Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, em parceria com a TV Brasília, o oncologista clínico Dr. William William, coordenador do Comitê de Tumores Torácicos da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), destacou que o uso de cigarros eletrônicos é um hábito relativamente recente e que os profissionais de saúde ainda não compreendem plenamente os potenciais danos desses dispositivos a longo prazo.
A comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar estão proibidas no Brasil desde 2009. O especialista defendeu a manutenção dessa proibição, destacando que há indícios de que os chamados "vapes" podem aumentar o risco de câncer. "Há uma série de indícios de que o cigarro eletrônico pode aumentar o risco de câncer. Em primeiro lugar, a maioria desses dispositivos contém uma alta concentração de nicotina, que causa uma grande dependência. Ou seja, é muito difícil para a pessoa abandonar o cigarro eletrônico depois que começa a usá-lo", afirmou o especialista.