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Os associados elegeram os membros da chapa “Diálogo” para a diretoria da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) no biênio 2017/2019. De acordo com o relatório da empresa Scytl, auditado pela The Perfect Link, foram 162 votos: 152 para a chapa, que era única, cinco em branco e cinco nulos. O pleito ocorreu de 15 de maio a 4 de junho, de forma eletrônica pela primeira vez. Também foram eleitos a Comissão de Ética e o Conselho Fiscal (veja a relação abaixo).

O presidente eleito, Dr. Sergio D. Simon, agradece a todos que votaram, aos membros da atual e da nova diretoria, aos profissionais que atuam na SBOC e convida todos a participar da melhoria contínua da Sociedade: “Fico feliz em poder contribuir para o engrandecimento da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica. A gestão atual imprimiu programas que mudaram a face da SBOC e é nosso desejo continuar no desenvolvimento dessas iniciativas”, ressalta.

Do planejamento para a próxima gestão fazem parte a atualização e a educação médica continuada para todos os associados, visão crítica e propostas para que os programas públicos atendam as necessidades dos pacientes com câncer e a atuação da SBOC nos padrões éticos “mais elevados”, entre outras ações. “Faremos todo o possível para continuar melhorando a oncologia brasileira”, resume o Dr. Simon, que é oncologista clínico do Centro Paulista de Oncologia (CPO – Grupo Oncoclínicas) e do Hospital Israelita Albert Einstein.

Novo processo

Segundo a gerente jurídica da SBOC, Dra. Lucia Freitas, o número de votos foi dentro da média em comparação a eleições anteriores. Ela considera a votação expressiva por tratar-se de chapa única. “O fato de os associados votarem pela internet, a partir do celular ou do computador, facilitou muito a participação de todos”, observa. Em relação à apuração, a advogada constatou “enorme vantagem” do processo eleitoral pela sua rapidez e agilidade.

A Dra. Lucia e a gerente executiva da entidade, Beatriz Lanza, estiveram dedicadas, desde março, ao sucesso do novo processo eleitoral. “Nossos anos de experiência nas eleições da Sociedade valeram muito nesta transição para a via eletrônica”, avalia a advogada. “Fizemos e acompanhamos o cronograma, antecipamos eventuais gargalos e testamos item por item justamente para garantir que tudo ocorresse sem percalços”, relata. A Scytl e a The Perfect Link são empresas especializadas em eleição eletrônica de associações de classe e foram contratadas pela SBOC para a realização deste primeiro pleito com votação pela internet.

A posse dos novos diretores será no dia 27 de outubro, durante o XX Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, no Rio de Janeiro.

Diretoria SBOC eleita para 2017/2018

Presidente:

Dr. Sérgio Daniel Simon (SP)

Vice-presidente para Relações Nacionais e Internacionais:

Dr. Gustavo dos Santos Fernandes (DF)

Vice-presidente de Organização, Planejamento e Administração:

Dr. Sérgio Jobim de Azevedo (RS)

Vice-presidente de Assistência Médica e Defesa Profissional:

Dr. Roberto de Almeida Gil (RJ)

Vice-presidente para Pesquisa Clínica e Estudos Corporativos:

Dr. Fábio André Franke (RS)

Vice-presidente para Ensino da Oncologia:

Dr. Rodrigo Ramella Munhoz (SP)

Secretária Geral:

Dra. Clarissa Maria de Cerqueira Mathias (BA)

Tesoureiro:

Dr. Volney Soares Lima (MG)

Vice-tesoureiro:

Dr. Eriberto de Queiros Marques Junior (PE)

Secretária de Comunicação Social:

Dra. Clarissa Seródio da Rocha Baldotto (RJ)

Comissão de Ética:

Dr. Rui Fernando Weschenfelder RS)

Dra. Anelisa Kruschewsky Coutinho Araújo (BA)

Dra. Aline Lauda Freitas Chaves (MG)

Conselho Fiscal:

Dr. Luciano Henrique Pereira dos Santos (DF)

Dr. Duílio Reis da Rocha Filho (CE)

Dra. Andréia Cristina de Melo (RJ)

Ao término do primeiro bloco de quatro casos da Gincana Virtual de Oncologia, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) premiou os três primeiros colocados. O Dr. Marcos Nogueira, residente do terceiro ano no Hospital de Câncer de Pernambuco, foi o vencedor desta etapa e ganhou um pacote para participar do XX Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, que inclui passagem, hospedagem e inscrição. O evento será realizado no Rio de Janeiro (RJ), de 25 a 28 de outubro. “O reconhecimento é muito gratificante, mas o melhor mesmo é estar sempre se testando e buscando novos conhecimentos”, afirma o residente. “A gincana é excelente para o aprendizado, e não apenas uma competição”, avalia. A premiação por bloco é uma novidade deste ano. A gincana está em sua segunda edição; a primeira foi em 2016.

