJM 01/ junho, 2017), você considera oferecer capecitabina adjuvante para pacientes com tumores triplo-negativos que não alcançaram resposta patológica completa após a quimioterapia neoadjuvante?

Em grupos selecionados de pacientes com tumores triplo-negativos e doença residual importante, considerarei isso. Gerenciar as toxicidades nesse grupo que já foi intensamente tratado pode ser um desafio, mas provavelmente vou discutir o risco e os benefícios com meus pacientes.

O que de mais interessante pretende trazer para o XX Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica?

Sinto-me honrada em participar desse importante evento. Estou ansiosa pela oportunidade de interagir com tantos colegas, sabendo que podemos aprender uns com os outros. Como oncologista especializada em câncer de mama, trabalhando em um importante centro de referência, espero poder compartilhar os princípios orientadores do tratamento que usamos aqui. A ideia é sempre tentar fornecer uma visão crítica sobre os dados que, com sorte, podem ajudar os colegas a oferecer cuidados compassivos e baseados em evidências científicas.

 

Participe do XX Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica!

O evento será realizado de 25 a 28 de outubro, no Hotel Windsor Oceânico, no Rio de Janeiro (RJ). A programação e a área de inscrições estão disponíveis no site www.semanaonco.com.br/oncologiaclinica. #CongressoSBOC

A I Semana Brasileira da Oncologia terá um evento exclusivo para o público em geral interessado em se informar sobre câncer. O Encontro com a Sociedade será no dia 24 de outubro, das 14h às 18h, no Rio de Janeiro. “Tratar o câncer exige colaboração não somente entre os profissionais; existe a necessidade cada vez mais premente de envolver o paciente nesse processo”, afirma o coordenador da atividade e secretário de Comunicação da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dr. Claudio Ferrari.

De acordo com o oncologista, para que ocorra o engajamento do paciente no seu próprio cuidado, a população precisa ter informação de qualidade. O objetivo do evento é facilitar o acesso a conteúdo pertinente sobre prevenção, modalidades de tratamento e suas combinações terapêuticas e papel da pesquisa clínica. Também haverá uma reflexão sobre o desafio de oferecer tratamento oncológico para toda a população e os gargalos que o Brasil enfrenta.

“Com o envelhecimento da população, metade de nós terá câncer um dia. Sendo assim, o evento é para todos, pacientes ou não, familiares e cuidadores”, ressalta o Dr. Claudio Ferrari. Para participar do evento, é necessário inscrever-se no site. As vagas são limitadas. O valor é uma doação mínima comprovada de R$ 50,00 para o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

I Semana Brasileira da Oncologia

24 a 29 de outubro de 2017

Windsor Barra Hotel, Rio de Janeiro

Informações e inscrições: www.semanaonco.com.br

A Dra. Andrea Cercek, oncologista do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova York (EUA), virá ao XX Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica para falar sobre os novos avanços em imunoterapia para pacientes com câncer colorretal metastático, bem como o progresso no tratamento de pacientes com colangiocarcinoma.

A médica ressalta os progressos no tratamento de tumores gastrintestinais com novas terapias, incluindo imunoterapia em combinação com agentes alvo-direcionados ou outros meios de estimular o sistema imunológico e no tratamento personalizado. “Também estamos fazendo progressos em terapias-alvo específicas do tumor, direcionadas às suas alterações genômicas individuais”, afirma.

Cercek é oncologista clínica especializada no tratamento de pacientes com câncer gastrintestinal, especialmente câncer colorretal. Seu foco de pesquisa é o desenvolvimento de novas terapias para pacientes com doença metastática.

Ela conta que, atualmente, a quimioterapia intra-abdominal é utilizada para pacientes com neoplasias malignas peritoneais ou com comprometimento peritoneal predominante, como mesotelioma peritoneal, adenocarcioma apendicular e uma pequena porcentagem de adenocarcinomas colorretais. “O princípio geral é que toda doença mensurável é removida cirurgicamente e uma alta dose de quimioterapia é administrada na cavidade abdominal para erradicar qualquer doença micrometastática. A quimioterapia é rapidamente excretada pelo fígado. Portanto, há uma absorção sistêmica mínima”, explica.

Quanto às biópsias líquidas, Cercek diz que estão sob investigação como meio de detectar a recorrência do tumor, efetividade do tratamento, bem como possíveis alterações genéticas tumorais induzidas por terapias.

Para o futuro próximo da oncologia, a oncologista acredita que importantes avanços estão por vir. “Continuaremos a progredir com a imunoterapia e novas drogas alvo-direcionadas e abordagem personalizada para o tratamento do câncer.”

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O evento será realizado de 25 a 28 de outubro, no Hotel Windsor Oceânico, no Rio de Janeiro. A programação e a área de inscrições estão disponíveis no site www.semanaonco.com.br/oncologiaclinica. #CongressoSBOC

O Simpósio de Odonto-Oncologia é um dos destaques da I Semana Brasileira de Oncologia. O evento será no dia 28 de outubro, das 8h às 18h, no Rio de Janeiro. “Tem aumentado muito o número de pacientes com câncer que procuram tratamento odontológico especializado com profissionais capacitados e que compreendam a doença”, afirma o Dr. Eduardo Fregnani, coordenador da atividade.

