A presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dra. Anelisa Coutinho, participou nesta sexta-feira, 23 de fevereiro, do evento “Para onde a nova ‘Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer’ nos levará?”, organizado pelo Fórum Intersetorial de CCNTs [condições crônicas não transmissíveis] no Brasil.
A intervenção da oncologista clínica girou em torno de como a nova Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer beneficiará casos de câncer de pulmão. Na sua avaliação, a nova legislação pode impactar sobretudo na prevenção e no rastreamento, caso haja uma implementação adequada, com monitoramento e disseminação para que instituições em todas as localidades possam aplicá-la.
Segundo Dra. Anelisa, estudos atuais mostram que o impacto do rastreamento dos tumores pulmonares é relevante na diminuição da mortalidade. “Há menos mortes com a detecção precoce da neoplasia, apesar de alguns contrapontos. Ainda estamos em um país, por exemplo, no qual a tuberculose é um problema. Então há falsos positivos a considerar. Também é preciso pensar no treinamento dos profissionais envolvidos no rastreamento, os equipamentos e os processos. Levando em conta esses passos, a Política poderá ser extremamente relevante”, comenta.
A presidente da instituição também lembrou que no último Congresso SBOC foi lançada a Aliança Brasileira de Combate ao Câncer de Pulmão, formada pelas Sociedades Brasileiras de Oncologia Clínica, de Cirurgia Torácica, de Pneumologia e Tisiologia, de Radioterapia e de Patologia e o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem. “Temos um esforço conjunto para o bem do nosso principal alvo: o paciente”, afirmou Dra. Anelisa.
Além da Presidente da SBOC, participaram do evento o assessor jurídico da SBOC, Tiago Farina, o deputado federal Florentino Neto, o Coordenador-Geral da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer do Ministério da Saúde, Dr. Fernando Maia, o representante do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Rodrigo Lacerda, o oncologista clínico do Hospital Alemão Oswaldo Cruz Gustavo Prado, a diretora-executiva do Instituto de Governança e Controle do Câncer, Daniely Votto, e o coordenador-geral do FórumCCNTs, Mark Barone.