Também de Pernambuco, a Dra. Carolina Zitzlaff é a segunda colocada. Ela está no segundo ano do programa no Real Hospital Português de Beneficência. “A gincana está bem organizada e é uma ótima oportunidade para conhecer e revisar assuntos importantes da oncologia”, reconhece a residente. Segundo ela, a premiação nesta etapa é um ótimo estímulo para manter o ritmo de estudos. O prêmio dela será a inscrição para o Congresso e a isenção da anuidade da SBOC em 2018. “Será mais uma oportunidade para ter contato com as atualizações e temas mais controversos e, assim, consolidar o aprendizado”, destaca.

A terceira colocada é a Dra. Renata Maceu, residente do terceiro ano no Hospital Sírio-Libanês. A médica ficou feliz em representar sua instituição entre os vencedores. Ela conta que os oito residentes do serviço estão participando com afinco da gincana. “Fiquei surpresa, pois não estava acompanhando o ranking”, relata. “A premiação por bloco é interessante porque as chances de as pessoas ganharem um prêmio é maior”, registra. A residente receberá a inscrição para o Congresso da SBOC.

Próximos prêmios

Esses mesmos prêmios serão dedicados aos vencedores dos próximos dois blocos de quatro casos cada um. A gincana começou em 17 de abril e seguirá até 30 de setembro. Os casos são publicados a cada 15 dias. O quinto sairá na próxima segunda-feira (12), sempre às 20h. Além do acerto, o menor tempo de resposta conta para a colocação no ranking do bloco e na classificação geral.

Todos os participantes começarão o segundo bloco com a pontuação zerada para ter as mesmas chances de alcançar a premiação nesta etapa específica. O mesmo acontecerá no terceiro bloco. A pontuação anterior segue registrada para a classificação geral. Os vencedores da competição na soma de pontos de todos os blocos receberão os seguintes prêmios: 1º lugar – pacote ASCO 2018 completo (passagem, hospedagem e inscrição); 2º lugar – pacote ASCO 2018 parcial (hospedagem e inscrição); 3º lugar – inscrição Congresso ASCO 2018.

Ainda que não seja residente ou não esteja inscrito na competição, qualquer oncologista pode acompanhar os casos e as respostas comentadas. A comissão científica da gincana é formada pelos oncologistas Clarissa Mathias, João Nunes e Clarissa Baldotto.

Para saber mais, acesse:

http://meduniverse.com.br/GincanasOncologicas

O Dr. Fernando Santini, membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e fellow em oncologia torácica avançada pelo Memorial Sloan Kettering Cancer Center, destaca agora as novidades da sessão oral em câncer de pulmão não pequenas células avançado (CPNPC) do Congresso da American Society of Clinical Oncology (ASCO 2017). Confira a seguir.

Imunoterapia

- Recente publicação do Keynote-024 levou à aprovação pela agência reguladora americana (FDA) do uso de pembrolizumabe em primeira linha para pacientes portadores de CPNPC avançado com expressão de PD-L1 igual ou maior que 50%. A Dra. Julie Brahmer, professora no Sidney Kimmel Comprehensive Cancer Center do Johns Hopkins Hospital, apresentou os resultados atualizados de sobrevida global e principalmente do desfecho exploratório SLP2 (sobrevida livre de progressão 2). Este último foi definido com o intervalo entre a randomização até a progressão da doença após segunda linha ou óbito. SLP2 testa, principalmente, qual seria a melhor sequência de tratamento. No Keynote-024, pacientes portadores de CPNPC em estádios avançados eram randomizados entre pembrolizumabe ou quimioterapia de primeira linha com dupla de platina a critério do investigador. Cross-over era permitido. No braço pembrolizumabe, 31% dos pacientes receberam segunda linha de tratamento, enquanto 64% dos pacientes no grupo quimioterapia receberam imunoterapia em segunda linha. A mediana de SLP2 no braço pembrolizumabe ainda não foi atingida. Em um ano, 58% dos pacientes no braço quimioterapia estavam vivos contra 70% no grupo imunoterapia (HR 0,63, p = 0,0003). Este estudo corrobora a tese de que a sequência correta de tratamento acarreta ganho de sobrevida. Dados pré-clínicos e dados clínicos retrospectivos demonstram que possivelmente a quimioterapia apresentaria melhor resposta após imunoterapia nesses pacientes. Para pacientes com CPNPC em estádios avançados com alta expressão de PD-L1 (igual ou maior que 50%), deve-se favorecer o uso do pembrolizumabe em primeira linha.

