Preencha o login e senha para cadastrar uma nova pesquisa clínica ou para editar os dados de uma nova pesquisa já inserida.
São permitidos apenas um login e senha por instituição.
Associado(a), por favor utilize seu CPF cadastrado na SBOC. Caso não se lembre ou não tenha cadastrado antes, entre em contato pelo e-mail [email protected].
Nascido em 1957 na cidade do Rio de Janeiro, Nelson Luiz Sperle Teich foi criado no Méier, bairro na zona norte da capital fluminense. Ainda na infância, começou a jogar futebol de salão e, aos poucos, foi se destacando como goleiro na década de 1970. Defendendo o Sport Club Mackenzie, tornou-se tricampeão estadual infantil e infanto-juvenil e chegou à seleção carioca.
Apesar da relevante carreira no futebol de salão, Nelson Teich acabou ganhando mais notoriedade profissional na medicina. Formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), especializou-se em clínica médica no Hospital de Ipanema e em oncologia clínica pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA). Fez, ainda, mestrado em Economia de Saúde pela Universidade de York (Inglaterra), MBA em Gestão de Saúde na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e o curso de extensão Owner President Management Executive Program pela Harvard Business School (Estados Unidos).
Associado SBOC desde 1998, Dr. Teich fundou as Clínicas Oncológicas Integradas e atuou em instituições como o Hospital da Vila Residencial da Praia Brava e o Hospital da Casa de Portugal, entre outras. Em 2020, foi ministro da Saúde, lidando com os desafios da pasta durante a crise sanitária imposta pela pandemia de Covid-19.
Entre outras atuações, atualmente é consultor de empresas de saúde e startups nos Brasil e no exterior, professor da Escola Brasileira de Direito (EBRADI), do Instituto Latino-Americano de Governança e Compliance Público (IGCP) e do Instituto Israelita em Ensino e Pesquisa Albert Einstein; e membro do Corpo Editorial do American Journal of Medical Quality.
Coordenador do Comitê de Políticas Públicas da SBOC, onde vem liderando as discussões sobre o tema no país, Dr. Nelson Teich acaba de receber o Prêmio Ronaldo Ribeiro de Carreira em Oncologia Clínica. O mais tradicional prêmio da SBOC – criado em 2017 em homenagem ao cientista e oncologista clínico fortalezense falecido em 2015 – é o maior reconhecimento da entidade a profissionais líderes em sua área de atuação, tendo exercido cargos ou atividades importantes em sua especialidade.
Os vencedores anteriores desse prêmio foram Dr. Wadih Arap (2017), Dr. Jorge Sabbaga (2019), Dr. Antônio Carlos Buzaid (2021) e Dr. Auro del Giglio (2022).
A SBOC conversou com Dr. Nelson Teich e fez a ele três perguntas sobre a sua carreira como oncologista clínico. Confira a seguir:
Por que escolheu oncologia?
Eu já tinha feito seis anos de clínica e acreditava que a oncologia era uma especialidade ainda nova no país e que eu poderia crescer com ela. Além disso, tive vários contatos com doentes oncológicos na Residência em clínica e senti que todo aquele conhecimento iria me ajudar.
Você tem algum sonho relacionado a essa especialidade?
Sim. Que a gente consiga oferecer um cuidado ideal e adequado para toda a sociedade, seja por meio do sistema público ou privado. Na verdade, meu desejo vai em relação ao sistema como um todo. Vai ser impossível a gente entregar cuidado oncológico, se o sistema não funciona bem, pois oncologia é complexa demais.
Uma frase que te inspira?
São duas: “Você vale o que você leva de bom para os outros” e “Todo projeto, lei, programa que só existe na teoria e não acontece na prática, é inútil”. São essas que me norteiam hoje em dia.
O estudo, que foi publicado durante o Congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (Esmo 2023), em Madri, na Espanha, apontou que mulheres que residem e trabalham em áreas com níveis mais elevados de poluentes têm uma probabilidade 28% maior de desenvolver o tumor, em comparação com aquelas que moram em locais com o ar menos contaminado.
O especialista disse ao veículo que já foram comprovados os efeitos da poluição em relação ao aumento de risco de doenças respiratórios e de câncer de pulmão. “Agora foi demonstrado que essas micropartículas da poluição têm consequências ainda mais graves, penetrando na corrente sanguínea e atingindo órgãos não respiratórios”, completa Dr. William Nassib.
