Evento reuniu pacientes oncológicos, profissionais de saúde, pesquisadores e todos interessados em saber mais sobre os principais tumores que afetam as mulheres brasileiras: os cânceres de mama, de colo do útero, de pulmão e colorretais. Leia mais sobre o evento aqui. E confira o vídeo de melhores momentos a seguir:
Nesta sexta-feira, 7 de março, véspera do Dia Internacional da Mulher, dezenas de pessoas estiveram no evento Mulheres em AntecipAÇÃO: Conhecimento é Poder, realizado no Teatro Unimed, em São Paulo (SP). O evento foi organizado pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), em parceria com os Grupos Brasileiros de Tumores de Mama (GBECAM), Ginecológicos (EVA), Torácicos (GBOT) e Gastrointestinais (GTG).
Presidente da SBOC, Dra. Angélica Nogueira demonstrou satisfação com a realização em conjunto de um evento multidisciplinar voltado não apenas a médicos, mas também à sociedade civil. “É a primeira vez que essas instituições deram a mão para realizar uma discussão dessa maneira. Que possamos aumentar nossa força juntos, levando também ao governo o nosso debate”, comentou.
Parte da necessidade de mais discussões sobre conscientização e prevenção do câncer foi apresentada pela oncologista clínica. Segundo números que apresentou, compilados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), é esperado que o número de casos de câncer globais passe de 18,1 milhões (2018) para 29,5 milhões (2040) – um aumento de 63% em 22 anos.
O evento, voltado ao público feminino, focou nos tumores mais prevalentes nas mulheres. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), eles são: mama (30% do total de tumores), cólon e reto (9,7%), colo do útero (7%) e pulmão (6%).
Apesar da comunidade internacional estar cada vez mais discutindo a saúde feminina, a presidente da SBOC crê que ainda não se reconhece adequadamente o impacto desproporcional que um diagnóstico de câncer tem na vida das mulheres assim como as consequências que isto tem para a sociedade como um todo.
Números indicam que 4,4 milhões de mulheres morrem a cada ano, deixando mais de um milhão de órfãos, com impacto maior em países em desenvolvimento. Destes órfãos, 25% estão relacionados a mães com câncer de mama.
Também há uma associação entre moralidade materna e infantil. “Por exemplo, tem sido estimado que por cada 100 mulheres que morrem de câncer de mama ou colo de útero na África, entre 14 e 30 crianças devem morrer como consequência”, adicionou Dra. Angélica Nogueira.
Também há aspectos sociais e econômicos a serem discutidos. Apenas o câncer de mama metastático, em 2015, resultou em perda de produtividade de US$ 6,6 bilhões somente nos Estados Unidos devido a dias sem trabalhar e/ou mortalidade prematura. “Sociedades que cuidam das mulheres são mais saudáveis e produtivas por gerações no futuro”, disse a presidente da SBOC.
Câncer de colo do útero
Quem conduziu a sessão sobre tumores uterinos foi Dra. Andrea Gadêlha, presidente do Grupo EVA. Ela ressaltou que um evento como este tem a missão de levar informação de qualidade para mulheres. “Aqui, temos capacidade de transformação. Cada uma de nós podemos ser sementes para proliferar este conteúdo para pessoas próximas, amigos e família, mudando essa realidade.”
O câncer de colo do útero é o quarto mais comum entre mulheres, apresentando mais de 660 mil novos casos e 350 mil mortes em 2022 globalmente. Dos óbitos, 95% ocorreram em países de baixo e médio rendimento, com taxas mais elevadas na África Subsaariana, na América Central e no Sudeste Asiático. Assim como o câncer de mama, muitas crianças são prejudicadas pela mortalidade desse tumor. Cada um entre cinco órfãos de mães com tumores está relacionado ao câncer de colo uterino.
Particularidade desta doença é a sua possibilidade de erradicação. Por isso, a comunidade internacional assumiu compromisso de eliminá-lo. A OMS definiu como meta quatro ou menos casos por 100 mil mulheres.
A prevenção se dá, sobretudo, por meio da vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV). Estima-se que até 50% das pessoas sexualmente ativas terão infecções pelo vírus antes dos 50 anos. Enquanto isso, a infecção persistente não tratada causa 95% dos casos do câncer de colo do útero.
