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Equipe Grano

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A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) promove, até 8 de julho, a Consulta Pública (CP) Nº 30.

As tecnologias avaliadas são:

Cetuximabe ou pembrolizumabe

Indicação: para carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço recidivado ou metastático

Após 180 dias da sanção presidencial, entra em vigor nesta terça-feira, 18 de junho, a Lei 14.758/2023, que institui a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer no Sistema Único de Saúde (PNPCC) e o Programa Nacional de Navegação da Pessoa com Diagnóstico de Câncer.

A nova legislação nasceu com o intuito de: diminuir a incidência de neoplasias no país; contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes; reduzir a mortalidade; e assegurar acesso ao cuidado integral. O texto também estabelece que novas tecnologias oncológicas terão prioridade na análise para incorporação ao SUS.

Nos últimos seis meses, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) participou em diversos fóruns que debateram a implementação da lei, como no 14o Fórum Nacional Oncoguia, no Global Forum 2024, no Fórum Intersetorial de CCNTs no Brasil e nos debates do Conselho Consultivo do Instituto Nacional de Câncer (Consinca).

Ao longo dos anos, a entidade esteve envolvida, ainda, nas principais discussões sobre oncologia em Brasília, participando da Comissão Especial sobre Ações de Combate ao Câncer do Congresso Nacional, onde a lei foi gestada.

No entendimento da presidente da SBOC, Dra. Anelisa Coutinho, estamos em um momento muito relevante. “A legislação potencialmente pode atuar sobre as causas das inequidades do SUS e tornar o atendimento público mais próximo ao privado. Necessitamos, porém, regulamentar o texto que foi aprovado após ampla discussão pública de forma a garantir esses avanços”, comenta.

Dessa maneira, acredita a oncologista clínica, a Política poderá ser diferente de leis que já foram aprovadas mas não se traduziram na realidade. “Precisamos concentrar esforços na operacionalização desta lei. E a SBOC segue à disposição dos tomadores de decisão para contribuir com sua expertise”, completa Dra. Anelisa.

A PNPCC

Conforme a nova norma, que altera a Lei 8.080/1990 (Lei Orgânica da Saúde), o poder público deverá manter banco de dados com informações sobre os casos suspeitos e confirmados de câncer e sobre o processo assistencial, permitindo a verificação da posição em filas de espera para atendimento em consultas, exames e demais procedimentos.

Ao paciente com câncer deverá ser oferecido atendimento multidisciplinar, com a participação de psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, dentistas, terapeutas ocupacionais e profissionais de serviço social. O texto prevê também a reabilitação de pacientes com sequelas ou limitações provocadas pelo câncer ou pelo tratamento e a oferta de cuidados paliativos.

Em relação ao Programa Nacional de Navegação da Pessoa com Diagnóstico de Câncer, espera-se estender a todos os tumores a estratégia adotada a partir da Lei 14.450/2022 para pessoas com câncer de mama. A navegação é definida como a estratégia que promove busca ativa e acompanhamento individualizado de cada paciente no diagnóstico e no tratamento, a fim de superar eventuais barreiras que dificultem o processo.

O texto estabelece uma série de princípios e diretrizes para a prevenção, o diagnóstico, e o tratamento do câncer, entre os quais a organização em redes regionalizadas, o atendimento multiprofissional, o fortalecimento do complexo industrial de saúde e a humanização do atendimento.

Recentemente, um estudo científico publicado em abril na renomada revista Internacional Breast Cancer Research and Treatment examinou as taxas de incidência e mortalidade por câncer de mama entre diferentes grupos raciais no país. Os resultados revelaram que, embora a taxa mediana de incidência da doença seja mais alta entre mulheres brancas, as mulheres negras são diagnosticadas em estágios mais avançados (60,1% versus 50,6%) e enfrentam uma taxa de mortalidade 3,83 vezes maior.

Em uma entrevista à Rádio Nacional da Agência Brasil, o oncologista clínico e primeiro autor do artigo, Dr. Jessé Lopes da Silva, que também é membro do Comitê de Diversidade da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), ressaltou a relação entre a elevada taxa de mortalidade e os fatores socioeconômicos. Esses fatores frequentemente resultam em diagnósticos tardios da doença e dificultam o acesso a tratamentos adequados. Os dados evidenciam a discriminação racial enfrentada por essas mulheres, um aspecto que deve ser considerado pelo poder público e pelos profissionais de saúde para melhor acolher e tratar essas pacientes.

Confira a matéria na íntegra

 

Nesta quinta-feira, 13 de junho, aconteceu a cerimônia de entrega do 2º Prêmio Internacional Fiocruz Servier de Oncologia, iniciativa conjunta entre Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e L’Institut Servier, que distribuiu 150 mil euros para três projetos de pesquisa com potencial de desenvolvimento de novas terapias e abordagens para o tratamento do câncer.

Parceira do projeto, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) indiciou três associados para compor o júri científico: Dra. Angélica Nogueira, Presidente Eleita da entidade, e Dr. Fábio Franke e Dra. Camila Venchiarutti Moniz, respectivamente coordenador e membro do Comitê de Pesquisa Clínica da Sociedade. Também avaliaram os estudos indicados da Servier, da Fiocruz, do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e da Sociedade Brasileira de Auditoria Médica (SBAM).

