Oportunidades para profissionais da oncologia

Equipe Grano

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As recentes atualizações nas diretrizes para o início das mamografias de rotina nos Estados Unidos trouxeram à tona uma discussão antiga no Brasil. O país norte-americano costumava recomendar o rastreamento para mulheres saudáveis a partir dos 50 anos, alinhado com as recomendações do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Agora, a Força-tarefa para Serviços Preventivos dos EUA passou a recomendar o exame para todas as mulheres com 40 anos ou mais, a serem repetidos a cada dois anos.

Os motivos sobre as alterações das regras seriam o aumento dos casos de câncer de mama entre mulheres mais jovens e as evidências que apontam para o benefício do controle da doença quando o rastreamento é iniciado nesta fase.

Em entrevista ao jornal O Globo, o oncologista clínico Carlos Henrique dos Anjos, membro do Comitê de Tumores Mamários da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), expressou seu apoio ao exame a partir dos 40 anos. “À medida que vemos um órgão bastante sério como o dos EUA diminuir a idade do rastreamento, cabe sim a discussão no nosso país se também não deveríamos reduzi-la. E temos literatura médica que apoia isso”, afirma.

Veja a reportagem completa no site do jornal O Globo

O tabagismo, uma doença crônica provocada pela dependência à nicotina encontrada nos produtos de tabaco, afeta aproximadamente 9,3% dos adultos brasileiros com 18 anos ou mais, de acordo com informações do Vigitel 2023. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), essa condição está associada ao desenvolvimento de vários tipos de câncer, sendo o câncer de pulmão o mais proeminente, embora não seja o único.

Em entrevista à CNN, o Dr. William Nassib William Junior, coordenador do Comitê de Tumores Torácicos da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), explicou que o cigarro contém diversas substâncias com potencial cancerígeno e quando esses componentes são inalados, eles chegam aos pulmões sem grandes dificuldades. “Essas substâncias acabam caindo na corrente sanguínea, e não somente aumentam o risco de desenvolvimento de câncer de pulmão, mas também o risco de desenvolvimento de cânceres em outros órgãos”, alertou o oncologista

Confira a reportagem na íntegra no site da CNN

Evento realizado pelo Instituto Projeto Cura, em parceria com a SBOC, em 21 de maio, discutiu os direitos dos participantes de pesquisa no atual cenário do Projeto de Lei 6007/23.

“Estamos diante de um dia histórico e muito importante para a ciência e para a oncologia”, afirma o coordenador do Comitê de Pesquisa Clínica da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dr. Fábio Franke, referindo-se à sanção presidencial da Lei 14.874/24, que regulamenta a pesquisa clínica com seres humanos no Brasil. Após mais de sete anos de tramitação no Congresso Nacional, a nova lei que contou com suporte técnico de associados da SBOC em diversos momentos foi publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira, 29 de maio.

Entre outras determinações, a Lei estabelece a criação de um Sistema Nacional de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, o funcionamento dos Comitês de Ética em Pesquisa, vários parâmetros de proteção e remuneração dos sujeitos da pesquisa, assim como de responsabilidades do pesquisador e do patrocinador.

Em relação ao Projeto de Lei Aprovado pelo Congresso, foram vetados dois artigos: a obrigatoriedade de comunicação ao Ministério Público quando da participação de membro de grupo indígena em pesquisa (§3º do art. 24 do Projeto de Lei); e o prazo máximo de cinco anos para fornecimento pós-estudo do medicamento experimental, contados da disponibilidade comercial do medicamento no país (inciso VI do art. 33 do Projeto de Lei).

As justificativas para esses vetos foram, respectivamente, de que feriria o princípio da isonomia, uma vez que aponta para possível situação de tutela estatal em relação aos povos indígenas, situação que segundo a justificativa já teria sido superada pela legislação; e de que o estabelecimento de uma prazo máximo para o fornecimento do medicamento pós-estudo seria contrário ao interesse público, além de ferir os direitos dos participantes da pesquisa clínica e de comprometer eventual desenvolvimento de pesquisas éticas baseadas nos princípios da dignidade, da beneficência e da justiça.

Segundo explica Dr. Fábio Franke, profissionais, instituições e parlamentares que trabalharam no desenvolvimento da Lei irão agora discutir e analisar a necessidade de reformulação ou não nos artigos vetados pelo Presidente da República. Se tais vetos forem mantidos pelo Congresso, a Lei continua como está, se não, uma nova proposta surgira dos parlamentares.