“Normalmente, são necessários de 15 a 20 anos para que as células anormais se transformem em câncer, mas em imunodeprimidos o processo pode ser mais rápido e demorar de 5 a 10 anos”, explicou a Presidente do Grupo EVA. Sobre rastreamento, Dra. Andrea Gadêlha também ressaltou a importância do teste molecular contra o HPV, disponível no SUS, e os exames de Papanicolau, que apesar de enfrentar alguns estigmas, ainda é um aliado importante para esse detecção.
Câncer de mama
Dra. Gisah Guilgen, diretora do GBECAM, iniciou dizendo que um dos grandes problemas do câncer de mama é que muitas mulheres demoram para buscar ajuda por vergonha, medo e insegurança. “Isso faz com muitas vezes a doença evolua ainda mais, trazendo piores diagnósticos. Por isso, temos que disseminar conhecimento, verdade e ciência”, disse.
Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama feminino é o mais incidente no país e em todas as regiões. Segundo a OMS, globalmente, nos próximos 25 anos as mortes mundiais devem crescer 68%. No Brasil, este número deve chegar a 73,4%, atingindo 38,5 mil vidas perdidas em 2050.
“Todas as mulheres podem ter câncer de mama, mas há fatores modificáveis e os não. Entre estes, estão mutações genéticas, história familiar em parentes de 1º grau, radiação prévia em tórax, alta densidade mamária, início da menstruação com menos de 12 anos ou menopausa tardia com mais de 55”, detalhou Dra. Gisah.
Entre os que podem ser controlados estão: manter atividade física, evitar obesidade (com índice de massa corporal menor do que 25), evitar consumo de álcool, ter feito reposição hormonal e não ter engravidado com menos de 30 anos ou não ter amamentado.
“O histórico reprodutivo é importante, pois é na gravidez que ocorre a última fase de amadurecimento da mama. Além disso, durante a amamentação a mulher não menstrua, ou seja, não está sob estímulo hormonal de estrogênio e progesterona”, explicou a diretora do GBECAM.
Sobre sintomas, a fase precoce não apresenta nenhum. Ainda assim, a especialista recomendou que as mulheres palpem suas mamas, com o intuito de conhece-las melhor e verificar variações naturais. No caso de alterações, é necessário procurar atendimento.
“Também se recomenda mamografia para mulheres a partir de 40 anos – em pacientes com alto risco, iniciar 10 anos antes. Ultrassonografias são reservadas para pacientes com mamas densas ou na presença de sintoma em mulheres de menos de 25 anos. Já a ressonância magnética, se recomenda, quando possível, para mulheres de alto risco”, resumiu Dra. Gisah.
Câncer de pulmão
Dr. Vladmir Cordeiro, presidente do GBOT, lembrou de apesar de o câncer de pulmão ser o mais comum e o com maior mortalidade global no Brasil, poucas vezes é discutido e ainda não faz parte das políticas de rastreamento do sistema público. “A ideia do nome do evento trazer a palavra antecipação tem relação com a necessidade de pacientes souberem dessas informações ao terem contato com os generalistas que comumente os atende”, explicou.
Globalmente, os tumores pulmonares têm 908 mil casos e 584 mil óbitos, sendo o segundo mais impactante entre as mulheres no mundo inteiro. “Estes casos estão crescendo entre as mulheres, que apresentaram tendência de começarem a fumar mais tarde na sociedade”, explicou Dr. Vladmir.
Este é um tumor essencialmente ligado ao tabagismo. Um a três de cada 10 fumantes irá desenvolver o câncer de pulmão até os 75 anos. Apesar da redução do hábito no país, ainda 9,3% dos brasileiros são tabagistas. Apesar disso, dados recentes que de 15% a 25% dos casos estão ocorrendo em não tabagistas.
“Parte disso se deve à poluição do ar e também ao fumo passivo. Entre as recomendações de prevenção, estão: parar de fumar o quanto antes possível. Não usar outras formas de tabaco, como ‘vapes’, narguilé, charutos, cachimbos etc. Fazer exercícios, comer frutas, verduras e legumes frescos, beber água e dormir”, listou o presidente do GBOT.
Câncer colorretal
Os tumores de cólon e reto, segundo o Instituto Nacional de Câncer, têm mais de 23 mil casos anuais entre mulheres brasileiras, o segundo maior índice. No mundo, segundo a OMS, são mais de 856 mil casos anuais – o terceiro mais recorrente entre mulheres.