- Em atualização ao estudo OAK, que levou o FDA à aprovação de atezolizumabe em segunda linha para tratamento de CPNPC em estádios avançados, Dr. David Gandara, diretor do UC Davis Comprehensive Cancer Center's Thoracic Oncology Program, em Sacramento, Califórnia, apresentou dados sobre possível impacto do tratamento pós progressão nesse grupo de pacientes. É fato que o conceito de pseudoprogressão em CPNPC é muito menos frequente do que nos pacientes com melanoma metastáticos tratados com imunoterapia. Entre os pacientes que apresentaram progressão da doença com atezolizumabe no estudo OAK, 51% continuaram atezolizumabe após progressão, sem acréscimo significativo de efeitos adversos. Somente 7% dos pacientes deste último grupo apresentaram resposta objetiva com o tratamento após progressão. Foram apresentados poucos dados em relação à duração do tratamento. Autores concluíram que o uso de atezolizumabe pós progressão pode ser considerado no grupo de pacientes que estiverem muito bem clinicamente no ato da progressão. No entanto, esses dados devem ser interpretados com cautela, já que se trata de análise não pré-planejada de um subgrupo deste estudo. Sendo assim, devemos aguardar os resultados do estudo randomizado que está sendo desenhado para melhor avaliação do tratamento após progressão à imunoterapia.

Quimioterapia

- Sobre o uso de cisplatina em pacientes idosos, foram apresentados resultados de dois estudos paralelos de fase 3 – MILES3 e MILES4 – que randomizaram pacientes portadores de CPNPC em estádios avançados, com mais de 70 anos, para combinação de gemcitabina ou pemetrexed com cisplatina ou monoterapia com gemcitabina ou pemetrexed. A despeito do pequeno ganho em taxa de resposta e sobrevida livre de progressão, a adição de cisplatina em pacientes com mais de 70 anos não apresentou ganho de sobrevida às custas de importante incremento em toxicidade. Sendo assim, corroborando a prática clínica vigente, está desencorajado o uso de cisplatina nesse grupo de pacientes.

- Em relação a estratégias de tratamento de manutenção, em estudo IFCT-GFPC-1101 com pacientes portadores de CPNPC metastático, pacientes do grupo experimental recebiam terapia de primeira linha com cisplatina e gemcitabina, seguida de manutenção com gemcitabina, caso atingissem resposta parcial ou completa após tratamento de indução. No entanto, se apresentassem doença estável como melhor resposta objetiva, iniciariam manutenção com pemetrexed. Já o grupo controle recebia tratamento de indução convencional com quatro ciclos de cisplatina e pemetrexed seguidos de pemetrexed de manutenção. Não houve diferença significativa de sobrevida global nos dois grupos. Nenhuma diferença inesperada de toxicidade também foi apresentada. Sendo assim, a cisplatina e a gemcitabina em primeira linha no tratamento de pacientes portadores de CPNPC metastático, seguidas dessa estratégia de manutenção, parecem ser semelhantes ao tratamento com cisplatina e pemetrexed. Este estudo é de suma importância se avaliarmos o custo-efetividade do novo tratamento.

Mais novidades da ASCO 2017

O Congresso da American Society of Clinical Oncology (ASCO 2017) aconteceu de 2 a 6 de junho, em Chicago (EUA). Acompanhe as novidades aqui no site da SBOC.

O Dr. Rodrigo Munhoz, membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e oncologista do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) e do Hospital Sírio-Libanês, aponta os destaques da sessão oral de melanoma e tumores de pele do Congresso da American Society of Clinical Oncology (ASCO 2017). Confira a seguir.

Foram apresentados dados muito interessantes da eficácia de antissistêmicos em pacientes com metástase no sistema nervoso central. Três apresentações da sessão oral incluíram especificamente pacientes desse subgrupo e demonstraram elevada eficácia tanto da terapia-alvo na forma de inibidores do BRAF e MEK quanto da imunoterapia na forma de ipilimumabe e nivolumabe ou nivolumabe em monoterapia, com altas taxas de resposta em lesões do sistema nervoso central, ainda que uma duração de resposta um pouco abaixo daquela observada em lesões extracranianas. Um aspecto importante é que novos efeitos colaterais, manifestações ou complicações não foram observadas com o uso de terapia-alvo ou mesmo com o uso de imunoterapia, mantendo o mesmo padrão de tolerância.

Houve também três publicações de tratamento adjuvante do melanoma, sendo dois estudos negativos. Um de fotemustina no melanoma uveal e um estudo de bevacizumabe no tratamento adjuvante do melanoma cutâneo com alto risco de recidiva. O que se viu no estudo Avastin do bevacizumabe foi um impacto favorável de sobrevida livre de progressão, mas ausência de impacto em sobrevida global.