Veja a reportagem no site do Correio Braziliense
Matéria completa na edição impressa (24/10/2023)
O câncer colorretal é a quarta neoplasia mais frequente no país, ficando atrás somente dos cânceres de mama, próstata e pele, com aproximadamente 80% dos casos relacionados ao tabagismo, má alimentação, consumo de álcool e falta de atividade física.
Sobre o uso de probióticos, a Dra. Maria Ignez Braghiroli, que coordena o Comitê de Tumores Gastrointestinais Alto na Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), explica que não existe um alimento capaz de evitar o câncer de intestino, embora existam evidências que o uso de probióticos promove uma flora intestinal mais saudável. Ela reforça a necessidade de um conjunto de hábitos que são capazes de evitar a doença. “Existe uma relação da saúde da flora intestinal com o organismo saudável, então é sempre bom manter uma alimentação que mantenha a flora equilibrada”, destacou.
O Senado Federal abriu consulta pública sobre o Projeto de Lei (PL) 5.008/2023, que delibera sobre a produção, importação, exportação, venda e fiscalização de cigarros eletrônicos.
No endereço acima, qualquer cidadão pode manifestar sua discordância à proposta. A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) tem alertado sobre os riscos envolvidos na utilização dos cigarros eletrônicos, também conhecido como pods ou vapes.
Segundo os especialistas do Comitê de Tumores Torácicos da SBOC, tais dispositivos não são opções seguras de tabagismo, especialmente para adultos jovens e grávidas, uma vez que a presença de nicotina pode prejudicar o desenvolvimento do cérebro em indivíduos com menos de 20 anos de idade.
Além disso, os cigarros eletrônicos representam risco por liberarem nano partículas de metais pesados, solventes e outros químicos que variam de acordo com o que é colocado para fumo no dispositivo. Além de doenças inflamatórias e até fibrose pulmonar, o uso desse tipo de cigarro está fortemente ligado ao surgimento de doenças cardiovasculares e distúrbios neurológicos.
Confira, a seguir, como se posicionar sobre a legalização dos cigarros eletrônicos:
O Trimodal é uma série de eventos online com discussão multidisciplinar em oncologia, promovidos em conjunto por SBOC, SBRT e SBCO.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) promove virtualmente, no dia 24 de outubro, das 9h às 12h, a Audiência Pública Nº 37, recebendo contribuições para as recomendações preliminares relacionadas às propostas de atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde.
A participação dependerá de prévia inscrição, que poderá ser realizada até 23 de outubro, às 17h, neste endereço.
A tecnologia avaliada é:
Abemaciclibe associado à terapia endócrina
Após mais de três meses de desafios e sete casos clínicos, chegou ao fim a Gincana Nacional da Oncologia para Acadêmicos 2023. A primeira colocada geral foi Mariele Luana Hörz, que cursa Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Na sequência, ficaram Lucas Arthur da Silva, da Universidade Anhembi Morumbi de Piracicaba (SP), e Pedro Lucas Damascena Miranda, da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).
“A iniciativa da SBOC torna possível que centenas de estudantes de todo o Brasil tenham contato com questões específicas de oncologia clínica ainda durante a graduação. Dessa forma, ajudamos não apenas na formação destes acadêmicos, como criamos uma rede de interessados na especialidade. É uma felicidade notar a satisfação e a participação massiva na Gincana”, comenta Dr. Alexandre Jácome, diretor da Escola Brasileira de Oncologia (EBO).
Os casos apresentados semanalmente são elaborados por associados da SBOC que voluntariamente disponibilizam seu tempo para colaborar com a disseminação de conhecimento oncológico para os jovens profissionais. Em 2023, participaram: Dra. Marcela Crosara (Câncer colorretal); Dr. Vitor Fiorin (Predisposição hereditária); Dra. Rayssa Sena (Cuidados paliativos); Dr. Paulo Henrique do Amor Divino (Emergências oncológicas); Dra. Carolina Vieira (Prevenção de câncer); Dr. Luiz Maia (Câncer de pulmão); e Dr. Matheus Guimarães (Câncer de próstata).