Dra. Maria Ignez Braghiroli, conselheira fiscal do GTG, explicou que entre os fatores de risco principais estão os pólipos, que podem ser decorrentes de síndromes como a de Lynch, a Peutez-Jeghers, entre outras, bem como fibroses císticas. Histórico pessoal e familiar de doenças como síndrome de Chron, doença intestinal inflamatória e colite ulcerativa também afetam essas chances. Por fim, gênero e etnia também são fatores de risco: há maior incidência em homens negros.
Há fatores controláveis, como evitar a obesidade, o consumo a longo prazo de carne vermelha e processada, bem como o uso de tabaco e álcool. “Por isso, a dieta é um elemento protetor. É fácil recomendarmos, até pela dificuldade de valor de alimentos saudáveis, mas é realmente importante. Além disso, a atividade física pode reduzir o risco do câncer colorretal em 27%”, explicou Dra. Maria Ignez.
A especialista acredita que o rastreamento deve ser feito entre 45 a 75 anos, em pacientes com histórico familiar de condições que oferecem predisposição. Para isso, se recomenda, de maneira geral, colonoscopia a cada dez anos, exame fecal a cada um entre três anos, e tomografia a cada cinco anos.
“Como perspectiva final, deixo a mensagem que essa é uma doença frequente, mas se diagnosticada precocemente, apresenta chances de curas elevadas e tratamentos menos mórbidos. Existem hábitos de vida que podem reduzir o risco de desenvolver o câncer colorretal. E: o melhor rastreamento é o que é factível e praticado”, concluiu a representante do GTG.
Após as apresentações, houve debate entre os presentes com sessão de perguntas da plateia. O bate-papo foi conduzido por Lucia Helena de Oliveira, jornalista especializada em coberturas na área da Saúde. O encontro foi finalizado com um coquetel entre palestrantes e participantes.
Confira galeria do evento:
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https://sboc.org.br/component/k2/itemlist/user/3356-equipe?limitstart=0#sigProId5fa6d0ce3c
Diretor da SBOC, Dr. André Sasse, e o associado SBOC em Porto Alegre (RS) Dr. Stephen Stefani comentam sobre os fatores econômicos da oncologia e da saúde brasileiras.
Coordenador do Comitê de Diversidade da SBOC, Dr. Jessé Lopes da Silva, e a médica especialista em psico-oncologia, Dra. Ana Lucia Paya Benito, comentam sobre os cuidados do câncer em populações excluídas.
Presidente da SBOC, Dra. Angélica Nogueira, coordenadora do Comitê de Tumores Ginecológicos da SBOC (2025), Dra. Andréia Melo e a advogada e LinkedIn Top Voice em Equidade de Gênero, Marina Ganzarolli, falam sobre a representatividade e a liderança feminina na medicina.
Com o objetivo de informar e conscientizar as mulheres e seu entorno sobre os tumores mais incidentes na população feminina, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), em parceria com os Grupos Brasileiros de Tumores de Mama (GBECAM), Ginecológicos (EVA), Torácicos (GBOT) e Gastrointestinais (GTG), realizam em São Paulo, em 7 de março, véspera do Dia Internacional da Mulher, o evento “Mulheres em AntecipAÇÃO: Autoconhecimento é Poder”.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), os tumores mais prevalentes nas mulheres são: mama (30% do total de tumores), cólon e reto (9,7%), colo do útero (7%) e pulmão (6%). Para todos esses, porém, existem estratégias que podem ajudar a reduzir o risco e a ampliar o diagnóstico precoce, melhorando assim as possibilidades de tratamento. Por isso, a ideia de realização deste encontro gratuito para mulheres interessadas em prevenção e diagnóstico precoce de câncer, profissionais de saúde, pacientes oncológicos, pesquisadores e todos os interessados no assunto.
A Presidente da SBOC, Dra. Angélica Nogueira, enfatiza a importância do evento para fomentar o diálogo sobre câncer entre a comunidade, pacientes e profissionais de saúde. “É uma excelente oportunidade para que os especialistas possam compartilhar tudo o que sabem sobre o câncer com o público”, diz. “Sabemos que conhecimento é poder. A informação é nossa melhor aliada quando o assunto é prevenção”, acrescenta.
Câncer de mama
De acordo com projeções do INCA, estima-se que 74 mil novos casos de câncer de mama sejam diagnosticados em 2025, tornando esse tipo de tumor o mais prevalente entre as mulheres.