Outro estudo muito aguardado foi apresentado de forma preliminar, o ECOG1609 fase III randomizado com três braços de tratamento: ipilimumabe em dose alta, ipilimumabe em dose baixa ou interferon em dose alta para o tratamento adjuvante de pacientes com melanoma ressecado em alto risco. O estudo foi concebido para comparação de ipilimumabe em qualquer uma das doses, inicialmente 3 e depois 10, de forma hierárquica e escalonada versus interferon em dose alta. Não foram apresentados dados de eficácia referente ao braço tratado com interferon. Houve a apresentação de uma análise exploratória não pré-planejada comparando os dois braços de ipilimumabe. É importante salientar que o estudo não foi concebido com poder para essa comparação. São dados imaturos de um estudo concebido com outro desenho. É preciso mais tempo de seguimento da apresentação de dados mais robustos deste estudo para que qualquer mudança no contexto adjuvante possa ser discutida.

Também há dados muito interessantes sobre o seguimento de alguns estudos de longo prazo, como o Keynote-006. Foram atualizados os dados de sobrevida livre de progressão e sobrevida global, além da apresentação dos desfechos daqueles pacientes que descontinuaram o tratamento após dois anos de uso do pembrolizumabe, conforme preconizava o protocolo, ressaltando o conceito de que, muitas vezes, o controle da doença pode ser sustentado mesmo após a descontinuidade do tratamento.

Dados da atualização de um estudo fase II randomizado de dabrafenibe e trametinibe mostraram que é possível uma proporção de pacientes atingir respostas sustentadas e duradouras, ou seja, uma cauda na curva em pacientes tratados com terapia-alvo, principalmente aqueles com DHI normal e baixo volume da doença.

Saindo do campo do melanoma, mas ainda em neoplasias cutâneas, foram apresentados dados promissores de um estudo fase I de uma molécula chamada REGN2810 – trata-se de um agente anti-PD1 – em pacientes com câncer de pele do tipo escamoso. Houve taxa de resposta considerável nesses pacientes, uma eficácia muito interessante e um perfil de toxicidade não significativamente diferente dos vistos habitualmente com agentes anti-PD1, mas expandindo a aplicabilidade da imunoterapia para essa que é uma enfermidade quase órfã para a qual não há uma recomendação de tratamento formal. A taxa de resposta desse estudo foi superior a 45% com mais quase 23% dos pacientes atingindo estabilização da doença. Isso significa uma eficácia muito pronunciada de agentes anti-PDI, sendo o primeiro estudo prospectivo em pacientes com carcinoma escamoso de pele a demonstrar isso.

Mais novidades da ASCO 2017

O Congresso da American Society of Clinical Oncology (ASCO 2017) aconteceu de 2 a 6 de junho, em Chicago (EUA). Acompanhe as novidades aqui no site da SBOC.

O Dr. André P. Fay, chefe do Departamento de Oncologia do Hospital São Lucas (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), aponta as principais atualizações do Congresso da American Society of Clinical Oncology (ASCO 2017) em tumores geniturinários. Confira a seguir.

- O Dr. Dean F. Bajorin, médico do Memorial Sloan Kettering Cancer Center e professor da Weill Medical College da Cornell University em Nova York, apresentou a atualização dos dados de sobrevida do estudo KEYNOTE-045, que avaliou o uso de pembrolizumabe comparado à quimioterapia em pacientes com carcinomas uroteliais avançados e refratários a platina. Um maior seguimento dos pacientes confirmou os dados previamente apresentados. Aos 18 meses de acompanhamento, 36,1% dos pacientes que receberam pembrolizumabe estavam vivos em comparação a 20,5% no braço da quimioterapia. Esses dados corroboraram o uso de pembrolizumabe como o tratamento de escolha nesse cenário.

- Os dados do estudo KEYNOTE-052 também foram atualizados. Este estudo foi desenhado para avaliar o papel do uso de pembrolizumabe na primeira linha de tratamento em pacientes com carcinoma urotelial metastático inelegíveis à cisplatina. Taxas de resposta na ordem de 29% foram reportadas, sendo 7% respostas completas. Dados de sobrevida e um acompanhamento prolongado são aguardados para definição do uso deste agente imunoterápico nessa população de pacientes.

- O estudo de fase III PROTECT avaliou o uso de pazopanibe comparado ao placebo como tratamento adjuvante em pacientes com carcinoma renal de células claras submetidos a nefrectomia como tratamento definitivo. Este estudo falhou em demonstrar benefício em sobrevida livre de doença (desfecho primário). Dados de sobrevida global ainda são aguardados. Esta é mais uma evidência sugerindo que o uso da terapia antiangiogênica no cenário adjuvante não é eficaz.

