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Prontuário eletrônico deve chegar ao SUS na maioria dos municípios brasileiros em 2017

Notícias Quarta, 18 Janeiro 2017 17:09

Até maio de 2017, segundo previsão do Ministério da Saúde, os prontuários de papel devem ser aposentados no Sistema Único de Saúde (SUS) e substituídos por uma plataforma eletrônica na maioria dos municípios brasileiros. A meta é que o sistema seja informatizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) para dar maior agilidade ao atendimento dos pacientes e melhorar a eficiência da gestão dos recursos públicos.

Paralelamente, a integração dos históricos clínicos dos pacientes a uma base de dados unificada deve oferecer uma série de informações úteis para o desenvolvimento de pesquisas médicas. “É uma iniciativa essencial para a evolução do cuidado na saúde neste século”, opina o Dr. Paulo Mora, oncologista clínico e diretor do Hospital do Câncer II, do Instituto Nacional de Câncer (INCA).

O sistema eletrônico de envio das informações, chamado de e-SUS, foi criado pelo Ministério da Saúde em 2011, mas sua implantação nos municípios tem esbarrado em problemas estruturais. Em dezembro de 2016, ele estava presente em 2.060 municípios, atingindo 57,7% da população brasileira.  As justificativas registradas pelos municípios para a não implantação do prontuário eletrônico foram: 84,9% insuficiência de equipamentos; 73,9% problemas de conectividade; 75% registraram baixa qualificação no uso do prontuário eletrônico; e 67,9% relataram falta de apoio de Tecnologia da Informática. “Um sistema informatizado de amplitude nacional deve ter a capacidade de ser implementado com recursos tecnológicos que possam funcionar em qualquer lugar do país, considerando as características das unidades e o acesso à conexão de rede”, analisa o Dr. Paulo Mora.

Para contornar o problema, o orçamento de 2017 do Ministério da Saúde prevê investimentos para instalações de computadores e o custeio de conexões de banda larga. Também foram investidos recursos na aquisição de três supercomputadores capazes de processar todas as informações do SUS simultaneamente. Com o sistema funcionando a pleno vapor, será possível verificar em tempo real a disponibilidade de medicamentos e acompanhar o histórico, dados e resultado de exames dos pacientes.

Para o Dr. Paulo Mora, os prontuários eletrônicos devem lidar tanto com informações médicas quanto as de interesse operacional e administrativo. “Dessa forma, é possível localizar e fiscalizar procedimentos incoerentes com as informações clínicas”, avalia. “O sistema eletrônico também dá maior agilidade aos gestores, um perfil nosológico mais refinado e o mapeamento das referências e contrarreferências necessárias a cada unidade. ”

A ampliação da presença do prontuário eletrônico e a captação das informações médicas de milhões de pacientes produzirão uma série de dados úteis para o desenvolvimento de pesquisas clínicas. “As informações organizadas geram dezenas de dados epidemiológicos, alertas de mudança no perfil de determinadas patologias, apoio nas interações medicamentosas, agilidade nos resultados de exames e procedimentos e cooperação entre unidades de níveis diferentes de complexidade”, conclui o Dr. Paulo Mora. 

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