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Equipe Grano

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Uma pesquisa recente da Cleveland Clinic revelou que jovens com câncer colorretal apresentam níveis mais elevados de metabólitos relacionados à dieta em comparação com pacientes acima de 60 anos. Esses metabólitos, associados principalmente ao consumo de carne vermelha e processada, sugerem que uma ingestão excessiva desses alimentos pode aumentar o risco de câncer colorretal precoce.

Em entrevista ao Estadão, a Dra. Anelisa Coutinho, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), destacou que a faixa etária jovem já representa mais de 10% dos novos casos de câncer colorretal. Ela explicou que, atualmente, a pesquisa de sangue oculto nas fezes e a colonoscopia são métodos utilizados para a detecção precoce. No entanto, estudos como o da Cleveland Clinic podem abrir caminho para a inclusão de assinaturas de microbioma como novos biomarcadores para o diagnóstico da doença. 

Confira a reportagem completa no site do Estadão

Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, em parceria com a TV Brasília, o oncologista clínico Dr. William William, coordenador do Comitê de Tumores Torácicos da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), destacou que o uso de cigarros eletrônicos é um hábito relativamente recente e que os profissionais de saúde ainda não compreendem plenamente os potenciais danos desses dispositivos a longo prazo.

A comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar estão proibidas no Brasil desde 2009. O especialista defendeu a manutenção dessa proibição, destacando que há indícios de que os chamados "vapes" podem aumentar o risco de câncer. "Há uma série de indícios de que o cigarro eletrônico pode aumentar o risco de câncer. Em primeiro lugar, a maioria desses dispositivos contém uma alta concentração de nicotina, que causa uma grande dependência. Ou seja, é muito difícil para a pessoa abandonar o cigarro eletrônico depois que começa a usá-lo", afirmou o especialista.

Confira a reportagem no site do Correio Braziliense

A programação oficial do 1º Congresso Brasileiro de Câncer de Pulmão, realizado em Brasília (DF), começou nesta quarta-feira, 14 de agosto, com uma breve abertura reunindo os líderes da Aliança Contra o Câncer de Pulmão.

Representando a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), o Presidente de Honra da entidade, Dr. Carlos Gil Ferreira, ressaltou a importância da audiência sobre o tema realizada no Senado ontem (13). “Percebemos que há um entendimento político de que o câncer de pulmão é importante. Dialogando com os parlamentares é que vamos ganhar espaço para o que nós, oncologistas, queremos: cada vez menos pacientes para tratarmos”, introduziu.

A ligação entre os temas prioritários para a Aliança e o diálogo com congressistas marcou a programação do evento no período da manhã, que contou com a presença da deputada federal Flávia Morais, uma das autoras da Lei dos 60 dias. “Infelizmente, após 10 anos dessa legislação, vemos que [a aplicação] não acontece em todos os locais do Brasil. Não podemos apenas dizer aos pacientes que estamos tentando. Precisamos garantir esse prazo de atendimento”, comentou.

O grande desafio, explicou, se deve ao que diversos estudos da sociedade civil têm mostrado: no Brasil, há lugares com toda a estrutura necessária e há outros com vazio assistencial. Equacionar essa questão é uma das pautas que ela tem debatido na Comissão Permanente do Câncer e na subcomissão que está acompanhando a regulamentação da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer.

Já o deputado Weliton Prado chamou a atenção para o fato de mais de 70% dos diagnósticos de câncer serem realizados nos Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacons) e Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacons), o que evidencia que o diagnóstico ou o encaminhamento não têm sido realizados na atenção primária.

“Precisamos preparar quem está na ponta, qualificando agentes comunitários para fazerem busca ativa dos pacientes”, comentou. “Também peço apoio da Aliança para nos mobilizarmos para garantir o financiamento da Política Nacional de Controle e Prevenção do Câncer. Temos que tratar essa doença de forma emergencial, como de fato é”, completou.

 

Cigarros convencionais e eletrônicos

Quando se fala em tumores pulmonares, o tabagismo está no centro do debate. Ao longo do dia, diversos palestrantes ressaltaram que não há redução de danos para pessoas que fumam a não ser cessar a prática.

