Com o objetivo de reunir as principais novidades e atualizações apresentadas no ASCO Annual Meeting 2019 e fortalecer a comunicação entre a sociedade científica, aconteceu, em 28 e 29 de junho, o Pós-ASCO SBOC-RJ, realizado pela regional da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) do Rio de Janeiro, no Hotel Hilton Copacabana.
A abertura do evento foi realizada pela Dra. Cinthya Sternberg, diretora executiva da SBOC Nacional. “A ASCO é o congresso anual mais importante do mundo na área da oncologia, no qual temos acesso a estudos que mudam a prática clínica no dia a dia. Por isso, o pós-ASCO é tão relevante, pois traz a contextualização do que foi apresentado em Chicago para a realidade brasileira, além de ser uma oportunidade para quem não pôde estar presente no congresso”, afirmou a diretora.
O evento contou com a participação de grandes nomes da oncologia, entre eles o Dr. Gustavo Fernandes, vice-presidente da SBOC para Relações Nacionais e Internacionais, que apresentou a Palestra Magna com o tema “Oncologia ontem, hoje e amanhã”; o Dr. Roberto de Almeida Gil, vice-presidente de Assistência Médica e Defesa Profissional, que ministrou o simpósio satélite sobre atualização no tratamento colorretal metastático e foi moderador dos debates sobre tumores do trato gastrointestinal; Dra. Clarissa Baldotto e Dra. Andréia Melo, diretoras da SBOC. A primeira ministrou palestra sobre terapia-alvo para câncer de pulmão e a segunda moderou as discussões sobre tumores ginecológicos.
Aproximadamente 120 profissionais estiveram presentres no Pós-ASCO SBOC-RJ
As Sociedades Brasileiras de Oncologia Clínica (SBOC), Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), Patologia (SBP) e o Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) promovem, em conjunto, o Encontro de Sociedades Médicas – Câncer: Diagnóstico e Conduta, que será realizado nos dias 2 e 3 de agosto, no Hotel Intercontinental, em São Paulo.
O encontro terá conteúdo de atualização científica a respeito do diagnóstico do câncer e do tratamento do paciente em suas interfaces multidisciplinares. Além dos médicos especialistas, são convidados para o Encontro de Sociedades Médicas todos os profissionais de saúde envolvidos no diagnóstico e no tratamento do câncer.
A programação conta com mesas redondas, debates e conferências sobre tumores de pulmão, do trato gastrointestinal, de mama, reto, do trato gênito urinário, câncer ginecológico e melanoma, abordando questões como a identificação de fatores preditivos de resposta a terapia-alvo e imunoterapia, recursos laboratoriais para o diagnóstico e monitoramento, classificação molecular e testes multigênicos, entre outras.
As inscrições podem ser feitas até o dia 1º de agosto. Os valores são R$ 300,00 para associados adimplentes das Sociedades que promovem a atividade e R$ 400,00 para os demais. Residentes têm valores reduzidos.
Para acessar a programação completa e se inscrever, acesse site www.sbpc.org.br.
As inscrições para a quarta edição do prêmio anual Astellas Oncologia C3 Prize® (Changing Cancer Care) estão abertas até o dia 15 de julho. É a primeira vez que o prêmio receberá inscrições do Brasil. A Astellas convida inovadores em cuidados em saúde a apresentar ideias que possam ajudar a melhorar a vida das pessoas afetadas pelo câncer. As ideias podem ser na forma de ferramentas de suporte, esforços educacionais, soluções de tecnologia e muito mais. O prêmio está aberto a qualquer ideia que possa ter impacto, especialmente se for simples. A proposta deve se concentrar em uma das três categorias de submissão:
- Jornada do Tratamento Oncológico: ideias que ajudam a diminuir o peso do dia a dia para os pacientes e cuidadores. As ideias podem melhorar a comunicação, coordenar o transporte, reduzir a sobrecarga da tomada de decisão, melhorar a capacidade emocional e mental dos pacientes e sua perspectiva física, e/ou abordar outro aspecto da jornada de cuidado.
- Disparidades na Saúde do Câncer: ideias para remover, reduzir e aliviar a carga desigual do tratamento do câncer, que afeta desproporcionalmente certas populações, incluindo disparidades nas complicações, sobrevivência, triagem e detecção, incidência geral e outras condições que os pacientes e cuidadores em determinadas populações enfrentam.