Os três melhores colocados da Gincana receberão pacote completo (inscrição, hospedagem e passagem) para participar do Congresso SBOC 2023, que acontece entre 16 e 18 de novembro de 2023, no Rio de Janeiro (RJ). O segundo e o primeiro colocados também ganharão um ano gratuito como associado SBOC para o próximo ano (mediante conclusão da graduação). A grande vencedora receberá, ainda, o livro “Tratado de Oncologia”.
Os vencedores
A primeira colocada da Gincana Nacional da Oncologia para Acadêmicos é presença constante na iniciativa. “Eu participo desde a primeira edição, em 2020. Sempre tive grande afinidade com a oncologia e chego ao 9º semestre cada vez mais encantada com essa área. Ao longo das edições, pude aprender muito sobre diferentes tópicos, com grande relevância para a prática médica”, relata Mariele.
Nestes anos, ela pôde observar não só a evolução da especialidade, mas a sua própria. “Foi incrível perceber como evolui na compreensão dos casos clínicos e como aprendi onde encontrar as melhores fontes e diretrizes para estudar. A Gincana é uma iniciativa única que estimula o interesse nessa área tão ampla e importante, e convida os acadêmicos a interagirem com essa especialidade que ainda não é tão presente nas faculdades de medicina.”
Seu interesse foi tão grande que a Gincana tornou-se parte da rotina: “A cada dia em que saia uma nova questão, eu reservava tempo para revisar diretrizes e ver atualizações sobre o tema proposto. Foi uma atividade que afirmou ainda mais o meu interesse pela oncologia e me ajudou a estruturar melhor vários conhecimentos que serão de grande utilidade para a prática médica. Agradeço a SBOC pela oportunidade!”, diz.
O segundo colocado da Gincana também faz questão de parabenizar a entidade. Para Lucas Arthur, a Sociedade, por meio desta atividade, promove e difunde conhecimentos sobre a oncologia entre os estudantes. Ele próprio afirma que a sua participação aprofundou seus conhecimentos na prática clínica da especialidade e o manteve atualizado nas mais recentes diretrizes.
Não foi a sua primeira participação. “Na edição passada, não alcancei o resultado desejado. Foi então que foquei e me preparei para este ano. O ano passado serviu como base para entender o nível de complexidade das perguntas e como escolher a melhor resposta. Nesta edição, foquei em estudos e pesquisas e determinei uma rotina de horários para responder às questões”, detalha o estudante.
A prioridade dada à Gincana interrompeu até mesmo seus momentos de lazer. “Foram compromissos remarcados e durante a minha viagem de férias, em julho, eu parava tudo que estava fazendo às 20h para poder responder as perguntas. A Gincana me proporcionou, assim, um enriquecimento teórico e me fez querer ainda mais seguir na oncologia no futuro.”
Para o terceiro colocado, Pedro Lucas, participar da Gincana Nacional da Oncologia para Acadêmicos foi uma experiência única. “Analisar os casos de diversos tipos de pacientes e suas particularidades incentivou o pensamento crítico baseado em evidências na área oncológica.”
Durante a graduação na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, o acadêmico cursou uma disciplina em oncologia que lhe proporcionou uma base de conhecimentos neste campo. “Com a Gincana, pude colocar em prática os conhecimentos adquiridos e aprofundar em temas específicos. Tenho certeza de que me tornarei um profissional melhor após essa experiência”, comenta.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) promove, até 24 de outubro, a Consulta Pública (CP) Nº 118, recebendo contribuições para as recomendações preliminares relacionadas às propostas de atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde.
A tecnologia avaliada em oncologia é:
Abemaciclibe associado à terapia endócrina
O mês de outubro é dedicado à conscientização sobre o câncer de mama, um dos mais frequentes entre as mulheres. Maior representante dos médicos oncologistas clínicos no país, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) chama a atenção para a importância do diagnóstico precoce na cura do câncer de mama.
Segundo projeções do Instituto Nacional de Câncer (INCA), 74 mil novos casos de câncer de mama devem ocorrem no país por ano, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma.
