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Desde dezembro de 2011, quando foi diagnosticado com mieloma múltiplo, um tipo de câncer de medula que afeta as células plasmáticas, o advogado Rogério de Sousa Oliveira, 45 anos, de São Bernardo do Campo/SP, não se abateu. Resolveu então travar uma luta contra a doença e contra o desconhecimento da população sobre o assunto. Ele criou o blog mielomamultiploabc.blogspot.com.br, onde reúne matérias e informações sobre a doença, novos tratamentos, medicação, dicas de alimentação e também abre espaço para que pacientes relatem casos pessoais.

A doença que representa 1% de todos os tipos de câncer, é o segundo tipo mais comum de câncer no sangue. As células plasmáticas são um tipo de glóbulos brancos responsáveis pela produção de anti-corpos. Com a segurança imunológica fragilizada, uma gripe pode virar pneumonia, por exemplo. Seus sintomas mais comuns são anemia profunda, ataque do sistema renal, dores e lesões ósseas.

Apesar da pouca incidência, a doença preocupa por ser desconhecida por muitos profissionais da saúde. Os sintomas do mieloma múltiplo levam muitas vezes o médico a diagnosticar o paciente com osteoporose. Nos EUA, a estimativa é que, a cada ano, surjam 15 mil novos casos. No Brasil, não existem levantamentos específicos.

Rogério de Sousa tem promovido uma campanha para disseminar informações acerca da doença e alertar a população sobre a sua existência e sintomas. “Há pacientes que levam de cinco a seis anos para chegar num diagnóstico”, alerta Rogério que só descobriu o que tinha após quatro meses de baterias de exames. “A partir do momento que o paciente toma conhecimento sobre os sintomas, ele pode ajudar o médico a chegar ao diagnóstico”, comenta.

A iniciativa de Rogério de divulgar mais efetivamente a doença começou em maio de 2012, quando saiu em busca de canais de divulgação e meios de comunicação onde pudesse falar sobre o assunto. Além disso, desde junho de 2013 realiza o Café & Acolhimento. Trata-se de um encontro mensal com amigos, familiares, profissionais da saúde, pacientes com mieloma múltiplo e outros tipos de câncer, que tem como objetivo falar de sonhos, tratamentos, medos, dores, alegrias e fortalecer a luta em busca de melhorias.

Como um militante ativo na luta por um tratamento médico mais qualificado e desburocratizado, o advogado faz duras críticas ao descaso do poder público relacionado à interrupção da entrega da medicação. Ele mesmo vivenciou isso na pele ao enfrentar uma batalha judicial de seis meses para receber o medicamento. No caso, o Revlimid, nome comercial do remédio, não era registrado pela ANVISA. “Há muitos remédios que servem para o tratamento do mieloma múltiplo e que não fazem parte do protocolo clínico da doença. Dificilmente pelo SUS ou pelos planos de saúde o paciente consegue ter acesso ao remédio, mesmo se for mediante processo judicial”, revela.

Rogério de Souza reflete que não basta saber que um novo remédio foi criado nos Estado Unidos, se a realidade em nosso país é outra. Atualmente sua luta está focada para que pacientes tenha melhores condições de tratamento contra esse tipo de câncer. “Não adianta termos o medicamento aprovado pela Anvisa se não temos acesso a ele devido ao alto custo. A situação ainda é mais difícil porque as pessoas não sabem dos seus direitos e nem onde buscá-los”, desabafa.

Para o advogado, os principais motivos que agravam o sofrimento do paciente e atrapalham sua qualidade de vida são muitas vezes o desconhecimento de grande parte da sociedade médica sobre este tipo de câncer, a demora para se descobrir o diagnóstico e a morosidade de processos judiciais para reivindicar melhor acesso à saúde. “É muito sofrimento pra quem está debilitado”, frisa.

Café e acolhimento

O ONCOLOGISTA

Notícias Sexta, 06 Março 2015 10:32

Sálvia Haddad, advogada e escritora

A primeira vez em que fui ao consultório do oncologista que acompanhava meu marido, fiquei um tempo na sala de espera. Estava apenas com minha mãe, pretendia ter uma conversa mais aberta e franca sobre o caso. Ainda atordoada com tudo que havia acontecido em nossas vidas, sentei-me e comecei a observar as várias pessoas que ali estavam, quase todas sem cabelo pelo efeito da quimioterapia, umas mais velhas, outras mais novas, algumas debilitadas, outras nem tanto, homens, mulheres, todos travando a mesma batalha que nós havíamos iniciado há pouco mais de um mês.