Pneumologista do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Dr. Luiz Fernando Pereira afirmou, por exemplo, que as políticas de rastreamento devem estar aliadas ao abandono do tabagismo. Dados que apresentou indicam que parar de fumar durante esse rastreio é fundamental. Quanto mais tempo de cessação, menor a mortalidade e maior a sobrevida de pacientes de câncer de pulmão, explicou o especialista.

“O Brasil é um dos países com maior queda nas taxas de tabagismo. Hoje, de menos de 10% da população. Somos exemplo em políticas e programas de cessação. Mas atualmente convivemos com alto risco de uma epidemia de uso dos cigarros eletrônicos”, ponderou Dr. Luiz Fernando.

Stefania Piras, gestora da Gerência Geral de Registro e Fiscalização de Produtos Fumígenos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (GGTAB/Anvisa), falou especificamente sobre os dispositivos eletrônicos para fumar, dando um panorama do uso e das legislações no Brasil.

“Em 2009, publicamos uma Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) proibindo os dispositivos por precaução, já que desconhecíamos o efeito do produto. Em 2019, com estudos disponíveis, começamos um processo de revisão daquela RDC. A equipe técnica fez pesquisas por evidências científicas, realizamos audiências públicas, fomos auxiliados com avaliação de evidências pela Fiocruz e com revisões sistemáticas pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo”, explicou.

Todo esse levantamento rendeu um relatório final e a RDC 855, que mantém as proibições. Os achados, conforme apresentou Stefania, trazem dados preocupantes. A Agência acredita que os dispositivos não são úteis para cessação do tabagismo, causam dependência, riscos à saúde, iniciam jovens ao tabagismo (com duas a três vezes mais chances de passarem para os cigarros convencionais) e ainda têm risco de explodirem.

“O estudo demonstra que os usuários não têm percepção correta do risco destes produtos, sentindo-se atraídos pelos aditivos que conferem cheiro e sabor. Os usuários também não se consideram fumantes. Por outro lado, apesar do uso disseminado, o Brasil ainda tem prevalência menor de pessoas que utilizam os dispositivos em relação ao mundo”, explicou Stefania.

Após a publicação da RDC 855, a Anvisa tem fortalecido a fiscalização. Hoje, além da proibição de produção e comercialização no país, não se pode ingressar no Brasil, a partir de outros países, com esses dispositivos. “Descentralizamos o sistema de vigilância sanitária, e localmente as equipes são responsáveis por ações de fiscalização in loco. Além disso, estamos promovendo parcerias e ações de sensibilização e de capacitação com outros órgãos, na internet e com as vigilâncias sanitárias locais”, completou.

 

Além do tabagismo

Associado SBOC em Brasília (DF), Dr. Fernando Vidigal foi moderador da sessão “Prevenção primária do câncer de pulmão: novos e velhos problemas”. Ele chamou atenção para a discussão sobre o radônio, um gás inerte liberado durante a composição do urânio e do rádio, presente em solo, granito, piso, rochas etc. e de efeito cancerígeno – o segundo maior fator, após o tabagismo, para tumores pulmonares (Saiba mais).

Vice-presidente da Sociedade de Pneumologia da Bahia, Dra. Fernanda Aguiar explicou que a presença deste gás na atmosfera não é nociva, mas sim em ambientes fechados. Por ser inodoro, incolor e insipido, não há nenhum alerta de que indivíduos estejam expostos a ele, exigindo, portanto, que os níveis sejam mensurados.

Ainda sobre outros fatores que não o tabagismo, o coordenador da comissão de câncer da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Dr. Gustavo Prado, ressaltou a importância de a Aliança não perder de vista o combate à poluição (responsável por cerca de 10% a 12% do câncer de pulmão no mundo) e a vigilância ao câncer ocupacional.

“Precisamos lidar com o lobby da indústria do amianto e manter a vigência do seu banimento, além de monitorar e diminuir a exposição de outros elementos cancerígenos. Sobre o radônio, precisamos de detectores, assim como temos os de monóxido de carbono”, completou o pneumologista.

Ao longo do dia, ainda foram debatidos temas como a participação de ONGs no apoio ao câncer, acesso a diagnóstico e tratamento, leis antifumo, políticas de rastreamento, linhas de cuidado, casos clínicos, entre outros. O objetivo da organização é que as discussões sirvam para prover de dados e perspectivas a atuação da Aliança Contra o Câncer de Pulmão.