- Sobrevivência ao Câncer: ideias para ajudar os sobreviventes do câncer e seus familiares a ter uma vida melhor após o tratamento do câncer, mesmo que as pessoas vivam mais com o câncer ou vivam mais livres dele, ainda assim serão profundamente afetadas física e emocionalmente.
As inscrições serão avaliadas com base na viabilidade, originalidade, criatividade e impacto potencial das ideias enviadas, além da visão do participante sobre como alcançar pessoas que podem se beneficiar da ideia.
Para consultar os termos e condições para participação ou para se inscrever, acesse www.C3Prize.com.
Próximo ao fim de mais um mandato, a diretoria da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) definiu o calendário eleitoral deste ano e nomeou os integrantes da Comissão responsável por coordenar, junto à equipe administrativa, a divulgação e a realização de todas as etapas do processo eleitoral nos termos do Estatuto e do Regimento Interno da entidade.
O início do processo eleitoral está programado para a segunda semana de julho, quando será publicado o edital de convocação. As inscrições das chapas interessadas em concorrer estarão abertas a partir da semana seguinte.
A votação e apuração estão previstas para setembro e a posse dos eleitos acontecerá durante II Semana Brasileira da Oncologia, no Rio de Janeiro. Para votar, os associados devem estar quites com as anuidades, inclusive com a de 2019, sendo que o prazo para regularização é dia 9 de agosto.
Confira abaixo os integrantes da Comissão Eleitoral e o cronograma completo das Eleições SBOC - Gestão 2019/2021.
Membros da Comissão Eleitoral
Juvenal Antunes de Oliveira Filho (Presidente)
Evanius Garcia Wiermann (1º Secretário)
William Nassib William Junior (2º Secretário)
Está no site da IV Gincana Nacional da Oncologia para Residentes o vídeo do sétimo caso da Gincana deste ano, sobre câncer de pulmão, com a Dra. Ana Gelatti. A Oncologista Clínica é membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC); Mestre em Medicina e Ciências da Saúde pela PUC/RS; investigadora do Centro de Pesquisa em Oncologia do Hospital São Lucas - PUC/RS; e vice-presidente do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica. Ela comenta, no vídeo, as características do caso apresentado e as respostas das cinco questões publicadas.
Clique aqui para ver o vídeo.
Acesse aqui mais informações sobre a Gincana.
No mês de junho comemora-se o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Rim e trazemos aqui alguns avanços importantes no tratamento da doença.
Em 2005, o tratamento desse tipo de câncer foi elevado a outro patamar em vários países do mundo, com terapias-alvo como o sunitinibe, aprovado há 12 anos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para utilização no Brasil. Em 2018, a Anvisa aprovou o cabozantinibe que, considerado para segunda linha de tratamento, mostrou ser mais potente do que outras opções similares frente ao câncer de rim metastático. Para se ter uma ideia, na pesquisa que embasou sua aprovação, ele apresentou uma queda de 52% no risco de progressão da doença em pacientes avançados que não haviam sido tratados antes, quando comparado ao sunitinibe.
E, mais recentemente, a combinação de imunoterapias também tem representado uma nova opção no tratamento efetivo do câncer de rim. No ano passado, por exemplo, foi aprovada, pelo FDA e pela Anvisa, a combinação de dois medicamentos imunoterápicos que levou a uma taxa de resposta superior a 40% para pacientes com carcinomas de células claras, o tipo mais comum de câncer renal- um resultado sem precedente na história do combate à doença. A utilização de nivolumabe associado a ipilimumabe propiciou taxas de resposta que saltaram de 27% com uso isolado de sunitinibe para 40% com essa combinação.
O avanço é tão significativo que o Prêmio Nobel de Medicina de 2018 foi para os cientistas James Allison, do MD Anderson, dos Estados Unidos e Tasuku Honjo, da Universidade de Kyoto, no Japão, pela descoberta quanto ao papel das moléculas CTLA-4 e PD-1 no sistema imunológico, justamente as protagonistas da combinação de imunoterapias para câncer de rim.
Mas e o acesso?
Apesar desses avanços, uma questão importantíssima para o tratamento, não só desse tipo de câncer mas como de muitos outros, é o acesso.