A mamografia é um dos principais recursos para a detecção precoce deste câncer. O exame gera imagens de alta qualidade e revela sinais iniciais da doença. Embora o Ministério da Saúde recomende a mamografia a partir dos 50 anos de idade a cada dois anos, sociedades médicas defendem sua realização anual a partir dos 40 anos. Se alterações pré-malignas e tumores mamários forem detectados na fase inicial, as chances de cura chegam a 95%.
Para a diretora de planejamento do Grupo Brasileiro de Estudos em Câncer de Mama (GBECAM), Dra. Gisah Guilgen, divulgar informações corretas à população sobre o rastreamento desse tipo de tumor é essencial para garantir o diagnóstico precoce. “Eventos como esse são muito importantes porque ajudam a desmitificar medos e tabus relacionados ao câncer, frequentemente propagados de maneira equivocada. Isso pode gerar insegurança na população e levá-la a evitar consultas médicas e exames de rotina”, explica a especialista.
Além do rastreamento, a médica destaca a importância da prevenção com hábitos saudáveis. “Manter uma alimentação equilibrada, praticar atividade física, evitar álcool e cigarro são medidas simples, mas de grande importância na prevenção de vários tipos de câncer”, reforça.
Câncer de cólon e reto
O câncer de intestino é o segundo mais comum nas mulheres brasileiras, com estimativa acima de 23 mil casos por ano. Segundo a diretora do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG), Dra. Maria Ignez Braghiroli, que estará presente no encontro, este tipo de neoplasia quando diagnosticado precocemente apresenta alta possibilidade de cura.
“O rastreamento por meio da colonoscopia é de grande importância, pois podemos detectar tanto o câncer em estágio inicial, antes mesmo do aparecimento de sintomas, quanto alguns tipos de pólipos que podem evoluir para câncer no futuro”, explica a médica. “Além disso, conhecer determinados hábitos de vida que aumentam a chance de desenvolver um câncer do trato gastrointestinal e evitá-los é uma forma das mulheres reduzirem o seu risco individual”, completa.
Câncer de colo do útero
O câncer de colo de útero figura como o terceiro tumor maligno mais frequente entre as mulheres no Brasil, com mais de 17 mil casos por ano, de acordo com o INCA. Este tipo de tumor está frequentemente associado à infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), considerada a infecção sexualmente transmissível (IST) mais prevalente no mundo. Estima-se que cerca de 80% da população sexualmente ativa já tenha entrado em contato com o vírus.
Presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), Dra. Andréa Gadelha destaca que o evento tem o intuito de chamar a atenção para a prevenção dos cânceres femininos mais frequentes por meio da conscientização sobre fatores de risco, métodos ideais de rastreio e informação de qualidade.
“A integração entre sociedades de especialidades é fundamental para junção de esforços, em busca de um olhar para mulher em sua totalidade, resultando em melhores resultado de prevenção, diagnóstico precoce e otimização do tratamento, beneficiando assim milhares de pacientes e fortalecendo o sistema de saúde como um todo”, reforça a presidente do EVA.
Câncer de pulmão
O câncer de pulmão é o quarto tumor maligno mais prevalente em mulheres, com cerca de 14 mil casos por ano, segundo dados do INCA. Aproximadamente 85% dos casos diagnosticados possuem alguma relação com o consumo de tabaco e derivados. Mas, apesar do tabagismo ser o principal fator de risco para essa doença, outros fatores como poluição, tabagismo passivo e exposição à radiação natural (radônio) e agentes químicos, como arsênico e asbestos, também têm impacto no desenvolvimento da doença.
Presidente do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT), Dr. Vladmir Cordeiro de Lima explica que, apesar do câncer de pulmão ser o quarto mais frequente em mulheres, ele representa a segunda neoplasia com maior taxa de mortalidade entre o público feminino, por isso, considera de extrema importância o debate com a população. “Informação é a ferramenta mais poderosa que temos em todos os cenários. Quanto mais cedo é realizado o diagnóstico, maiores são as chances de sucesso do tratamento”, explica.