O 1º Congresso Brasileiro de Câncer de Pulmão termina nesta quinta-feira (15). O evento é organizado pelas Sociedades Brasileiras de Oncologia Clínica, de Cirurgia Torácica, de Pneumologia e Tisiologia, de Radioterapia, de Patologia e pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

O Senado Federal promoveu, nesta terça-feira, 13 de agosto, uma sessão para debater políticas públicas para prevenção e tratamento dos tumores pulmonares com a presença de representantes da Aliança Contra o Câncer de Pulmão. A iniciativa dos parlamentares precede o início das atividades do 1º Congresso Brasileiro de Câncer de Pulmão, que acontece nos dias 14 e 15, em Brasília (DF). O Presidente de Honra da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dr. Carlos Gil Ferreira, foi um dos participantes.

Segundo explicou o oncologista clínico, a Aliança é uma iniciativa que reúne as seis Sociedades organizadoras do Congresso: as Sociedades Brasileiras de Oncologia Clínica, de Cirurgia Torácica, de Pneumologia e Tisiologia, de Radioterapia, de Patologia e o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem. “Todas as instituições aderiram a Aliança com o objetivo de debater políticas públicas para prevenção e tratamento do câncer de pulmão, uma doença ainda negligenciada, embora seja o câncer que mais mata no mundo”, explicou Dr. Carlos Gil.

Para ele, essa pareceria reflete o amadurecimento das Sociedades médicas. Na sua avaliação, essas entidades têm se tornado cada vez mais relevantes nos últimos anos, com papel ativo nas discussões de políticas públicas indo além apenas da profissão dos médicos, mas pensando no impacto para a população brasileira.

Dr. Carlos Gil também ressaltou o trabalho dos parlamentares – que culminou na lei da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer –, o Ministério da Saúde – que criou uma coordenação específica para oncologia –, a sociedade civil e as diversas vozes da medicina e da saúde que têm recebido cada vez mais atenção da imprensa desde a pandemia de Covid-19. “A conjunção desses fatores faz com que a Aliança possa ir adiante, pretendendo atuar na prevenção, no diagnóstico precoce e na estratégia de rastreamento, impactando positivamente o tratamento de câncer de pulmão no Brasil”, completou.

Outra especialista a representar as Sociedades da Aliança, Dra. Margareth Dalcolmo, presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, definiu a articulação deste grupo como uma ação pioneira e que orgulha a classe médica. “Trata-se de um esforço coletivo das Sociedades de especialidades aliado ao poder público. Nada do que sonhamos será possível sem que tenhamos alinhado com políticas públicas, o que os senhores [parlamentares] formulam por meio de projeto de lei e o que o Governo Federal possa implementar”, disse.

A pneumologista destacou, em sua argumentação, que não é admissível que cerca de 28 mil brasileiros morram por câncer de pulmão todos os anos, considerando que se trata de uma doença precocemente detectável.

“Não podemos pensar hoje, de forma realista, que será feito um rastreamento absoluto em um país gigantesco como o Brasil. Mas podemos pensar, sim, em detecção precoce. Se o médico ou enfermeiro, na atenção primária durante exames de próstata ou mama, encaminharem fumantes e pessoas de mais de 50 anos para tomografia ou raio-x”, exemplificou. “Hoje, é possível organizarmos os equipamentos e as pessoas para isso. Sem deixar de lembrar que a linha de cuidado se impõem. Não adianta o diagnóstico sem tratamento”, adicionou.

Entre os temas que mais preocupam as Sociedades médicas envolvidas, o uso de dispositivos eletrônicos para fumar foi um dos mais comentados. Vice-presidente para o Centro-Oeste da Associação Médica Brasileira (AMB), Dr. Etelvino de Souza Trindade lamentou o fato de muitos jovens fazerem uso dos vapes e lembrou da importância de campanhas de conscientização, que tiveram muito sucesso na diminuição do tabagismo ao longo das últimas décadas.

 

Visão das autoridades

Entre os principais participantes da audiência, esteve Dr. Adriano Massuda, secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, representando a chefe da Pasta, Dra. Nísia Trindade Lima.

