A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) participou recentemente do processo de análise de três novas tecnologias incorporadas ao Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a lista dos procedimentos, exames e tratamentos com cobertura obrigatória pelos planos de saúde.
Publicada no Diário Oficial da União na última sexta-feira, 06, a resolução normativa estabelece os usos de antineoplásicos orais para as seguintes finalidades:
A incorporação é fruto dos encontros da Comissão de Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar (COSAÚDE), que contaram com participação da SBOC, enquanto representante da Associação Médica Brasileira (AMB).
Segundo a diretora executiva da SBOC, Dra. Marisa Madi, a instituição exerce um papel fundamental neste diálogo entre os tomadores de decisão da saúde suplementar e a sociedade, fornecendo subsídios técnicos durante o processo de incorporação de novas tecnologias no sistema privado.
“Participamos dos debates desde as submissões até a participação nas consultas pública e nas reuniões da COSAÚDE, levando as melhores evidências científicas para que as políticas de acesso sejam definidas com segurança e transparência”, afirma Dra. Marisa.
As próximas reuniões da Comissão estão programadas para os dias 17 e 18 de maio e discutirão as contribuições, enviadas até o último dia 20 de abril, sobre apalutamida e enzalutamida, para tratamento de câncer de próstata metastático sensível a castração, e lorlatinibe, para câncer de pulmão não pequenas células em primeira linha.
Antes atualizado a cada dois anos, o rol de procedimentos da ANS agora passa por revisões em prazos mais curtos e de forma contínua, resultado da Medida Provisória 1067/2021, aprovada pelo Congresso Nacional em fevereiro de 2022 e sancionada pela Presidência da República em março (leia mais). A SBOC teve ampla participação na mudança dos procedimentos de atualização do rol e na submissão de diversas tecnologias, muitas delas já incorporadas.
O presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Prof. Dr. Paulo M. Hoff, prestigiou, no dia 29 de abril, a cerimônia de inauguração do novo espaço de radioterapia do Centro de Oncologia Campinas – serviço de referência no diagnóstico e tratamento do câncer no interior paulista.
Campinas é um município onde está um número expressivo de associados da SBOC, bastante ativos tanto no atendimento de pacientes com câncer, quanto no desenvolvimento de estudos e do ensino da oncologia para jovens especialistas.
Com mais de 10 mil pacientes atendidos na última década, o Centro de Oncologia Campinas funciona desde 1977 e tem como membros do seu corpo clínico os ex-presidentes da SBOC Dr. Fernando Medina da Cunha (Gestão 1991-1993) e Dr. André Augusto Jr. G. de Moraes (Gestão 2001-2003).
O câncer de pele não somente é a neoplasia de maior incidência no mundo, como também tem crescido em incidência nos últimos anos. É cada vez mais fundamental, portanto, que os oncologistas clínicos estejam munidos de informações sobre o tema, que será amplamente discutido no II Congresso Brasileiro de Câncer de Pele, que ocorrerá nos dias 8 e 9 de julho, em São Paulo, pela primeira vez de forma presencial.
Presidente do Congresso pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dr. Rodrigo Guedes enfatiza a importância do evento para todos os profissionais que desejam se atualizarem sobre o tema. “Na última década, experimentamos avanços extraordinários em técnicas diagnósticas, em tratamentos cirúrgicos e, principalmente, no desenvolvimento de novas drogas, como imunoterapia e terapia-alvo, que mudaram o paradigma do tratamento destas neoplasias, tanto no cenário de doença avançada, quanto na doença precoce”, explica Dr. Guedes.
Durante os dois dias de Congresso, que está sendo realizado pela SBOC e pelas Sociedades Brasileiras de Cirurgia Oncológica (SBCO) e Radioterapia (SBRT), a programação terá, pela manhã, três salas independentes para debates aprofundados pertinentes a cada especialidade envolvida no cuidado do paciente com câncer de pele: oncologistas clínicos, cirurgiões oncológicos e radioterapeutas.
No período da tarde, as discussões serão multiprofissionais e integradas em uma só sala, levando em conta casos clínicos reais. O intuito é simular o dia a dia dos profissionais no manejo dos pacientes, estimulando a interação entre debatedores e congressistas.