"Começa agora uma nova era para pesquisa clínica no Brasil”, avalia o coordenador do Comitê de Pesquisa Clínica da SBOC.

 

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Infográfico - Dia Mundial Sem Tabaco

 

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) promove, até 12 de junho, a Consulta Pública (CP) Nº 23.

As tecnologias avaliadas são:

Abiraterona, apalutamida, darolutamida e enzalutamida

Indicação: para o tratamento de indivíduos com câncer de próstata sensível à castração e metastático (CPSCm)

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) promove, até 12 de junho, a Consulta Pública (CP) Nº 22.

As tecnologias avaliadas são:

Abiraterona, apalutamida, darolutamida e enzalutamida

Indicação: para o tratamento de indivíduos com câncer de próstata resistente à castração (CPRC) não metastático e metastático em pacientes virgens de tratamento e metastático em pacientes com uso prévio de quimioterapia

Acesso e Equidade

Entrevistas Terça, 28 Maio 2024 18:48

Dr. Nelson Teich, membro do Comitê de Políticas Públicas da SBOC e ganhador do Prêmio Ronaldo Ribeiro de Carreira em Oncologia Clínica (2023), discute a falta de equidade no acesso ao tratamento do câncer no Brasil.

Fake News na Oncologia

Entrevistas Terça, 28 Maio 2024 17:44

Dra. Daniela Rosa, membro da diretoria da SBOC, e a jornalista Natalia Cuminale, fundadora do hub de jornalismo de saúde Futuro da Saúde abordam os impactos da disseminação de notícias falsas sobre o câncer e as medidas para desmistificá-las.

Além do câncer de pele, a exposição solar sem proteção pode aumentar o risco para outro tipo de tumor: o câncer de lábio. Neste Maio Vermelho, Mês de Conscientização sobre o Câncer de Boca, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) faz um alerta sobre a importância de usar protetor solar labial - com fator de proteção contra raios UVA e UVB e FPS mínimo 30 - durante a exposição ao sol, não fumar e não consumir bebidas alcoólicas e comidas gordurosas em excesso como medidas protetivas contra o câncer de boca.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 11 mil homens e 4 mil mulheres, por ano, devem desenvolver câncer de boca até 2025. As mortes em decorrência dessa doença afetaram 6 mil pessoas em 2021, segundo o Atlas de Mortalidade por Câncer.

O câncer de boca é definido por um conjunto de neoplasias malignas que afetam diversas áreas na região como lábios, gengiva, bochechas, língua e palato (céu boca), pescoço e cabeça. “Os efeitos da incidência dos raios ultravioletas (UV) são acumulativos e podem aparecer a longo prazo na região da boca”, comenta a diretora e membro do Comitê de Tumores de Cabeça e Pescoço da SBOC Dra. Aline Lauda. “Por isso, é muito importante evitar a exposição direta ao sol, utilizar chapéu ou boné, e fazer o uso de protetor labial, sempre que possível”, acrescenta.

Os sinais e sintomas do câncer de boca incluem lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam, manchas ou placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca ou bochechas, e nódulos no pescoço. Nos casos mais avançados, podem ocorrer dificuldades de mastigação, engolir e falar. “Qualquer alteração na boca, como lesões que não cicatrizam em até 15 dias, deve ser avaliada por um profissional de saúde”, reforça a oncologista clínica.

O diagnóstico do câncer de boca geralmente é feito por meio de exame clínico e biópsia da lesão. O tratamento envolve principalmente cirurgia, radioterapia e quimioterapia, conforme determinado pelo estágio da doença. É importante continuar o acompanhamento médico após o tratamento para detectar recidivas precocemente.

Prevenção

Outros fatores também podem contribuir para o desenvolvimento do câncer de boca, incluindo o tabagismo, o consumo de bebidas alcoólicas e a exposição a substâncias químicas no ambiente de trabalho. Além disso, a infecção pelo vírus HPV e o excesso de gordura corporal também estão associados ao desenvolvimento desse tipo de neoplasia.

A prevenção deste tipo de câncer está diretamente ligada a adoção de bons hábitos como praticar uma higiene bucal adequada, usar preservativo durante sexo oral, manter uma alimentação saudável, reduzir o consumo de álcool e não fumar.