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Em 16 de novembro, durante a programação do XXIV Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, foi realizada a primeira edição do Encontro Nacional da Oncologia Clínica no Sistema Único de Saúde (SUS), com o tema “Oncologia no SUS: onde estamos e para onde vamos”, reunindo palestrantes que representaram diferentes visões e experiências que envolvem os cânceres no sistema público.
Coordenadora do Encontro, Dra. Laura Testa, membro do Comitê de Tumores Mamários da SBOC, celebrou a construção de um espaço exclusivamente dedicado ao SUS. “Estou feliz de ter visto uma sala com bastante gente. Temos o anseio de falarmos mais sobre os pacientes tratados no sistema público e sobre a força de trabalho que atua nele. É uma alegria ver que a Sociedade trouxe esse debate para dentro do Congresso SBOC 2023”, exaltou.
Seu colega de Comitê de Tumores Mamários, Dr. José Bines, também a acompanhou na coordenação da sessão. Ele lembrou que apesar de poucos oncologistas atuarem exclusivamente no SUS, a imensa maioria dos pacientes dependem apenas do atendimento público.
“Muitas vezes debatemos temas que sequer chegam aos pacientes do SUS. Dentro do Sistema, também temos assistência, pesquisa e ensino; é um pouco disso que abordamos. Esperamos que essa atividade seja um pontapé inicial para seguirmos atuando mais adiante”, disse Dr. Bines.
A diretora da SBOC, Dra. Maria Ignez Braghiroli, foi uma das palestrantes do evento. Tendo como base alguns números do Censo SBOC da Oncologia Clínica, ela ressaltou como a maioria dos oncologistas clínicos que atuam no SUS estão concentrados no Sudeste e no Sul do Brasil. Realidade também notada na distribuição dos recursos estruturais, com ambas as regiões sendo as que possuem mais Centros e/ou Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacons e Unacons).
Também deram palestras durante o Encontro: Dr. Arn Migowski Rocha dos Santos (Epidemiologia do câncer no Brasil), Dr. Cristiano de Pádua Souza (Desafios da pesquisa clínica no SUS), Dra. Rachel Jorge Dino Cossetti (A jornada do paciente na visão do oncologista) e Marlene Oliveira (A jornada do paciente na sua visão). Dr. William Fernandes Barra, representante regional da SBOC no Norte, completou a mesa como debatedor.
Pelo envolvimento dos presentes e o sucesso do Encontro Nacional da Oncologia Clínica no SUS, ao fim do evento foi endereçada a criação de um grupo de trabalho multiprofissional para discutir todos os aspectos do câncer no sistema público e propor ações para o futuro. Para se inscrever no Grupo de Trabalho – Oncologia Clínica no SUS, clique aqui!
Depois de analisar dezenas de fotos publicadas em diversas redes sociais nos últimos dias, os organizadores do XXIV Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica anunciam a escolha da melhor foto publicada durante o evento com a hashtag #SBOC2023. Foi selecionada a postagem no Instagram de Isabela Agibert, acadêmica de psicologia que atua com pesquisa clínica. Como prêmio, ela receberá uma inscrição para o Congresso do próximo ano.
A imagem retrata, com um jogo de luzes, o painel com os mapas do Brasil e do mundo instalado ao lado do Espaço Jovens Oncologistas do SBOC 2023, que aconteceu no Rio de Janeiro (RJ), entre 16 e 18 de novembro. No local, os congressistas podiam marcar com pins os seus estados ou países de origem.
“Fiquei muito feliz com a notícia! Faço psicologia e pretendo me especializar em psico-oncologia, por isso me inscrevi. Foi uma experiência incrível, na qual pudemos aproveitar as mesas da SBOC com referências da área. A parceria com a Sociedade Brasileira de Psico-Oncologia (SBPO) também foi excelente”, comentou Isabela Agibert, de Petrópolis (RJ).
Ao longo de três dias, mais de 3,5 mil congressistas passaram pelo evento, vindo de 22 países e de 26 estados e do Distrito Federal. Confira a cobertura completa do evento clicando aqui.
A Presidência da República publicou no Diário Oficial da União dessa quarta-feira, 20 de dezembro, a Lei 14.748/2023, que institui a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer no Sistema Único de Saúde (PNPCC) e o Programa Nacional de Navegação da Pessoa com Diagnóstico de Câncer. A norma, que entra em vigor em 180 dias, foi criada a partir do Projeto de Lei (PL) 2.952/2022, recentemente aprovado no Congresso Nacional.
De acordo com a lei, o objetivo da PNPCC, implementada no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), é diminuir a incidência de câncer; contribuir para melhoria da qualidade de vida dos pacientes; reduzir a mortalidade; e assegurar acesso ao cuidado integral.