Na avaliação do sanitarista, é necessário lutar por mais recursos para a saúde e os cuidados com o câncer, mas, antes disso, é necessário aprimorar a capacidade de organização do sistema. “Não basta termos acesso a quimioterápicos de alto custo, se não fazemos diagnósticos no tempo certo. Não basta termos acesso a mecanismos de diagnósticos, se não conseguimos fazer com que o paciente entre em uma linha de cuidado e possa ter continuidade do cuidado”, disse.

O representante do Executivo também disse que a prioridade do Governo Federal hoje, na área da saúde, é fortalecer a atenção especializada e – dentro desta agenda –enfrentar o câncer. “O cenário atual exige investimento forte na prevenção e na detecção precoce, qualificando a rede assistencial, para aí olharmos para a incorporação de tecnologia, que deve ser feita de maneira sustentável, sem comprometer a sustentabilidade do sistema de saúde.”

Na presença de diversos pacientes que acompanharam o encontro, o senador Dr. Hiran Gonçalves, que solicitou a realização do evento, aproveitou a discussão para relembrar que, quando falamos de câncer, não estamos tratando de estatísticas frias. “Esses números representam histórias de vida, de pacientes e familiares que enfrentam a doença com coragem e esperança nos avanços da ciência. É por eles que precisamos construir solução mais eficazes”, defendeu.

Nesse sentido, o deputado Weliton Prado lembrou da necessidade de se angariar recursos para colocar em prática a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer no Sistema Único de Saúde (SUS). A lei recém-aprovada foi fruto de debates realizados por mais de dois anos na Comissão de Combate ao Câncer da Câmara dos Deputados.

Além da política, de caráter abrangente, uma nova legislação tem sido discutida no Congresso Nacional: o Projeto de Lei 2.550/2024, da deputada federal Flávia Morais, que pretende estabelecer diretrizes para a Política de Rastreamento e Diagnóstico Precoce de Câncer de Pulmão no âmbito do SUS. “Apresentamos essa proposta para que possamos enfrentar esse tumor e colocar a necessidade urgente de conscientização sobre os males do tabagismo”, explicou.

O Instituto de Governança e Controle do Câncer (IGCC), em parceria com a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), Instituto Avon, Instituto Oncoguia, Instituto Vencer, lançou, nessa segunda-feira, 29 de julho, a Coalizão Cidades no Controle do Câncer.

Esta campanha nacional busca sensibilizar candidatas e candidatos às Prefeituras e Câmaras de Vereadores de todo o país para a importância da inclusão da pauta oncológica em seus planos de governo e de atuação legislativa.

A Coalizão tem por objetivo capacitar organizações sociais locais para que possam atuar como agentes de transformação, levando a discussão sobre o câncer para as campanhas políticas, bem como obter a assinatura de candidatos em uma carta-compromisso para inclusão do tema em seus programas de governo e na agenda dos Legislativos municipais.

Além disso, o movimento oferecerá um conjunto de ferramentas e materiais de apoio que, a partir do lançamento, estarão disponíveis no site cidadesnocontroledocancer.org.br para auxiliar as organizações a sensibilizar os candidatos e a população sobre a necessidade de políticas públicas eficazes para o controle do câncer.

O lançamento da campanha contou com a transmissão no Instagram da SBOC, da Coalizão Cidades no Controle do Câncer e da Abrale; e pelos canais no Youtube do IGCC, Femama, Instituto Avon e Projeto Cura. Assista a transmissão na íntegra.

A porta-bandeira do Brasil na Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, Raquel Kochhann, de 31 anos, é a primeira atleta brasileira a competir após se recuperar de um câncer. A jogadora de rugby foi diagnosticada com câncer de mama e no osso esterno, no tórax, em 2021, um ano após competir nas Olimpíadas de Tóquio. Ela passou por cirurgia, quimioterapia e radioterapia e, durante o tratamento, realizou exercícios adaptados para se manter em forma e próxima ao grupo da seleção.

Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, a oncologista clínica Gisah Guilgen, membro do Comitê de Lideranças Femininas da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e uma das autoras do Guia de Atividade Física e Câncer,  ressaltou que a atividade física deve ser vista como um "remédio" para o tratamento do câncer. “Por isso, se o seu médico não abordou essa questão com você, converse com ele, calce um tênis e comece o quanto antes a praticar exercícios”, afirmou a oncologista.