O câncer de pulmão é um dos mais prevalentes entre as mulheres, principalmente devido ao consumo de cigarro, embora esse hábito tenha diminuído significativamente nos últimos anos. No entanto, enquanto os casos da doença vêm reduzindo entre os homens, a incidência entre as mulheres continua aumentando. Segundo o Dr. Vladmir Cordeiro de Lima, isso ocorre porque "as mulheres começaram a fumar mais tarde, e como o período de latência entre a exposição ao cigarro e o desenvolvimento do câncer é muito longo, cerca de 20 anos, ainda estamos vendo o impacto desse contingente de mulheres que fumaram até duas décadas atrás".
A frequência de câncer de pulmão em não fumantes é maior entre as mulheres, podendo chegar a 25% dos casos. “Isso pode estar relacionado a uma maior suscetibilidade feminina a carcinógenos ambientais, como a poluição do ar, embora essa relação ainda não seja completamente compreendida”, explica o especialista.
“Mulheres em AntecipAÇÃO”
A primeira edição do evento “Mulheres em AntecipAção” reforça o compromisso da SBOC e dos grupos colaborativos na luta contra o câncer feminino. Ao proporcionar um espaço de aprendizado e troca de experiências, a iniciativa visa não apenas disseminar conhecimento técnico, mas também incentivar hábitos saudáveis, o autocuidado e o rastreamento precoce, fundamentais para o sucesso no tratamento.
Programação
A programação inclui palestras e debates conduzidos por especialistas e a moderação da jornalista Lucia Helena de Oliveira, colunista de saúde do Viva Bem UOL:
Serviço
Evento: Mulheres em AntecipAÇÃO: Autoconhecimento é Poder
Data: 07 de março de 2025 (sexta-feira)
Horário: 14h30 – 17h00
Local: Teatro Unimed (Alameda Santos, 2159, 1º Andar, Jardins – São Paulo – SP)
A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) voltou a contribuir nessa quarta-feira, 26 de fevereiro, com a Consulta Pública 144 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Tal consulta pretende instrumentalizar a Agência para alterar a Resolução Normativa - RN nº 506 (2022), que institui o Programa de Certificação de Boas Práticas em Atenção à Saúde das Operadoras de Planos Privados de Assistência à Saúde
O novo envio aconteceu após a SBOC e outras entidades médicas se reunirem com representantes da ANS. Os médicos solicitaram poder contribuir com a consulta novamente, enviando posicionamentos científicos e referências técnicas para linhas de cuidado em câncer de pulmão, de mama, de colo do útero, colorretal e de próstata propostas pela ANS.
O posicionamento da SBOC foi amparado na deliberação de seus Comitês de Tumores Mamários, Ginecológicos, Torácicos, Gastrointestinais (Baixo), Geniturinários e de Prevenção e Rastreamento, coordenados, respectivamente, pelos associados Dr. Tomás Reinert, Dra. Andreia Melo, Dr. Vladmir Lima, Dra. Rachel Riechelmann, Dr. Fernando Maluf e Dr. Gilberto Amorim.
Conforme indica o documento, linhas de cuidado devem enfatizar abordagens multidisciplinares, assegurando que pacientes tenham acesso adequado a uma equipe completa de profissionais especializados, garantindo um tratamento integral e eficaz. Neste sentido, as sugestões da SBOC pretendem enriquecer as propostas das linhas de cuidado.
Segundo a Presidente da SBOC, Dra. Angélica Nogueira, ao se demonstrar de forma clara e objetiva os benefícios de um cuidado de qualidade, pode-se criar um cenário no qual mais instituições adotem essas práticas. “Este posicionamento é um passo necessário para que entidades adotem recomendações que podem transformar a realidade da oncologia e da saúde do Brasil”, explica.
A Clínica Oncovida – Centro de Oncologia, na cidade de Goiânia (GO), seleciona médico oncologista para atuar no atendimento a pacientes, examinar, realizar tratamentos, encaminhar para exames, esclarecer dúvidas, prescrever medicamentos e demais rotinas da função. Candidatos interessados devem enviar CV pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo WhatsApp: (62) 98531-2581.
Entre as principais novidades dos Comitês de Especialidades e Temáticos da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), está a presença de um jovem oncologista em 26 dos grupos. Eles foram selecionados por edital com o objetivo de auxiliá-los a construírem conexões com colegas mais experientes.
Também em 2025 foram criados cinco novos Comitês: de Oncogeriatria, de Adolescentes e Adultos Jovens, de Prevenção e Rastreamento, de Dados de Vida Real e de Cuidados em Sobreviventes.