- O estudo LATITUDE (Abstract LBA3) foi apresentado na sessão plenária do Congresso pelo Dr. Karin Fizazi, pesquisador do Instituto Gustave Roussy. Este estudo avaliou a combinação de abiraterona com terapia de privação androgênica em pacientes com câncer de próstata metastáticos hormônio-sensíveis de alto risco. Houve ganhos muito significativos em termos de sobrevida global com a combinação comparada à castração exclusiva. Os dados foram corroborados pelo estudo STAMPEDE (Abstract LBA5003). O estudo LATITUDE randomizou 1.199 pacientes de alto risco definidos pela presença de dois de três fatores prognósticos adversos: G8, três lesões ósseas na cintilografia óssea ou doença visceral. Após 30,4 meses de seguimento, o estudo atingiu o desfecho primário (sobrevida global). A sobrevida mediana foi de 34,7 meses no grupo que recebeu apenas castração e não foi atingida no grupo de combinação, resultando num HR de 0,62, IC 95% 0,51-0,76, p<0,0001). Aos três anos, as taxas de sobrevida foram de 66% versus 49%, respectivamente. Todos os desfechos secundários também foram atingidos: sobrevida livre de progressão, tempo para progressão de dor, tempo para evento ósseo, tempo para início de quimioterapia e tempo para início de tratamento subsequente. Este estudo, bem conduzido e com resultados muito consistentes, define a adição de abiraterona ao bloqueio hormonal como o novo tratamento padrão nesse cenário.

Mais novidades da ASCO 2017

O Congresso da American Society of Clinical Oncology (ASCO 2017) aconteceu de 2 a 6 de junho, em Chicago (EUA). Acompanhe as novidades aqui no site da SBOC.

O Dr. Fernando Santini, membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e fellow em oncologia torácica avançada pelo Memorial Sloan Kettering Cancer Center, selecionou novos destaques da sessão oral do Congresso da American Society of Clinical Oncology (ASCO 2017). Confira a seguir.

Tratamento adjuvante para CPNPC

- Estudo de fase III em pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) estádios II/IIIa completamente ressecados e portadores de mutação ativadora do EGFR (exon 19 ou exon 21 L858R) foram randomizados entre tratamento adjuvante convencional com cisplatina e vinorelbina por quatro ciclos ou 24 meses de gefitinibe 250 mg/dia. Estudo foi positivo para seu desfecho primário, mediana de sobrevida livre de doença de 28,7 meses versus 18 meses em favor do gefitinibe. Frequência de eventos adversos foi menor no grupo gefitinibe, sem relatos de ocorrência de doença intersticial pulmonar. No entanto, deve-se aguardar mais informações após a publicação do estudo antes de qualquer recomendação para mudança da prática clínica vigente.

Tratamento de CPNPC em estádios iniciais

- Pacientes em estádios I e II com recorrência local ou locorregional após radioterapia estereotáxica ablativa apresentaram excelentes resultados com terapia de salvamento que poderia incluir: cirurgia, radioablação, reirradiação ou quimioterapia. A sobrevida global em cinco anos foi semelhante quando comparada com grupo de pacientes que não apresentaram recorrência. É importante haver um time multidisciplinar para melhor abordagem deste grupo de pacientes.

CPNPC em estádio III

- Estudo randomizado de fase III demonstrou que a adição de PCI (irradiação profilática de crânio total) após tratamento definitivo para pacientes com CPNPC estádio III reduziu a ocorrência de metástases no sistema nervoso central, mas sem ganho de sobrevida e com piora dos sintomas neurológicos.

Carcinoma de pequenas células de pulmão

- Apresentada atualização do CheckMate 032, estudo de fase I/II avaliando múltiplos regimes de nivolumabe +/- ipilimumabe em pacientes com diversos tumores incluindo câncer de pulmão de pequenas células. Foi a primeira publicação da coorte de expansão randomizada após primeira linha com quimioterapia baseada em platina. Taxa de resposta de 21% no grupo combinação com ipilimumabe e nivolumabe versus 12% no grupo nivolumabe. A taxa de eventos adversos relacionados ao tratamento graus 3 e 4 no grupo combinação foi de 37%, com percentual de abandono de 10%. O resultado da coorte randomizada foi pouco inferior ao resultado previamente publicado por Antonia et al. no Lancet Oncology em 2016.

- O resultado do estudo de fase II foi negativo, avaliando a sobrevida livre de progressão do uso de pembrolizumabe por até dois anos após tratamento inicial para pacientes com carcinoma de pulmão de pequenas células com doença extensa. Mas a mediana de sobrevida global de 9,2 meses sugere que mais estudos devem ser considerados neste contexto.

- Estudo randomizado demonstrou que a adição de veliparibe (inibidor de PARP) ao tratamento convencional com platina e etoposídeo para câncer de pulmão de pequenas células doença extensa resultou em discreto acréscimo numérico, não estatisticamente significativo (6,1 meses versus 5,5 meses) da sobrevida livre de progressão às custas de maior toxicidade. Deve-se questionar a validade de continuar estudando esta combinação.