Confira a entrevista no site do Estadão

 

A mesa redonda de oncologia clínica, realizada no 2º Congresso de Medicina Geral da Associação Médica Brasileira (AMB), teve a coordenação da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).  Mediada pela presidente da SBOC, Dra. Anelisa Coutinho, e o Diretor Científico da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Dr. Agnaldo Lopes da Silva Filho, a discussão ocorrida nesta sexta-feira, 26 de julho, tratou alguns dos aspectos mais importantes relacionados à oncologia e que fazem parte do dia a dia do médico generalista. 

Ao abrir o debate, Dra. Anelisa ressaltou a importância de abordar o tema em um evento que reúne diversas especialidades, visto que o Instituto Nacional de Câncer (INCA) prevê cerca de 700 mil casos anuais de câncer até 2025. “Essa é uma doença que permeia as diversas especialidades, e também frequentemente se apresenta na rotina do generalista”, comentou.

Membro do Comitê de Jovens Oncologistas da SBOC, Dr. Lucas Uratani falou sobre os princípios do estadiamento e prognóstico oncológico. Ele reforçou que, a partir de um diagnóstico adequado e uma equipe multidisciplinar, é possível oferecer um tratamento personalizado aos pacientes oncológicos.

"Estimular a atividade física, alimentação adequada, reduzir fatores de risco, incentivar exames de rastreamento, fazer um diagnóstico preciso e manter a perspectiva do tratamento junto à equipe são formas eficazes de enfrentar o câncer", disse.

Em sua aula "O que o médico generalista deve saber sobre biomarcadores tumorais?", Dra. Priscila Doria Galvão, associada SBOC em Salvador (BA), explicou que os biomarcadores são úteis para a detecção precoce, diagnóstico, prognóstico e monitoramento da doença. “Eles podem nos fornecer informações sobre a evolução da doença, prognóstico e interferir nas escolhas de tratamento com eventual tradução em aumento de sobrevida dos pacientes, uma medicina personalizada”, disse.

Para falar sobre emergências oncológicas no pronto-socorro, o representante da SBOC foi o Dr. Pedro Victor Nogueira, editor do SBOC Review e associado em Natal (RN). Ele alertou como os médicos devem agir diante de situações oncológicas críticas, enfatizando a neutropenia febril.

Dr. Pedro explicou a importância de compreender os processos dolorosos pelos quais os pacientes passam, ressaltando que "apesar dos desafios, a oncologia tem alcançado mais vitórias do que derrotas” na assistência aos pacientes.  

Ao final, Dra. Anelisa lembrou que a qualidade de vida dos pacientes oncológicos mudou significativamente nos últimos anos, sobretudo, por conta da evolução dos tratamentos. "Quando os pacientes chegam, geralmente os médicos generalistas têm pouca informação sobre eles, portanto fica a sugestão de tentar contato com o respectivo oncologista ou alguém da retaguarda, sempre que essas informações adicionais forem relevantes para o manejo direto da intercorrência”, disse.  “Esse melhor detalhamento pode ser útil e contribuir no tratamento emergencial", acrescenta.

A mesa sobre oncologia clínica foi encerrada com uma sessão de perguntas e respostas, em que o público teve a oportunidade de esclarecer dúvidas com os palestrantes.

Confira fotos do evento:

Acesso e equidade

Podcasts Sexta, 19 Julho 2024 20:18

 

 

Dr. Nelson Teich, membro do Comitê de Políticas Públicas da SBOC e ganhador do Prêmio Ronaldo Ribeiro de Carreira em Oncologia Clínica (2023), discute a falta de equidade no acesso ao tratamento do câncer no Brasil.

Fake News na Oncologia

Podcasts Sexta, 19 Julho 2024 20:02

 

Dra. Daniela Rosa, membro da diretoria da SBOC, e a jornalista Natalia Cuminale, fundadora do hub de jornalismo de saúde Futuro da Saúde abordam os impactos da disseminação de notícias falsas sobre o câncer e as medidas para desmistificá-las.

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