De acordo com o Dr. Volney Soares Lima, Diretor da Sociadade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), o Brasil tem uma estimativa de mais de 6 mil novos casos de câncer de rim por ano e, apesar de não ser um dos tumores mais prevalentes em nosso país, 40% da população tem diagnóstico em fase tardia da doença, e o único tratamento que havia disponível é ineficaz e já não é utilizado há mais de uma década em vários países. “O interferon-alfa, até pouco tempo atrás o único tratamento disponível para nossa população, não estava associado à melhora na sobrevida global e tampouco demonstrou evidências significativas de ganho de qualidade de vida e/ou alívio de sintomas, além de elevada toxicidade, posologia complexa, e taxas de resposta objetiva menores que 20%. O sunitinibe aumentou o tempo de sobrevida livre de progressão em comparação com esse medicamento, mas ainda não está disponível para todos”, afirma o especialista.
No Brasil, o sunitinibe passou a ser coberto pelos planos de saúde há aproximadamente quatro anos, ou seja, oito anos depois da aprovação de Anvisa. E foi aprovado para incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) somente no fim do ano passado, por meio do pedido realizado pela SBOC. Já o cabozantinibe ainda não está disponível para uma parte considerável da população, pois ainda não foi incorporado ao rol da ANS e nem ao SUS.
Se a terapia-alvo, aprovada há tanto tempo, não está disponível para todos, a combinação de nivolumabe e ipilimumane , opção de tratamento com custo muito mais elevado, atinge um grupo ainda mais restrito e, até o momento, não é coberta pelos planos de saúde e muito menos pelo SUS.
De acordo com Dr. Sergio Simon, presidente da SBOC, além de promover atualização científica e de defender os direitos dos médicos, a entidade entende que também tem a missão de defender a boa prática clínica, que se traduz na autonomia de prescrever o que é melhor para o paciente. "Na área de oncologia temos enfrentado muitas dificuldades para a incorporação de medicamentos. Infelizmente, isso tem levado o Brasil a ter duas categorias de pacientes: SUS e privado, com uma disparidade enorme entre ambos", conclui Dr. Sergio Simon.
O programa Caminhos da Reportagem, que foi ao ar em 18 de junho, na TV Brasil, mostrou os avanços da oncologia que revolucionaram a forma de tratar o câncer.
Com a evolução da pesquisa ligada ao sequenciamento do genoma humano, uma nova perspectiva foi aberta nos ramos da oncogenética e da oncologia de precisão, com testes e terapias personalizados para cada paciente. A reportagem traduz esse avanço e aborda assuntos como imunoterapia, mapeamento genético, entre outros, com a participação de especialistas renomados, membros da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC): Dr. Gustavo Fernandes, Vice-presidente da SBOC para Relações Nacionais e Internacionais; Dra. Clarissa Baldotto, Diretora da SBOC; Dr. Bernardo Garicochea; Dr. Paulo Hoff e Dr. Romualdo Barroso.
As inscrições para a segunda edição do Programa de Capacitação em Pesquisa Clínica da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) estão abertas. Jovens oncologistas, de até 40 anos de idade, com residência em oncologia clínica concluída, podem se inscrever até 28 de junho.
As vagas do Programa são direcionadas por região. Serão selecionados quatro jovens concologistas, sendo um da região Centro-Oeste; um da região Norte; um do Nordeste; e um das regiões Sul/Sudeste.
O objetivo da iniciativa é que os participantes selecionados conheçam, in loco, o Centro de Pesquisa Clínica em Oncologia do Hospital de Caridade de Ijuí (RS) – ONCOSITE, uma instituição que superou as adversidades e se tornou referência nacional em pesquisa clínica, atualmente responsável pelo maior número de estudos em andamento no país.
Para efetuar a inscrição, é necessário ser associado adimplente da SBOC, preencher o formulário e enviar as cartas e documentos descritos no edital por e-mail. Aproveite essa oportunidade. Clique aqui para acessar o edital e a ficha de inscrição.
Confira abaixo os depoimentos dos jovens oncologistas selecionados para participar do Programa de Capacitação em Pesquisa Clínica SBOC no ano passado. Eles passaram uma semana acompanhando todas as etapas do desenvolvimento de um estudo clínico no Centro de Pesquisa Clínica em Oncologia do Hospital de Caridade de Ijuí – Oncosite.