Então fiquei imaginando a vida de cada uma daquelas pessoas, como o câncer teria atingido a cada uma, como a família estava lidando com tudo, quais seriam as reais chances daquelas vidas ali sentadas, assistindo à TV ou lendo revista. Tive vontade de sentar ao lado de cada uma e perguntar se o câncer tinha feito com a vida delas o mesmo que estava fazendo com a minha: passando um trator em tudo que foi construído e deixando pedaço de gente pra todo lado.

Como não pude realizar meu desejo de iniciar uma sessão de entrevistas, comecei a pensar em quem recebe toda essa carga de sofrimento: o oncologista clínico. Então fiquei pensando: quem, em sã consciência, escolhe ser oncologista? Quem opta por acordar todos os dias e encontrar pessoas que têm câncer, com todas as mazelas e sofrimentos que essa doença traz? O diagnóstico, os tratamentos clínicos, os efeitos colaterais, as intercorrências, as decisões, tudo passa pelos seus olhos e pela sua mão. Como não ser atingido com tanto sofrimento ao seu redor? A essa altura, já tinha chegado à conclusão de que era melhor ser gari! Sem querer desmerecer a profissão, que também tem seu valor, claro. Nessa hora, quando pensava como deveria ser maravilhoso recolher o lixo das cidades, fomos chamadas para a consulta.

Entrei já cumprimentando o médico e perguntando: “Doutor, quem, em sã consciência, escolhe ser oncologista? Mesmo querendo ser médico, ainda há tantas especialidades dentro da medicina! Eu preferiria ser gari!” Ele, muito calmo e sereno, aliás, como se revelaria dali em diante, nem me respondeu, apenas deu um sorriso. E logo passamos a falar sobre o caso do meu marido. Foram nove meses de tratamento, o câncer era muito agressivo e meu marido, tragicamente, teve poucas chances de lutar contra ele. Isso era o que mais me doía: começar a luta de forma tão desigual.

Durante esse período de extremo sofrimento, aquela minha pergunta que ficara sem resposta sempre voltava à minha mente: escolher ser oncologista. Mas, aos poucos, bem devagar, já dentro do meu processo de luto, a pergunta foi calando-se e a resposta foi aflorando dentro de mim. Alguém escolhe ser oncologista por várias razões. Por inúmeras razões.

Por contribuir para os avanços da medicina nessa luta, pela possibilidade de ofertar cura quando isso é possível, por poder guiar seus pacientes e familiares nesse processo, pela tentativa constante de impedir que a doença cruze sempre a linha de chegada, pela possibilidade de aliviar o sofrimento daqueles que não podem mais ser curados, por poder oferecer-lhes vida de qualidade até onde for possível, por aliviar suas dores quando a hora da partida se aproxima, pra fazer parte do processo, seja de vitória ou de derrota.

Eu, como esposa de um homem com câncer e mãe de três filhos, tive a felicidade de ser acompanhada com carinho, cuidado e atenção. Sempre zeloso com as palavras e terno no olhar, o médico que eu conheci não me respondeu com palavras à pergunta precipitada que eu lhe fizera de forma tão açodada. Ele apenas sorriu. Preferiu responder-me com seu ofício, na prática, no cotidiano, na parceria, nas conversas sobre que caminhos tomar, no otimismo sempre presente, no compromisso com a profissão, na atenção redobrada nos momentos mais dolorosos, na sinceridade que permeava seu falar, na alegria e entusiasmo do olhar na hora da boa notícia e na incessante busca pelas palavras certas, escolhidas a dedo, na fatídica hora de dar a notícia que ninguém quer dar, e ninguém espera um receber. Pesar sentido com a gente.

Foi assim que ele me respondeu. E hoje eu já não acho tão maravilhoso limpar as ruas da cidade e sei muito bem por que alguém escolhe ser oncologista.

O texto "Oncologista" está no livro de crônicas da autora "Mel e Fel - Retalhos de Vida" (2013).

Cumprindo os termos do Estatuto do Regimento Interno, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica lançou,no dia 6 de março, os editais de convocação para o processo eleitoral nacional e das regionais: Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Nordeste, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

As inscrições para as chapas podem ser feitas até o dia 7 de abril deste ano. As eleições diretas são para diretoria, comissão de ética e conselho fiscal da entidade, biênio 2015/2017.

Poderão votar os associados que estiverem quites com as anuidades, inclusive com a de 2015.

Mais informações no site: www.sboc.org.br/a-sboc/eleicoes-sboc-nacional

1º lugar: Validade dos Exames Citológicos Cervicovaginais em Estado Brasileiro de Elevada Incidência de Câncer de Colo de Útero.

