O câncer de esôfago, que afeta o ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, é a sexta neoplasia mais comum em homens, com cerca de 74,6% dos casos registrados. Segundo informações do Instituto Nacional de Câncer (INCA) do Ministério da Saúde do Brasil, este tipo de câncer geralmente manifesta sintomas somente em estágios avançados da doença, tornando seu diagnóstico desafiador.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, a presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dra. Anelisa Coutinho, explicou a complexidade do tratamento em situações como a de Mujica, onde o paciente enfrenta não só o câncer, mas também outras condições de saúde, como deficiências orgânicas ou imunológicas. A orientação da especialista é buscar um tratamento que não aumente a toxicidade renal em relação às doenças já existentes. "A gente tenta organizar ao ponto de poder oferecer um tratamento para a infecção oncológica e tentar não incrementar as toxicidades de órgãos que já são sabidamente e previamente comprometidos", afirmou a presidente.