“Além disso, contaremos com simpósios satélites conduzidos pelas sociedades que apoiam o Congresso e sessões meet the professor, com especialistas formadores de opinião no cenário nacional debatendo temas controversos e de grande relevância”, completa o presidente da SBOC para o II Congresso Brasileiro de Câncer de Pele.
Organização
Segundo Dr. Guedes, a expectativa para o evento é enorme. “Após a melhora nos índices epidemiológicos referentes à pandemia de covid-19 e com o avanço da vacinação, estamos preparando um congresso presencial em que teremos a oportunidades de reencontrar muitos colegas e trocamos experiências no cuidado do paciente com câncer de pele.”
Além de discussões de casos clínicos reais, esse intercâmbio entre os congressistas será feito por meio de atualizações científicas acerca de procedimentos e tratamentos inovadores, com palestras das principais referências no tratamento de câncer de pele do Brasil. Haverá, ainda, convidados internacionais dos mais renomados centros e universidades do mundo.
“Vale ressaltar que o evento é fruto de uma soma de esforços de três especialidades – Oncologia Clínica, Cirurgia Oncológica e Radioterapia – que atuam unidas, e conta com o apoio de diversas sociedades brasileiras que compartilham os cuidados com esse paciente, desde a prevenção e o diagnóstico até o tratamento da doença avançada”, reforça Dr. Guedes.
Em 2021, a primeira edição do Congresso Brasileiro de Câncer de Pele foi realizada integralmente on-line, entre os dias 23 e 24 de abril, com a presença de mais de dois mil participantes e 132 palestrantes.
II Congresso Brasileiro de Câncer de Pele
8 e 9 de julho de 2022
WTC Events Center – Av. das Nações Unidas, 12551 (Brooklin Novo, São Paulo/SP)
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Entre os dias 26 e 29 de abril, mais de 2.800 pessoas do Brasil e do mundo prestigiaram o 12º Fórum Nacional Oncoguia, que contou com mais de 30 horas de programação transmitidas ao vivo e cerca de 60 palestrantes, entre os quais o Prof. Dr. Paulo M. Hoff e a Dra. Marisa Madi, respectivamente presidente e diretora executiva da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).
O evento – cujo tema desta edição foi “Priorizando o câncer além da pandemia” – é realizado pelo Instituto Oncoguia, organização não governamental (ONG) e portal informativo e interativo voltado para a qualidade de vida do paciente com câncer, seus familiares e público em geral.
Dr. Hoff palestrou no primeiro dia (26), abordando o impacto da pandemia nos tratamentos sistêmicos. O presidente da SBOC começou lembrando que o Brasil tem aproximadamente 600 mil novos eventos de pacientes diagnosticados com câncer todos os anos e que a pandemia representou um atraso significativo nesses diagnósticos.
“Ao contrário de outras patologias em que alguns meses de atraso não têm tanta influência, no caso do câncer esses dois anos de pandemia foram catastróficos”, comentou. “Agora, o que vemos é o número normal de pacientes desenvolvendo a doença e, somado a eles, temos os pacientes que tiveram câncer há mais tempo, mas não haviam sido diagnosticados, entrando na fila para o tratamento”, completou.
No terceiro dia (28), Dra. Marisa participou, ao lado de outras especialistas, da mesa de debate “Planos de saúde e o acesso ao tratamento mais atual e efetivo”. Ela comentou, sobretudo, sobre a experiência nas reuniões da Comissão de Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar (COSAÚDE), que assessora a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na análise de medicamentos, produtos e procedimentos.
“Nossa participação é baseada no impacto clínico dessas novas tecnologias. A SBOC trabalha com comitês de especialidades que se empenham, anualmente, em atualizar diretrizes clínicas. Todos os posicionamentos da Sociedade têm base nessas diretrizes, que estão disponíveis ao público geral”, afirmou Dra. Marisa. A diretora executiva da SBOC reforçou, ainda, que a entidade se preocupa principalmente com cinco fatores na hora das análises: o impacto da tecnologia em termos epidemiológicos; o impacto em sobrevida; a jornada do paciente; os eventos adversos; e a comparação com a incorporação em outros países.
As palestras estão disponíveis na íntegra neste link mediante um cadastro gratuito.
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