Mesotelioma maligno irressecável

- LUME-Meso: Estudo de fase II/III randomizou pacientes com mesotelioma para nindetanibe ou placebo em adição à primeira linha com cisplatina e pemetrexed. Foi apresentada a atualização de dados de sobrevida global e de sobrevida livre de progressão do estudo de fase II. Mediana de sobrevida livre de progressão de 9,7 meses com nindetanibe versus 5,7 meses com placebo. Taxa de resposta de 57% com adição de nindetanibe. Maior benefício com histologia epitelioide. Estudo de fase III está atualmente recrutando pacientes.

- MAPS2: Estudo multicêntrico de fase II randomizado em pacientes com mesotelioma maligno avançado politratados. Pacientes eram randomizados entre nivolumabe isoladamente ou em combinação com ipilimumabe. Estudo foi positivo para seu desfecho primário – taxa de controle de doença em 12 meses, 42% com nivolumabe e 52% com combinação. Com uma mediana de sobrevida global de 10,4 meses, o estudo demonstra que a imunoterapia representará em breve novo arsenal para o tratamento desta neoplasia de difícil manejo.

Mais novidades da ASCO 2017

O Congresso da American Society of Clinical Oncology (ASCO 2017) acontece de 2 a 6 de junho, em Chicago (EUA). Acompanhe as novidades aqui no site da SBOC.

O Dr. Rodrigo Munhoz, membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e oncologista do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) e do Hospital Sírio-Libanês, comenta os mais importantes trabalhos apresentados na sessão oral de sarcomas do Congresso da American Society of Clinical Oncology (ASCO 2017).

Duas dessas apresentações trouxeram resultados do uso de painéis moleculares para caracterização dos sarcomas ressaltando que é possível encontrar mutações potencialmente relevantes do ponto de vista clínico em uma quantidade significativa dos casos, ainda que a aplicabilidade imediata desse tipo de abordagem permaneça limitada. Os painéis moleculares também podem auxiliar na classificação e no diagnóstico desses sarcomas, além de, naturalmente, na seleção de potenciais protocolos de pesquisa direcionados por alterações genômicas.

Foram apresentados ainda os resultados de um estudo randomizado com aldoxorubicina, uma antraciclina com eficácia comparável à doxorubicina convencional e aparentemente associada a menor incidência de alopécia e toxicidade cardiológica. Foram expostos também resultados de diferentes inibidores de tirosina cinase em subtipos raros de sarcomas de partes moles, como cediranibe no sacoma alveolar e pazopanibe no tumor fibroso solitário desdiferenciado.

No campo da imunoterapia, os resultados em sarcomas ainda são menos contundentes do que aqueles vistos em outros tumores sólidos, segundo o Dr. Rodrigo Munhoz. Ainda assim, respostas objetivas foram mostradas tanto no estudo que avaliou da eficácia da combinação de ipilimumabe e nivolumabe ou nivolumabe em monoterapia (um estudo não comparativo) quanto na atualização do estudo SARC-028, que investigou o pembrolizumabe em sarcomas de partes moles e ósseos. Ademais, algumas histologias específicas desse heterogêneo grupo de neoplasias demonstraram particular sensibilidade ao uso de bloqueadores de correceptores imunes, com atividade promissora observada em pacientes com sarcoma pleomórfico de alto grau e lipossarcoma desdiferenciado, entre outros.

Mais novidades da ASCO 2017

O Congresso da American Society of Clinical Oncology (ASCO 2017) acontece de 2 a 6 de junho, em Chicago (EUA). Acompanhe as novidades aqui no site da SBOC.

O Dr. Carlos Henrique dos Anjos, médico do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês – Unidade Brasília e membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), acompanhou a apresentação oral dos trabalhos de câncer de mama metastático no Congresso da American Society of Clinical Oncology (ASCO 2017). Ele destaca a participação dos dois brasileiros que estiveram no púlpito: a Dra. Ingrid Mayer, discutindo os artigos sobre inibição da via do CDK4 e CDK6, e o Dr. Carlos Barros, com as atualizações do estudo Marianne.

Para os pacientes com receptor hormonal positivo e HER2 negativo, foram apresentados três estudos demonstrando o papel da inibição da via do CDK4 e CDK6. O estudo Monarch 2 randomizou pacientes com progressão prévia a uma linha hormonal ou que recidivaram após adjuvância para fulvestranto mais placebo versus fulvestranto mais abemaciclibe, semelhante ao estudo Paloma 3. Assim como nos estudos de palbo e ribociclibe, houve benefício de sobrevida livre de progressão de 16 meses versus 9 meses a favor do grupo experimental.