Autor: Allex Jardim da Fonseca, Raisa Saron Wanderley Murari, Iane Santana Moraes, Robledo Fonseca Rocha, Luiz Carlos de Lima Ferreira

 

2º lugar: Aplicabilidade do Escore Prognóstico de Glasgow Modificado na Avaliação de Fragilidade do Paciente Idoso com Câncer

Autor: Viviane Lealdini, Fernanda Borges Ferreira da Silva,  Sávia Raquel da Costa Normando, Elisa Watanabe Camargo, Patricia Xavier Santi, Damila Cristina Trufelli,  Leandro Luongo de Matos, Auro del Giglio

 

3º lugar: Associação do Comprimento Telomérico de Células Tumorais e da Mucosa Colonica Normal com Prognóstico no Adenocarcinoma Colorretal

Autores: Cláudia Leite Rolim Moreira, Bárbara Amélia Aparecida Santana-Lemos, Daniel Antunes Moreno, Cláudia Danella Polli, Rodrigo do Tocantins Calado de Saloma Rodrigues, Fernanda Maris Peria

A pesquisa eleva a 90 a quantidade de “hot-spots” (pontos quentes) do DNA humano nos quais a variação do código genético está ligada ao desenvolvimento da doença.

Cientistas britânicos identificaram 15 novos pontos do DNA cuja mutação aumenta o risco de desenvolver câncer de mama, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira pela revista “Nature Genetics”.

A pesquisa eleva a 90 a quantidade de “hot-spots” (pontos quentes) do DNA humano nos quais a variação do código genético está ligada ao desenvolvimento da doença.

Para elaborar o estudo, foram analisados os materiais genéticos de mais de 120 mil mulheres descendentes de europeus, algumas das quais desenvolveram a doença e outras não.

Os dados recolhidos permitiram identificar 15 novos polimorfismos de nucleótido simples (SNP, em inglês) -variações de uma só base do DNA-, que disparam o risco de desenvolver esse tipo de câncer.

“Estamos nos aproximando de um momento no qual podemos começar a estabelecer qual é o risco herdado de uma mulher de desenvolver câncer de mama a partir de testes para diversas variações genéticas”, disse Montserrat García-Closas, professora do Institute of Câncer Research e co-autora do estudo.

A pesquisadora ressaltou que o achado pode facilitar o desenvolvimento de novos testes para avaliar o risco de desenvolver câncer, ao acrescentar uma nova categoria de marcadores sobre os quais fazer os testes.

“Cada um desses marcadores individuais tem um pequeno efeito sobre o risco de desenvolver a doença, mas combinando a informação de muitos deles poderíamos identificar com precisão quais mulheres podem desenvolver câncer de mama e implementar estratégias para preveni-lo”, disse García-Closas.

O professor da Universidade de Cambridge Doug Easton, que liderou a investigação, afirmou que a descoberta “é um novo passo adiante para montar o quebra-cabeça do câncer de mama”.

“Apresenta informações sobre como e por que o risco de desenvolvê-lo pode ser herdado. Os marcadores genéticos que encontramos podem nos ajudar a tomar medidas preventivas nas mulheres que mais necessitam”, afirmou Easton.

Fonte: EFE

CÂNCER NOS RINS E CUIDADOS RENAIS

Notícias Quarta, 18 Março 2015 09:15

Essencial para a filtragem de substâncias tóxicas do nosso organismo, os rins merecem atenção redobrada para continuar funcionando de maneira saudável.  No dia Mundial dos Rins, celebrado em 12 de março, várias campanhas destacavam a importância da saúde renal.

Em entrevista à rádio Agulhas Negras, do Rio de Janeiro, o presidente da SBOC – Regional Minas Gerais, Dr. Leandro Alves Ramos falou sobre esse importante órgão. Purificar o sangue eliminando toxinas maléficas ao organismo, por meio da urina, é uma das atividades fundamentais dos rins. Entre as principais doenças renais que afetam o seu funcionamento está o câncer. Conforme revela o oncologista, é uma das dez neoplasias que mais ocorrem em homens e mulheres. “A partir dos 65 anos, nota-se um pico de pessoas que são acometidas pela doença”, revela. Entre os principais sintomas do câncer renal está o sangue na urina, que pode levar a pessoa à anemia e à fadiga. Outros indícios da doença são as dores lombares e nas costas. “Nesse último caso, é sinal que o tumor já se espalhou por outras regiões do corpo”, ressalta. O médico chama a atenção para o fato de os sinais aparecerem em estágios mais avançados da doença. Esse é um grande problema porque o diagnóstico precoce é o ideal para um tratamento menos agressivo e menos traumático para o paciente. Assim como os demais membros da Sociedade Brasileira de Oncologia (SBOC), Dr. Leandro Ramos reforça que exames de rotina são importantíssimos para a prevenção.