O texto estabelece que novos tratamentos e medicamentos relacionados à assistência à pessoa com câncer terão prioridade na análise para incorporação ao SUS, sendo que sua disponibilização efetiva deverá ocorrer em até 180 dias após a incorporação.
Segundo Dr. Carlos Gil Ferreira, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), esta lei tem o potencial de agir sobre as causas das inequidades que são observadas atualmente no SUS. “Dentro do próprio serviço público, há diferenças no acesso e no atendimento prestado aos pacientes. Essa reorganização proposta pode significar um novo momento para a oncologia brasileira, no qual diminuiremos disparidades e aproximaremos o atendimento público ao privado”, comenta.
Presidente eleita da SBOC, Dra. Anelisa Coutinho ressalta o papel da entidade nas discussões sobre oncologia em Brasília. “Desde a criação da Comissão Especial sobre Ações de Combate ao Câncer, onde o PL foi gestado, os representantes da Sociedade têm contribuído com a expertise e o conhecimento científico dos especialistas, apresentando a visão daqueles que estão na ponta desta cadeia ao lado dos pacientes”, afirma.
O PNPCC
Conforme o relator do PL que deu origem à lei, o senador Dr. Hiran, esta é uma medida para lidar também com o esperado crescimento dos casos. “De fato, projeta-se que cerca de 20% da população desenvolverá câncer ao longo da vida. No Brasil, conforme estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados 704 mil novos casos da doença por ano, de 2023 a 2025. O câncer é uma doença multifatorial e é fundamental combatê-la de todas as maneiras possíveis”, diz.
Conforme o texto, que altera a Lei 8.080/1990 (Lei Orgânica da Saúde), o poder público deverá manter banco de dados com informações sobre os casos suspeitos e confirmados de câncer e sobre o processo assistencial, permitindo a verificação da posição em filas de espera para atendimento em consultas, exames e demais procedimentos.
Ao paciente com câncer deverá ser oferecido atendimento multidisciplinar, com a participação de psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, dentistas, terapeutas ocupacionais e profissionais de serviço social. O texto prevê também a reabilitação de pacientes com sequelas ou limitações provocadas pelo câncer ou pelo tratamento e o oferecimento de cuidados paliativos.
Em relação ao Programa Nacional de Navegação da Pessoa com Diagnóstico de Câncer, espera-se estender a todos os tumores a estratégia adotada a partir da Lei 14.450/2022 para pessoas com câncer de mama. A navegação é definida como a estratégia que promove busca ativa e acompanhamento individualizado de cada paciente no diagnóstico e no tratamento, a fim de superar eventuais barreiras que dificultem o processo.
O texto estabelece uma série de princípios e diretrizes para a prevenção, o diagnóstico, e o tratamento do câncer, entre os quais a organização em redes regionalizadas, o atendimento multiprofissional, o fortalecimento do complexo indústria de saúde e a humanização do atendimento. As responsabilidades dos diferentes entes federativos em relação à implementação dessas políticas deverão ser pactuadas pelas comissões intergestoras do SUS.
Essa notícia foi publicada originalmente em 23 de novembro e atualizada após a sanção do PL 2.952/2022
Foram dias especiais. De 16 a 18 de novembro, o Rio de Janeiro (RJ) recebeu os principais oncologistas e profissionais envolvidos no cuidado do câncer no Brasil para momentos marcantes durante o XXIV Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica. Reencontros, conversas, discussões, atualizações, networking... a programação foi intensa! Abaixo, revisite algumas dessas memórias.
A cobertura completa, com mais fotos, vídeos e textos, pode ser acessada aqui.
Realizado no Rio de Janeiro (RJ), entre os dias 16 e 18 de novembro, o XXIV Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica foi um sucesso! Ao longo de três dias, foram realizados os debates mais relevantes que envolvem o tratamento do câncer, do aspecto administrativo ao científico, passando por pesquisa e ensino até à incorporação de tecnologias, entre outros temas.
Mais de 3.582 congressistas passaram pelo evento, vindo de 22 países e de 26 estados e do Distrito Federal. Ao todo, 340 palestrantes nacionais e 28 internacionais contribuíram com as sessões científicas, enquanto foram organizadas três joint sessions com instituições estrangeiras e nove com nacionais.
Abaixo, é possível acessar na íntegra a cobertura realizada pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, em textos, vídeos e fotos.
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Valorizando a ciência e aqueles que se dedicam para o enfrentamento do câncer no Brasil, nesta sexta-feira, 17 de novembro, durante o XXIV Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, aconteceu a cerimônia oficial de entrega dos Prêmios SBOC 2023.
Os vencedores foram:
Os troféus foram entregues pelo presidente da SBOC, Dr. Carlos Gil Ferreira, pela diretora-executiva, Dra. Marisa Madi, e as diretoras Dra. Andreia Melo, Dra. Anelisa Coutinho e Dra. Angélica Nogueira.