Já os dados de sobrevida do Paloma 1, estudo fase II open label em primeira linha, de letrozol mais palbociclibe versus letrozol monodroga não demonstraram benefício de sobrevida global – mas se trata de estudo fase II com número de pacientes relativamente pequeno no qual a influência de linhas subsequentes deve impactar de maneira significativa a sobrevida global.

Na doença HER2 hiperexpressa, o Dr. Barros demonstrou a atualização em termos de sobrevida global dos dados do estudo Marianne. Nesse estudo, pacientes HER2 hiperexpressas foram randomizadas em primeira linha para três braços: TH taxano com trastuzumabe versus TDM1 versus TDM1 combinado com pertuzumabe. O estudo mostrou a não inferioridade, em termos de sobrevida global, para os braços contendo TDM1 versus o braço controle de TH. Mas não foi capaz de demonstrar a superioridade dos braços contendo TDM1 versus TH. A sobrevida global dos três braços foi em torno de 52 meses. Destaque para a menor toxicidade dos braços TDM1 versus TH.

No entanto, diante dos dados do estudo Cleópatra, a sequência padrão do tratamento para doença HER2 hiperexpressa metastática continua sendo taxano mais duplo bloqueio pertuzumabe e trastuzumabe em primeira linha, seguidos de TDM1 na progressão.

Ainda no grupo HER2 hiperexpresso, mais um dado reforça a importância do duplo bloqueio HER2. O estudo Alternative randomizou pacientes para três braços livres de quimioterapia: inibidor de aromatase mais trastuzumabe mais lapatinibe; inibidor de aromatase combinado a tratuzumabe (padrão) e inibidor de aromatase combinado a lapatinibe.

Com 355 pacientes randomizados e 139 eventos, o braço de duplo bloqueio demonstrou benefício em sobrevida livre de progressão quando comparado ao braço padrão: mediana de 11 meses versus 5,7 meses. Tendo como principais toxicidades diarreia, rash (manchas vermelhas na pele) e náusea, a combinação de inibidor de aromatase mais trastuzumabe mais lapatinibe pode ser um esquema interessante, sobretudo para pacientes não candidatas ao uso de quimioterapia.

Inibidores de PARP e inibidores da via do PD1

Nas pacientes triplo-negativas, foram apresentados novos dados em relação a inibidores de PARP e inibidores da via do PD1. O Dr. Nicholas Turner apresentou dados do uso de talazoparibe, potente inibidor de PARP, em pacientes com mutações germinativas de BRCA1 e BRCA2 com duas coortes diferentes, uma delas com pacientes com uso prévio de platina e outra sem uso prévio de platina, demonstrou taxas de resposta de 21% e 37%, respectivamente. Ressalta-se que, na coorte sem uso prévio de platina, as pacientes haviam recebido pelo menos três linhas de tratamento, demonstrando a importância da inibição da PARP nessas pacientes.

Já o estudo Keynote 086, estudo de fase II braço único, avaliou o papel do uso de pembrolizumabe, inibidor de PD1 em pacientes com doença triplo-negativa após ao menos uma linha de quimioterapia prévia. Diferentemente do estudo Keynote 012, da qual fazia parte dos critérios de inclusão ter hiperexpressão de PD-L1, no estudo Keynote 086 as pacientes poderiam ser incluídas independentemente da expressão de PD-L1, mas era critério de inclusão ter material para testagem dessa expressão.

A positividade de PD-L1 em ao menos 1% das células foi de 60%. A taxa de resposta foi modesta: em torno 5%, independentemente da expressão de PD-L1. Chama a atenção a sobrevida prolongada das poucas pacientes que responderam. Os dados desse estudo estão em concordância com os dados de atezolizumabe apresentados no Congresso da American Association for Cancer Research (AACR) deste ano.

Mais novidades da ASCO 2017

O Congresso da American Society of Clinical Oncology (ASCO 2017) acontece de 2 a 6 de junho, em Chicago (EUA). Acompanhe as novidades aqui no site da SBOC.

O Dr. Fernando Santini, membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e fellow em oncologia torácica avançada pelo Memorial Sloan Kettering Cancer Center, selecionou alguns destaques da sessão de discussão de pôsteres do Congresso da American Society of Clinical Oncology (ASCO 2017). Confira a seguir.

Mesotelioma

  • Estudo de fase 2 com trabectedina demonstrou altas taxas de controle de doença, mas com toxicidade limitante.
  • Pembrolizumabe em segunda linha com melhores taxas de resposta em população selecionada com expressão PD-L1 maior que 50% (análise retrospectiva).

Carcinoma de pequenas células de pulmão

  • Série de casos japonesa encontrou pacientes com possíveis alvos moleculares, corroborando a importância de se realizar rotineiramente sequenciamento genético nessa população.