Diante desse quadro, o especialista pontua hábitos e medidas para que as pessoas possam se prevenir. Manter o corpo hidratado, bebendo muita água, sucos e chás está entre as dicas para que ninguém dê brecha ao azar. Além disso, explica por que a obesidade é um fator de risco para o câncer renal. Ouça a entrevista na íntegra e entenda mais sobre o assunto:

Ouça a entrevista na íntegra clicando aqui.

SBOC lança aplicativo

Notícias Quinta, 19 Março 2015 17:52

Atualmente é inimaginável fugir das novas tecnologias. Com a facilidade do acesso à internet e a novos meios de comunicação, as pessoas estão mais conectadas à rede mundial. A revolução da mobilidade por meio dos Iphones, Ipads, Tablets e Smarthphones levou o mundo a vivenciar a febre dos aplicativos.

Sintonizada com essa tendência que veio para ficar, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) acaba de lançar o aplicativo “Portal SBOC” para membros e associados.

O objetivo é disponibilizar o conteúdo do site de maneira ágil, fácil e direta. Com o Portal SBOC, você passa a ter informações na palma da mão, como Notícias, Eventos, Estudos Clínicos e outras abas do portal.

Baixe o App gratuitamente no Google Play ou na Apple Store. O Portal SBOC é compatível com IPhone, Ipad e Smartphone.

 

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Denúncias vindas de moradores de Paracatu (MG) sobre o alto índice de câncer na região atraíram a atenção da mídia brasileira. A cobertura feita pelos veículos de comunicação abordou os danos causados pelo arsênio no corpo humano. A população da cidade fica exposta a esse metal que é usado na atividade mineradora no local.

Para esclarecer dúvidas relacionadas à saúde humana, o jornal Correio Braziliense convidou o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dr. Luiz Adelmo Lodi. O especialista listou os tipos de câncer que os cidadãos estão sujeitos a desenvolver com a exposição excessiva a esse elemento químico.

Durante entrevista, o Dr. Luiz Adelmo alertou a população informando que o contato com o arsênio pode ser perigoso e levar até mesmo à morte. “No século XVI, essa substância era usada em métodos de envenenamento. O arsênio era misturado ao alimento de uma pessoa durante dez dias para provocar a morte. Mas agora a abordagem é outra. Existem dois tipos de intoxicação: a crônica (em longo período) e a aguda (em curto período). No primeiro caso, há um aumento das chances de uma pessoa ter câncer. Os tipos mais associados a essa contaminação são os de pele, de pulmão, de fígado, de próstata, de bexiga e de rins. No caso da intoxicação aguda, a pessoa pode até morrer. O câncer causa alterações na pele, no sistema gastrointestinal, hemorragia e arritmia cardíaca”, explica.

Confira a matéria na integra:

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2015/03/14/interna_cidadesdf,475445/proximidade-mineradora-populacao-poe-moradores-de-paracatu-em-risco.shtml

Angelina Jolie decide retirar os ovários e as trompas de Falópio. A atriz e cineasta de 39 anos anunciou na terça-feira, dia 23, que resolveu fazer a cirurgia preventiva. A decisão ocorreu dois anos após ela ter se submetido a uma dupla mastectomia, também em caráter preventivo. Angelina Jolie tem uma mutação no gene BRCA1 que representa um risco de 87% de desenvolver câncer de mama e de 50% de sofrer câncer de ovário. Em um artigo publicado no jornal The New York Times, a atriz explicou os motivos da decisão: ela perdeu a mãe, Marcheline Bertrand, a avó e uma tia para o câncer. E declarou: “Quero que outras mulheres em risco conheçam as opções. Conhecimento é poder”.

Para repercutir, a TV Band convidou o médico da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) Leandro Ramos para comentar o assunto. Leandro Ramos explica que o quadro de cada paciente deve ser analisado minuciosamente antes que sejam feitos procedimentos como esses. “No caso da atriz, o problema é genético. Talvez a retirada dos órgãos seja a melhor opção porque a chance de desenvolver o câncer é de 50%. Mas a extração do ovário e das trompas de Falópio pode acarretar alguns problemas, como a diminuição da libido e o surgimento de osteopenia, da osteoporose e de problemas cardiovasculares”, ressalta.

Confira a matéria na integra:
http://noticias.band.uol.com.br/jornaldaband/videos/2015/03/24/15418325-angelina-jolie-confirma-ter-retirado-ovarios-e-trompas-por-medo-de-tumores.html

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