De acordo com o especialista, o evento é voltado tanto para odontologistas que trabalham em consultório particular quanto para os profissionais que atuam em hospitais. A intenção é agregar conhecimento para os profissionais e trazer benefício no cuidado do paciente com câncer.

Haverá duas mesas-redondas, uma para iniciar o Simpósio e outra para encerrá-lo. “O recheio da nossa programação serão as palestras internacionais”, conta o Dr. Eduardo Fregnani.

A primeira mesa será sobre atualidades em osteonecrose dos maxilares induzida por medicamentos, com ênfase nos tipos de drogas que causam a complicação, na prevenção e no tratamento. Na última mesa, o tema central será o tratamento cirúrgico do câncer de boca, englobando reconstrução microcirúrgica imediata e reabilitação oral.

As duas professoras internacionais convidadas vêm dos Estados Unidos. A Dra. Sharon Elad, da Universidade de Rochester, dará as aulas “Oral mucositis and target-therapy related stomatitis” e “MASCC/ISOO clinical practice guidelines for the management of oral mucositis”. Já a Dra. Cherry Estilo, do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, falará sobre “Medication-Related Osteonecrosis of the Jaw: 14 Years in the Making” e “Management of the Patient Treated with Head and Neck Radiation Therapy”.

O coordenador da atividade explica que o objetivo é trazer novos conhecimentos para quem já trabalha na área e também para aqueles que estão iniciando. “Programações específicas para o cuidado odontológico ao paciente oncológico ainda são raras no Brasil. São poucos os eventos, mesmo em odontologia, que se preocupam em ter uma grade científica voltada para essa área”, diz o Dr. Fregnani. "Ainda mais com dois nomes internacionais de grande relevância na atualidade, esse simpósio torna-se realmente especial", analisa.

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A I Semana Brasileira da Oncologia, no Rio de Janeiro, contará com o Simpósio de Uro-Oncologia e novas tecnologias – I Simpósio de Atualização SBU-RJ/SBOC-RJ. O evento será no dia 24 de outubro, das 8h às 20h. Os interessados podem inscrever-se gratuitamente pelo site. As vagas são limitadas.

De acordo com o Dr. Juan Renteria, coordenador da atividade, o público principal são os urologistas. “É importante diferenciar a programação do Simpósio em relação ao módulo de Uro-Oncologia do XX Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica”, enfatiza. “O programa do Congresso é voltado aos oncologistas clínicos, enquanto nós falaremos com os urologistas, incluindo aspectos clínicos, cirúrgicos e de radioterapia.”

O especialista explica que as doenças oncológicas em urologia são bem frequentes e têm impacto na sobrevida dos pacientes. “Os assuntos cruciais e sobre os quais há novidades relevantes serão contemplados em palestras de 10 minutos cada. Além disso, dedicaremos boa parte da programação a discussões de casos, como aplicar os novos conhecimentos quando se está na frente do paciente, inclusive do ponto de vista multidisciplinar”, ressalta o Dr. Juan Renteria.

Os principais temas do Simpósio serão câncer de próstata, câncer de rim, câncer de bexiga e câncer de testículo. “Abordaremos as tecnologias envolvidas, laser, robô, novas drogas”, cita o coordenador. “O evento é essencialmente para os urologistas, mas estará aberto a todos os profissionais interessados de outras especialidades”, finaliza.

 

I Semana Brasileira da Oncologia

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“Não poderia faltar na I Semana da Oncologia uma mesa sobre judicialização”, enfatiza a Dra. Lúcia Freitas, coordenadora da atividade e gerente jurídica da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC). O Fórum de Judicialização em Saúde será no dia 24 de outubro, das 9h às 17h, no Rio de Janeiro. “A judicialização é uma realidade hoje no Brasil, tendo em vista a falta de políticas públicas de saúde e a enorme defasagem no atendimento às necessidades da população, tanto no SUS [Sistema Único de Saúde] quanto na saúde suplementar.”

O evento é voltado para advogados, promotores, juízes e procuradores, mas qualquer interessado pode participar. As vagas são limitadas. Na programação, destacam-se as discussões sobre os papéis do Estado, do Judiciário, do corpo jurídico e dos médicos no cenário atual da saúde pública e privada no país.

Os temas em forma de perguntas também devem provocar intensos debates entre os palestrantes e o público: “Judicialização: um fenômeno necessário?”, “Gestão pública/privada da saúde e judicialização: como lidar com o conflito?”, “O paciente do SUS tem direito a um atendimento de qualidade?” e “Como as operadoras de saúde lidam com a questão do fornecimento de medicação e de novas tecnologias aos pacientes?”.

I Semana Brasileira da Oncologia

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