Confira a galeria de fotos da sessão:
Dados do Censo SBOC da Oncologia Clínica no Brasil, divulgados nesta quinta-feira, 16 de novembro, revelam que 65% dos médicos oncologistas estão satisfeitos com a carreira. No entanto, dos 761 participantes da pesquisa realizada com profissionais de todos os estados do país, 55% relataram vivenciar estresse no dia a dia. A dificuldade de acessar novos medicamentos (54%), o alto custo dos tratamentos (46%) e o subfinanciamento e/ou gestão ineficiente dos sistemas de saúde (36%) foram apontados como maiores desafios desses especialistas.
Os diagnósticos tardios do câncer, por sua vez, foram lembrados por 42% como um obstáculo entre aqueles que atuam, integralmente ou na maior parte do tempo, no serviço público. Na parcela de entrevistados que atuam, majoritariamente ou somente no serviço privado, esse índice cai para 26%. Outra reclamação comum é o excesso de demanda por WhatsApp, sendo mais frequente (35%) entre os que atuam principalmente no serviço privado do que no serviço público (18%).
No sistema público, 36% dos oncologistas têm acesso parcial a novas tecnologias e 44% obtêm acesso apenas por meio de judicialização. No serviço privado, a judicialização cai para 2%, e 58% disseram ter acesso parcial a novas tecnologias.
O maior estudo já feito no Brasil sobre a prática da oncologia clínica no Brasil foi lançado durante o primeiro dia de XXIV Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, que acontece até 18 de novembro na cidade do Rio de Janeiro. “A partir dos dados do Censo, será possível atuar de maneira mais direcionada para atender às demandas e às necessidades dos profissionais, no sentido de fortalecer a oncologia clínica brasileira”, avaliou o presidente da SBOC, Dr. Carlos Gil Ferreira.
Segundo Dra. Aline Lauda, integrante do grupo da Diretoria da SBOC responsável pela realização da iniciativa, o estudo teve por objetivo entender exatamente quem são os associados da SBOC. “A entidade está cada vez mais profissionalizada, mas precisamos conhecer quem são as pessoas que representamos e que queremos ajudar. A ideia do Censo foi essa”, explicou.
O Censo mostrou uma igualdade numérica de gênero na atuação da oncologia clínica, sendo 50% dos participantes mulheres e 50% homens; a maioria atua no Sudeste do país (54%), seguido por Nordeste (18%), Sul (17%), Centro-Oeste (9%) e Norte (3%); e nas capitais e regiões metropolitanas (70%).
Segundo Dra. Maria Ignez Braghiroli, diretora da SBOC, a distribuição de gênero da entidade é relevante não apenas no quadro associativo, mas também pela representação na Diretoria e nas coordenações de comissões e comitês. “Me sinto valorizada por essa divisão, em que metade das oncologistas são mulheres, se refletir dentro da Sociedade”, afirmou.
A média de idade do oncologista clínico associado à SBOC é de 43 anos, sendo que 45% têm até 39 anos e apenas 22% têm 50 anos ou mais. “Esses números nos revelam que grande parte dos oncologistas clínicos que atuam no país são jovens”, comentou Dra. Aline, responsável por esmiuçar os achados durante a sessão de apresentação no SBOC 2023.
Entre os entrevistados, 81% se autodeclararam brancos, 16% pardos, 2% amarelos e 1% preto. Sessenta e sete por cento têm filhos, 94% disseram ser heterossexuais e 6% homossexuais ou bissexuais.
A atuação dos associados se dá, de forma majoritária, no serviço privado: 38% somente atuam no serviço privado, 32% na maior parte do tempo no privado, 26% na maior parte em serviço público e 4% apenas em serviço público. Quarenta e dois por cento dos participantes atendem, em média, até 10 novos pacientes (primeiras consultas) por mês; e 11% mais de 30 novas consultas.
O Trimodal é uma série de eventos online com discussão multidisciplinar em oncologia, promovidos em conjunto por SBOC, SBRT e SBCO.
A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) quer construir junto com os congressistas as recordações do XXIV Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica! Por isso, a instituição irá promover, pela primeira vez, um concurso para escolher a melhor foto do evento.
Para participar, basta seguir os seguintes passos:
1) Tirar uma foto no Congresso.
2) Publicar, durante o evento, no Instagram, Facebook, Twitter, LinkedIn ou Threads;
3) Marcar a SBOC e utilizar a hashtag #SBOC2023.
Uma equipe técnica irá selecionar a imagem que mais se destacou e o vencedor irá receber uma inscrição para o Congresso SBOC 2024. A identidade do premiado e a foto escolhida serão anunciadas no último dia de evento, lembrando que o Congresso ocorrerá de 16 a 18 de novembro, na cidade do Rio de Janeiro.
Ainda é possível se inscrever acessando este endereço.