Tumores de pulmão não pequenas células em estágios iniciais tratados com cirurgia ou radioterapia

  • Pesquisa de doença residual mínima por meio de sequenciamento genético ultrassensível ou CAPP-seq apresentou valor preditivo positivo para recorrência de 100%. A detecção da doença residual mínima precedeu o aparecimento de recorrência clínica em seis meses.

Tumores epiteliais tímicos

  • Imunoterapia em segunda linha é promissora, mas apresentou elevado grau de toxicidade imunorrelacionada com miocardite e miastenia-gravis. Uso da imunoterapia fora de um estudo clínico é desencorajado.

Terapia-alvo em doença avançada

  • Rearranjo NTRK encontra-se presente em aproximadamente 3% dos pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC). Reportados resultados de pacientes incluídos em estudos de fase I e II com diversos tipos de tumores portadores do rearranjo NTRK. Inédita taxa de controle da doença de 93%. Larotrectinibe, potente inibidor seletivo do rearranjo NTRK. Provavelmente será a primeira droga-alvo a ser aprovada especificamente para um alvo determinado. Em breve, será mais uma droga disponível para o tratamento da doença metastática.

HER2 e câncer de pulmão

  • Superexpressão de HER2 detectada por imuno-histoquímica demonstrou não ser boa ferramenta para selecionar pacientes para tratamento com TDM1. Em contrapartida, Li et al., em estudo de fase II, demonstraram que mutações no HER2 representam um potencial marcador para selecionar pacientes para tratamento com TDM1.

CPNPC estádio avançado em portadores de MET exon14 splicing site mutation

  • Estudo retrospectivo para análise de sobrevida ajustada demonstrou melhora de sobrevida global nos pacientes que foram tratados com terapia-alvo específica contra MET.
  • Sabari et al. demonstraram, em um número pequeno de pacientes, ineficácia da imunoterapia mesmo naqueles com expressão de PD-L1 maior que 50% e alta carga tumoral.
  • Nesse grupo específico de pacientes, é preciso estimular uso de terapia específica anti-MET e avaliar com cuidado uso de bloqueadores de checkpoint imunológico em primeira linha.

Mais novidades da ASCO 2017

O Congresso da American Society of Clinical Oncology (ASCO 2017) acontece de 2 a 6 de junho, em Chicago (EUA). Acompanhe as novidades aqui no site da SBOC.

No sábado (3/6), como parte do Congresso da American Society of Clinical Oncology (ASCO 2017), foi realizado um simpósio que tratou da importância de dados de sequenciamento tumoral para a tomada de decisão no dia a dia do oncologista. Nesse simpósio, foram apresentados três estudos realizados na Europa e nos Estados Unidos que avaliaram os resultados práticos, relevância e questões econômicas dessa iniciativa, tanto em clínicas de alto risco como em consultórios da comunidade.

A Dra. Patricia Ashton-Prolla, membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), professora do Departamento de Genética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e do Serviço de Genética Médica do Hospital das Clínicas de Porto Alegre e coordenadora da Rede Brasileira de Câncer Hereditário, destaca um desses trabalhos, o resumo 101, apresentado pela Dra. Erin Cobain, da Universidade de Michigan.

De 2011 a 2015, mais de 500 pacientes com tumores sólidos metastáticos foram incluídos no estudo e, após consentimento e aconselhamento genético, foi realizada análise de exoma e transcriptoma do tumor e de DNA de sangue. Os resultados mostraram que em 72% dos casos foram encontradas alterações genéticas que poderiam indicar uso de alguma droga específica em ensaios clínicos. Apesar do alto percentual de pacientes com achados indicativos para inclusão em estudos terapêuticos, apenas uma parcela pequena de fato recebeu o medicamento relacionado à alteração identificada no estudo. No entanto, esse percentual aumentou ao longo dos anos: de 5% em 2012 para 11% em 2015.

O resultado mais surpreendente foi que 11% dos pacientes tinham alterações germinativas relacionadas a maior predisposição ao câncer, ou seja, indicativas de câncer hereditário, totalizando 55 pacientes. Em nenhum desses casos havia conhecimento prévio da existência de predisposição hereditária.

Uma das conclusões importantes do estudo foi que o sequenciamento de nova geração de tumores pode identificar uma parcela importante de casos com mutações germinativas diagnósticas de câncer hereditário não antecipadas, que será de grande importância não apenas para o paciente, mas para os demais familiares.

Ao pedir o teste de sequenciamento de nova geração no tumor, o oncologista tem que estar preparado para a possibilidade de ser identificada mutação de predisposição hereditária ao câncer. Idealmente, essa possibilidade deve ser discutida antecipadamente com o paciente.

Mais novidades da ASCO 2017

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