Entre os recursos aliados para a detecção precoce do câncer de mama, está a mamografia – exame que gera imagens de alta qualidade capazes de revelar a existência de sinais iniciais da doença. O exame, geralmente, é indicado para mulheres a partir dos 40 anos, independente da presença de sintomas. “Quando se detecta alterações pré-malignas e tumores mamários muito pequenos, o que é possível a partir da mamografia, as chances de cura do câncer de mama são de aproximadamente 90%, se tratados precocemente”, explica Dra. Daniela Rosa, membro da diretoria da SBOC.
Apesar de a prática do autoexame ser recomendada porque possibilita à mulher conhecer o próprio corpo e perceber possíveis alterações, ela não pode ser considerada uma medida preventiva contra o câncer de mama, porque quando um sinal de alteração na mama é visível, isso significa que a doença possivelmente está em um estágio mais avançado, alerta a especialista.
Também coordenadora do Comitê de Tumores Mamários da SBOC, Dra. Daniela Rosa lembra que, quando um dos sinais da doença se apresenta, o exame de mamografia deve ser realizado o mais rápido possível: “Nesta fase, não se trata mais de um rastreamento, mas sim de um diagnóstico rápido e eficiente para que o tratamento adequado seja colocado em prática o quanto antes”.
Sintomas
Os sinais (alterações físicas) e os sintomas (o que pode ser sentido, como desconforto por exemplo, mas nem sempre é visualizado) do câncer de mama podem variar de mulher para mulher. Na maioria das vezes, o câncer de mama se manifesta como um nódulo, que pode ser percebido ao palpar a mama, ou pode ser detectado nos exames de imagem (mamografia e ultrassonografia mamária).
Com menos frequência, pode haver:
Na maioria dos casos, nódulos que aparecem nas mamas não são câncer. Entretanto, é muito importante a investigação de um especialista quando qualquer tipo de alteração na mama apareça.
Tratamento
Após a confirmação do diagnóstico de câncer de mama, são necessários exames adicionais para determinar a extensão da doença. Essa investigação permite um diagnóstico mais preciso para que o melhor tratamento seja estabelecido. Alguns exames podem, por exemplo, determinar se o câncer se restringe apenas à mama ou se já se disseminou para outras regiões, como os linfonodos axilares, metástases em órgãos distantes, como ossos, pulmões e fígado, entre outros.
A sequência do tratamento do câncer de mama é individualizada, variando de acordo com as características de cada paciente. Pode-se optar por iniciar o tratamento com cirurgia, quimioterapia, hormonioterapia ou uma combinação de quimioterapia com medicamentos conhecidos como anticorpos monoclonais, dependendo de vários fatores. “Essa decisão leva em consideração o tamanho do câncer de mama, sua localização, e o tipo de células que compõem o tumor, incluindo a expressão de receptores de estrogênio, progesterona e o receptor HER2 na superfície das células neoplásicas”, sinaliza a Dra. Daniela.
Novos tratamentos
A especialista confirma o avanço significativo nas pesquisas científicas para novos tratamentos contra o câncer de mama. Entre eles, estudos clínicos realizados nos últimos cinco anos que têm contribuído para a introdução de medicamentos altamente eficazes no mercado, tanto para o tratamento precoce como para estágios mais avançados da doença.
“Merecem destaque os inibidores de ciclina, as drogas com anticorpos inibidores de PARP e a imunoterapia. Todas essas classes de tratamentos já estão aprovadas para uso em cenários específicos no tratamento do câncer de mama”, comenta.
“Esses desenvolvimentos promissores estão oferecendo novas esperanças aos pacientes e ampliando as opções terapêuticas disponíveis”, complementa a diretora da SBOC.
Outubro Rosa
O Outubro Rosa, um movimento global para a conscientização sobre a detecção precoce do câncer de mama, teve sua origem no início da década de 1990. Esse importante movimento ganhou vida com o lançamento do símbolo da prevenção do câncer de mama, o laço cor-de-rosa, pela Fundação Susan G. Komen for the Cure. Esse icônico laço foi distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York, nos Estados Unidos, e desde então, essa iniciativa é promovida anualmente.
Aula apresentada pelos ex-presidentes da SBOC Dr. Gustavo Fernandes (Gestão 2015-2017) e Dra. Clarissa Mathias (Gestão 2017-2019) durante o evento "Terminei a Residência: e Agora", realizado em 23 de setembro, em São Paulo (SP).