“Voltei para Teresina com a missão de fazer o centro de pesquisa acontecer. Depois de tudo o que vimos, não há justificativa para não nos mobilizarmos em todo o Brasil. O Programa foi extremamente prático com relação a todo o aspecto operacional da pesquisa clínica, boas práticas, passo a passo, além de a equipe de Ijuí ficar à disposição para esclarecer dúvidas que surjam ao longo do processo que cada jovem oncologista desenvolverá para criar ou ampliar centros de pesquisa em suas cidades. Os desafios que o pessoal de Ijuí enfrentou para chegar ao patamar atual são muito similares aos que encontramos na nossa realidade, por isso a experiência é tão pertinente e motivadora.”
Dr. Claudio Rocha, de Teresina – PI
“Realmente, o exemplo de Ijuí surpreende. Confirma que é possível fazer pesquisa clínica com qualidade fora de um grande centro urbano e em região de acesso geográfico e logístico desfavorável; trabalhar, acreditar e buscar incansavelmente as melhorias de tratamento e acesso. É essencial a iniciativa da SBOC de estimular a pesquisa clínica no Brasil, principalmente fora de grandes centros, onde os únicos recursos são os disponíveis pelo SUS e não atendem e não acompanham a evolução das drogas antineoplásicas.”
Dra. Gilmara Resende, de Manaus - AM
“Todos foram incríveis, nos receberam de braços abertos e mostraram os caminhos das pedras, literalmente, para se conseguir fazer um centro de excelência como é o deles. E participar desse Programa abriu muito a minha cabeça, pois além de entender melhor o trabalho do próprio médico no contato com os pacientes, nas decisões clínicas e nos relatórios superdetalhados, pude conhecer o papel e a importância fundamental de cada uma das outras áreas, desde o processo regulatório, assinatura de termos de consentimento, envio de materiais biológicos, exames de imagem, administração dos medicamentos; é toda uma estrutura e uma sintonia fina entre os profissionais.”
Dra. Patrícia Ratto, de São Carlos - SP
À esq., Dr. Fábio Franke, Coordenador do Programa, ao lado do Dr. Claudio Rocha. À dir., Dr. Fábio Franke entre as Dras. Patrícia Ratto e Gilmara Resende.
O ASCO Annual Meeting 2019 acabou, mas a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) disponibiliza, em área pública do Portal SBOC, vídeos exclusivos com a cobertura do evento. Comentados por especialistas, os vídeos trazem os destaques do Congresso, que aconteceu em Chicago, nos Estados Unidos, e é o maior e principal evento de oncologia do mundo.
O conteúdo faz parte da Escola Brasileira de Oncologia, o braço educacional da SBOC, e ficará disponível para acesso de todos.
Aproveite para se atualizar. Acesse aqui os vídeos.
Veja a lista de vídeos disponíveis:
Cabeça e Pescoço: Três importantes estudos que mudam a conduta dos especialistas
Dra. Aline Lauda Freitas Chaves
GI: Estudos de destaque relacionados ao câncer gastrointestinal baixo
Dr. Allan Pereira
Pâncreas: Adjuvância e Estudo POLO
Dra. Anelisa Coutinho
Ginecologia oncológica: Estudos sobre câncer de ovário
Dra. Andréia Melo
Colo do útero e endométrio: Estudos de destaque nessas duas áreas
Dra. Angelica Nogueira
Mama inicial: Estudos de destaque em diversas áreas, como avaliação de risco tardio
Dr. Gilberto Amorim
Mama metastático: Estudos representativos e detalhes do MONALISA-7
Dr. José Bines e Dr. Fábio Franke
Próstata: Estudos ENZAMET, TITAN e ARAMIS
Dr. Fabio Schutz
Pulmão metastático: Será que é tempo de revermos a terapia para tumores mutados EGFR?
Dr. Lucianno Santos
Pulmão de Não Pequenas Células: Estudos de manutenção, RET e drogas anti-exon 20
Dra. Clarissa Mathias
Sarcomas e Melanoma: Poucas atualizações com impacto imediato na prática clínica
Dr. Rodrigo Munhoz
Sistema nervoso central: Em que o perfil molecular pode nos ajudar?
Dra. Clarissa Baldotto
Genética: Quimioprevenção, radioterapia para pacientes com uma mutação ATM, e necessidade de disponibilidade de testes genéticos
Dr. Rodrigo Guidalini
Inovação e Tecnologia: Novidades nessas áreas
Dr. Nivaldo Vieira