A reportagem publicada no jornal O Estado de S. Paulo aponta que pacientes com câncer no SUS podem esperar mais de dois anos — em alguns casos, até 11 anos — para ter acesso a medicamentos inovadores já incorporados oficialmente ao sistema público. A presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dra. Angélica Nogueira, ressaltou ao jornal que esse atraso compromete diretamente as chances de vida: “É um atraso que pode representar a diferença entre a cura e a morte, entre a progressão e a estabilização do tumor”.
Dra. Angélica também destacou as consequências emocionais e sociais da demora no acesso: “Do ponto de vista psíquico, é uma angústia grande para o paciente saber que existe um medicamento eficaz, aprovado, mas inacessível. Isso gera sofrimento, depressão e sentimento de abandono para os pacientes e seus familiares”. A SBOC tem dialogado com o Ministério da Saúde por meio de um comitê de assessoramento, propondo critérios de prioridade e base científica para acelerar o acesso.