Residentes em Oncologia

Equipe Grano

Equipe Grano

Março Lilás

Informações ao paciente Terça, 25 Março 2025 18:13

Download do Infográfico

 

Infográfico: Março Lilás

 

 

A Presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dra. Angélica Nogueira, foi uma das palestrantes do evento “Câncer em Mulheres: vamos nos unir para vencer!”, realizado nesta segunda-feira, 24 de março, pelo Fórum Intersetorial de Condições Crônicas Não-transmissíveis (CCNTs) no Brasil. No encontro virtual, a oncologista clínica sobre as melhores estratégias para diagnóstico e tratamento dos principais cânceres femininos.

“O câncer é um problema de saúde pública que não vai parar por aqui. A projeção da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de que haja um aumento de 63% até 2040, com aproximadamente 30 milhões de casos anuais em todo o mundo”, introduziu. “A incidência entre mulheres também tem aumentado. Felizmente, cresceu a expectativa de vida das mulheres. Infelizmente, elas começaram a se expor mais a hábitos e carcinógenos aos quais não se expunham tanto, como o tabagismo”, completou Dra. Angélica.

Na sequência de sua apresentação, a especialista abordou alguns detalhes dos cânceres de mama, gastrointestinais, de endométrio e de ovário – que somam mais de 100 mil casos anuais em mulheres no Brasil.

Especificamente sobre os tumores mamários, ela reforçou a defesa da SBOC e demais Sociedades de Especialidades pela mamografia anual para mulheres a partir dos 40 anos como principal estratégia de prevenção. Este é um entendimento compartilhado pelas instituições de médicos desde 2013. Atualmente, autoridades recomendam o exame bianual para mulheres a partir dos 50.

“Cerca de um terço dos casos de câncer de mama no Brasil são em pacientes mais jovens do que 50 anos. Estivemos hoje na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para defendermos a importância da nossa recomendação. Uma melhoria necessária tanto na rede privada, quanto na saúde pública”, argumentou Dra. Angélica.

A oncologista também ressaltou que este é um momento promissor para o controle do câncer no Brasil. “Estamos discutindo nos fóruns da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC) e da Rede de Prevenção e Controle do Câncer (RPCC). Mas também é um desafio, pois há chance desta grande proposta não acontecer. Por isso, sociedades de médicos e pacientes tem que se organizar para levarem suas expectativas adiante”, disse a oncologista clínica.

Entre outros temas, Dra. Angélica apresentou aos presentes o Índice de Priorização de Medicamentos para Incorporação no SUS e Saúde Suplementar, documento da SBOC que pretende definir o que é prioridade para ser incorporado, a partir de análise multifatorial, cujo objetivo é auxiliar autoridades neste processo.

O Hospital Núcleo Vida, localizado na cidade de Paulo Afonso (BA), disponibiliza vaga para oncologista clínico. Atendimento de pacientes da saúde suplementar e do SUS (UNACON). São duas unidades hospitalares voltadas para a assistência aos pacientes oncológicos.

Oferecem ganhos superiores à média de mercado.

Para mais informações, entrar em contato com Abraão Costa pelo telefone (75) 98877-6060 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Tumores ginecológicos

Entrevistas Quinta, 20 Março 2025 19:45

Presidente da SBOC, Dra. Angélica Nogueira, e o coordenador do Comitê de Tumores Geniturinários da SBOC, Dr. Fernando Maluf, comentam sobre prevenção, diagnóstico e tratamento dos tumores ginecológicos.

A Presidente da SBOC, Dra. Angélica Nogueira, defendeu nesta terça-feira, 18 de março, durante audiência pública da Câmara dos Deputados, a ampliação das ações de prevenção e rastreio dos tumores de mama e ginecológicos no sistema público de saúde.

A audiência ocorreu a pedido do deputado Weliton Prado, que lamentou o fato de uma mulher morrer por câncer de mama a cada 30 minutos. “Estamos falando de um câncer com muita chance de cura. Infelizmente, muitas pacientes vão a óbito por falta de acesso ao diagnóstico e ao tratamento adequado no tempo correto”, comentou. “No mês que comemoramos o Dia Internacional da Mulher, precisamos unir esforços para que a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC) seja efetiva, garantindo diagnóstico precoce para salvar muitas vidas”, completou o parlamentar.

No Brasil, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 100 mil mulheres desenvolvem, anualmente, tumores de mama, de útero, de endométrio (ou de corpo do útero) e de ovário.

Para a Presidente da SBOC, um esforço para mitigar estas doenças teria impacto significativo no cenário nacional da oncologia e da saúde de forma geral.

“Precisamos trabalhar para garantir o básico. O Brasil tem políticas subutilizadas. Queria chamar para este debate: tentarmos otimizarmos o uso do que temos”, comentou a oncologista que participou do evento de forma virtual. “Sempre falamos de incorporação de tecnologias – que são, sim, necessárias –, mas não estamos fazendo o mínimo em termos de prevenção e rastreio”, complementou Dra. Angélica.

 

Panorama do câncer entre as mulheres

Atualmente, o governo define como estratégia de rastreamento do câncer de mama a mamografia em mulheres a partir de 50 anos, a cada dois anos. “Essa estratégia mínima atinge um terço das brasileiras, mesmo que tenhamos mamógrafos e exames gratuitos. Precisamos rever estratégias de educação e de alerta. Quase todo cidadão tem smartphone e internet, é necessário alertar a população do atraso em seus exames”, defendeu a Presidente da SBOC.

A oncologista clínica também ressaltou que, desde 2013, as Sociedades de especialidades recomendam que a mamografia seja feita anualmente a partir dos 40 anos. Atualmente, cerca de 30% dos casos de câncer de mama no Brasil são entre pacientes com menos de 50 anos.