Os projetos foram randomizados de modo que os representantes das instituições não avaliaram estudos oriundos de pesquisadores das mesmas entidades. E os premiados foram escolhidos a partir das maiores médias de notas, considerando critérios como necessidade médica não atendida; nível de benefício clínico potencial; e grau de inovação tecnológica.

A 1ª posição ficou com o projeto “Estudo NextGeNETS: Perfil molecular de neoplasias neuroendócrinas após alquilantes e resposta a imunoterapia”, liderado pela Dra. Rachel Riechelmann, associada SBOC e diretora do Departamento de Oncologia do A.C. Camargo Cancer Center.

Líder do Centro de Referência do Aparelho Digestivo Alto da mesma instituição e também membro da SBOC, o Dr. Tiago Cordeiro Felismino é o autor responsável pelo estudo “ctDNA e predição de resposta à terapia neoadjuvante em câncer de pâncreas localmente avançado”, que ficou na 2ª colocação.

O 3º contemplado foi o estudo “Potencializando células CAR-T em um protocolo ultrarrápido de manufatura”, cujo responsável foi o Dr. Martin Bonamino, chefe da área do Programa de Imunoterapia Celular e Gênica do INCA.

Durante a cerimônia, o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Dr. Marco Krieger ressaltou a importância da parceria com a Servier, com o INCA, e com as entidades que fizeram parte do júri científico, como a SBOC.

Ao todo, conforme apresentação de Dr. Krieger, foram 37 inscritos avaliados e os três projetos receberão 50 mil euros cada para financiar o desenvolvimento da pesquisa ao longo de dois anos. O valor poderá ser usado para finalidades diversas, como pagamento de bolsas de pesquisa, passagens e diárias para congressos, testes e serviços, além da compra de equipamentos, materiais, insumos e reagentes.

No ano passado, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), órgão da Organização Mundial da Saúde (OMS), incluiu o adoçante artificial aspartame na lista de substâncias "possivelmente cancerígenas". A classificação também abrange outros itens como carnes vermelhas e processadas, bebidas alcoólicas e bebidas muito quentes, entre outros.

Em entrevista concedida ao jornal O Globo, a médica nutróloga e membro do Comitê Multiprofissional da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dra. Andrea Pereira falou sobre a relação entre o consumo de álcool e o câncer: “O álcool tem duas vias que podem causar câncer. Temos a mutagênica, pelo potencial de causar mutações nas células que podem levar ao câncer. Mas, nas mulheres, sabemos que tem uma via hormonal também envolvida que pode aumentar esse risco”.

Para a Dra. Pamela Almeida, oncologista associada à SBOC, uma medida que poderia ajudar é a comunicação mais clara nos rótulos sobre os riscos: “Dessa forma, a população poderia selecionar melhor os alimentos e passar a fazer seu papel na prevenção do câncer e outras doenças relacionadas a uma dieta não saudável”.

 

Confira a reportagem completa no site do jornal O Globo

Diretamente do estúdio do Medscape no Encontro Anual da ASCO 2024, os membros do Comitê de Tumores Torácicos da SBOC, Dr. William William (coordenador), Dra. Aknar Calabrich e Dra. Eldsamira Mascarenha fizeram uma análise dos principais estudos referentes ao câncer de pulmão apresentados naquele que é o maior evento de oncologia do mundo. Ouça já!

Estudos apresentados durante o Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) demonstraram a importância de intervenções associadas a um trabalho multidisciplinar para garantir a qualidade de vida e longevidade dos pacientes em tratamento oncológico, especialmente no caso de pessoas idosas.

Em entrevista para o jornal Correio Braziliense, Dr. Gustavo Fernandes, ex-presidente da SBOC (Gestão 2015-2017), ressaltou que atualmente cerca de 70% dos pacientes com câncer serão curados com estratégias que envolvem cirurgia, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e terapias hormonais.

“Para aqueles pacientes que não são curados, entre 20% e 30%, há um número crescente de estratégias para que a vida seja mais extensa. Essa vida precisa ser mais longa, mas também com boa qualidade. Essa é uma realidade, há um grupo de pacientes que curam e um grupo que a doença se cronifica, nessas batalhas mais longas é essencial que se estabeleçam conversas e medidas para que os pacientes tenham mais qualidade de vida", explica.


Confira a reportagem no site do Correio Braziliense

Um recente estudo brasileiro apresentado no Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO 2024) revelou que a prática de exercícios físicos pode oferecer benefícios significativos mesmo para idosos em estágio avançado de câncer, como parte integrante do cuidado oncológico para essa faixa etária.

A pesquisa revelou que pacientes com mais de 65 anos submetidos a tratamento oncológico experimentaram melhorias significativas na qualidade de vida e na redução de alguns efeitos colaterais dos medicamentos imunoterápicos e quimioterápicos após 12 semanas seguindo um programa de atividade física moderada.

Em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, a Dra. Gisah Guilgen, oncologista clínica e membro do Comitê de Lideranças Femininas da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), ressaltou que o estudo apresenta resultados significativos por concentrar-se na população idosa, muitas vezes negligenciada em pesquisas convencionais. “Ele reforça essa orientação que nós, oncologistas, temos que fazer para todos os nossos pacientes, independentemente da idade, do tipo de câncer e da gravidade”, disse.

 

Veja a entrevista no site do Estadão

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