As mudanças fazem parte da renovação anual dos membros dos Comitês, cujo objetivo é expandir a atuação da SBOC e estimular a colaboração de mais associados. Em 2025, 140 membros SBOC de diferentes regiões do Brasil compõem os 30 Comitês da entidade.
Cada um deles foi desenvolvido a partir das prioridades e lacunas identificadas pela atual gestão da entidade. O Comitê de Oncogeriatria foi estabelecido para atender às demandas do envelhecimento populacional e à necessidade de políticas públicas mais abrangentes nesta área. Seu foco está na melhoria da qualidade do atendimento oncológico nessa população e na formulação de diretrizes específicas.
"Nossas discussões serão sobre os tópicos mais relevantes para o atendimento e cuidado dos pacientes idosos com câncer, incluindo protocolos de tratamento, adesão terapêutica, aspectos psicológicos e muito mais”, comenta a coordenadora do grupo, Dra. Ludmila Muniz Koch. “Esses debates podem ajudar a garantir que as necessidades dos pacientes sejam atendidas de maneira eficaz, melhorando seus desfechos de saúde e qualidade de vida”, comenta
Já o Comitê de Adolescentes e Adultos Jovens foi criado para suprir a falta de um enquadramento específico para esse público, que se encontra entre as categorias infantil e adulta. O aumento da incidência de câncer nessa faixa etária reforça a importância dessa discussão.
Coordenadora deste Comitê, Dra. Ana Izabela Kazzi enfatiza a necessidade de, “discutir políticas públicas e melhorias na transição do cuidado entre a oncologia pediátrica e clínica, além de desenvolver uma linha de cuidados específica para os adultos jovens com câncer de forma a melhorar a assistência e reduzir as disparidades”.
Com os números de casos de câncer crescendo em todo o mundo, há cada vez mais pessoas que superam a doença e se tornam sobreviventes. Por isso, foi criado também o Comitê de Cuidados em Sobreviventes, cujo foco serão os impactos físicos, psicológicos, sociais e financeiros decorrentes do câncer e seu tratamento.
Para a coordenadora do Comitê, Dra. Luciana Landeiro, o cuidado compartilhado entre oncologistas, atenção primária e ouras especialidades médicas serão prioritários, garantindo integração e sustentabilidade entre essas ações. “Buscaremos também ampliar o discussão sobre a gestão de efeitos tardios para prevenir complicações; e a participação dos pacientes na definição de políticas para um acompanhamento contínuo e centrado em suas necessidades”.
O Comitê de Prevenção e Rastreamento, por sua vez, pretende fortalecer iniciativas que promovam um ambiente no qual mais diagnósticos ocorram de maneira precoce, favorecendo os desfechos clínicos, explica o Coordenador, Dr. Gilberto Amorim.
“Queremos debater mais o rastreamento do câncer de mama a partir dos 40 anos no SUS, viabilizar a implementação do rastreamento do câncer de intestino com colonoscopia a partir dos 45 anos e garantir a realização da tomografia para detecção precoce do câncer de pulmão em pessoas com alta carga tabágica”, detalha.
Por fim, o Comitê de Dados de Vida Real terá como objetivo conscientizar oncologistas e gestores sobre a importância das evidências geradas por estudos do mundo real para decisões clínicas e a sustentabilidade do setor da saúde.
"Vamos trabalhar na construção da confiança pública sobre a importância da integridade na coleta dos dados, a transparência no tratamento da informação, além de práticas éticas na sua análise e publicação", explica o coordenador Dr. Rodrigo Dienstmann.
Para tornar o fluxo de trabalho mais dinâmico, cada Comitê terá um facilitador (Liaison), função desempenhada por algum integrante da Diretoria. Eles atuarão como elo entre os membros do Comitê e a gestão da SBOC ao longo de 2025, buscando assim assegurar um melhor alinhamento estratégico das ações da entidade.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) promove, até 25 de fevereiro, a Consulta Pública (CP) Nº 150, recebendo contribuições para as recomendações preliminares relacionadas às propostas de atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde.
A tecnologia avaliada em oncologia é:
Ivosidenibe
Indicação: tratamento de adultos com colangiocarcinoma localmente avançado ou metastático, com mutação do gene IDH1² R132, tratados anteriormente com pelo menos uma linha prévia de terapia sistêmica