Em relação ao câncer gastrointestinal, que está crescendo em incidência e mortalidade no Brasil, Dra. Angélica acredita que o programa de rastreio esteja muito aquém do necessário. Um exame bastante simples como o de sangue nas fezes pode ser indicativo de um possível tumor.

“Em países com rastreio, como os Estados Unidos, há uma redução da incidência e da mortalidade. Se encontramos um pólipo e retiramos, evitamos o desenvolvimento de um câncer”, explica. “Os tumores gastrointestinais são evitáveis e com prevenção primária ou secundária, não precisamos de tratamentos caros, reduzimos mortalidade e também a morbidade”, acrescenta.

Em relação ao câncer ginecológico, ela aponta que o Brasil já incorporou a ferramenta mais importante: a vacinação contra o HPV – responsável pela quase totalidade dos casos de câncer de colo do útero. Atualmente, a vacina quadrivalente está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e retornou ao âmbito escolar.

A meta é voltar para o índice de vacinação de 90% do público-alvo, algo já realizado em 2014, antes de a imunização ser retirada das escolas. O importante, argumenta, é monitorar a adesão à vacina, bem como à utilização do exame HPV DNA, uma tecnologia simples e eficaz de detecção do vírus recentemente incorporada pelo SUS.

Menos conhecido que os demais, o câncer de corpo do útero (ou endométrio) também foi destacado pela Presidente da SBOC. “Falta educação sobre este tumor para a população. Os pacientes nunca ouviram falar. A mensagem que o Ministério da Saúde tem que passar é: sangramento pós-menopausa precisa de avaliação imediata. Não há forma de rastreio, mas não existe um programa de conscientização sobre”, argumentou.

Entre outros temas, Dra. Angélica lembrou do Índice de Priorização de Medicamentos para Incorporação no SUS e Saúde Suplementar, documento da SBOC que pretende definir o que é prioridade para ser incorporado. “Levamos em conta benefício clínico, necessidade não atendida, carga da doença, se está ou não na lista da Organização Mundial de Saúde, parâmetros de custo-efetividade e impacto orçamentário. Com isso, a droga ou tecnologia ganha uma nota e conseguimos apoiar o governo nas suas tomadas de decisão”, explicou.

Um levantamento realizado pelo jornal O Globo, com base em dados do Ministério da Saúde, aponta falhas no atendimento médico no país, obrigando pacientes a percorrer longas distâncias para consultar especialistas pelo SUS. O estudo destaca a desigualdade na distribuição de médicos na rede pública: apenas 6,7% dos municípios possuem ao menos um oncologista, enquanto os ortopedistas estão presentes em apenas metade das cidades, segundo o cadastro oficial.

Em entrevista ao jornal, a Presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dra. Angélica Nogueira, ressalta que o principal problema não é a escassez de oncologistas, mas sim a sua distribuição desigual, que é um desafio que também afeta outras especialidades médicas. “Um oncologista não irá para uma região sem infraestrutura adequada. Não basta o governo inserir especialistas no mercado sem garantir suporte apropriado para o atendimento”, afirmou.

 

Confira a reportagem completa no site do Globo

 

Download do Infográfico

 

Infográfico: Câncer Colorretal

 

Representando a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), o diretor da entidade Dr. Cristiano Resende esteve nesta segunda-feira, 17 de março, no Ministério da Saúde, em Brasília (DF), para uma reunião com o Coordenador-Geral da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC), Dr. José Barreto Carvalheira. O objetivo do encontro foi apoiar a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) na apresentação de dossiê em defesa da incorporação de painel genético para câncer de mama.

“A ideia é utilizar o painel de sequenciamento genético para a pesquisa de mutações germinativas patogênicas nos genes BRCA1 e BRCA2 de mulheres com câncer de mama no SUS”, detalha Dr. Cristiano.

Segundo o oncologista clínico, esse seria o primeiro passo para detectar pacientes com essas mutações. “Essa detecção tem desdobramento terapêutico para a paciente, principalmente no que tange à questão cirúrgica, pois existe recomendação de que nesses casos seja feita a cirurgia nas duas mamas: a cirurgia da mama doente e a cirurgia da mama contralateral, que é redutora de risco”, explicou o diretor da SBOC.

O projeto já foi submetido previamente à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e aguarda apreciação. Dessa forma, o encontro serviu para uma apresentação mais detalhada ao responsável pela PNPCC e sua equipe.

“Foi uma reunião positiva para alinhamento de estratégias e de posicionamentos que se darão futuramente com os desdobramentos dessa conversa”, adicionou o diretor da SBOC. 

Também participaram do encontro o Presidente da SBM, Dr. Augusto Tufi, o ex-presidente da entidade Dr. Henrique Lima Couto e a tesoureira, Dra. Rosemar Rahal, que representou também a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) promove, até 25 de março, a Consulta Pública (CP) Nº 152, recebendo contribuições para as recomendações preliminares relacionadas às propostas de atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde.

O procedimento avaliado em oncologia é:

Painel NGS para DNA circulante tumoral (ctDNA)

Indicação: detecção de mutações em EGFR e ALK em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) não escamoso e metastático, nos casos em que o material tecidual for insuficiente para detecção das variantes oncogênicas

 

 

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) promove, até 25 de março, a Consulta Pública (CP) Nº 152, recebendo contribuições para as recomendações preliminares relacionadas às propostas de atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde.

O procedimento avaliado em oncologia é:

Sotorasibe

Indicação: tratamento de pacientes adultos com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) localmente avançado ou metastático com mutação de KRAS G12C que receberam pelo menos uma linha de tratamento sistêmico anterior