Publicar na Brazilian Journal of Oncology (BJO) é um investimento. Esta é a mensagem que o corpo editorial da publicação científica divulgará entre seus pares com veemência a partir de 2018. A força-tarefa tem como objetivo atrair artigos originais de qualidade e, com isso, alcançar a indexação no Pubmed, principal base de dados médicos e científicos do mundo. De acordo com a nova editora executiva do periódico, Dra. Rachel Riechelmann, membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), a expectativa é que todos os trabalhos publicados na BJO, desde a primeira edição, sejam indexados retrospectivamente quando a revista entrar no Pubmed. “É um grande estímulo para que os autores submetam seus artigos desde agora e estejam alinhados conosco para o cumprimento dessa meta”, diz a editora.
O Dr. Gustavo Fernandes, que assume o cargo de editor-chefe de Oncologia Clínica no periódico, explica que a regras atuais contemplam essa indexação retrospectiva de todos os trabalhos publicados. Vice-presidente de Relações Nacionais e Internacionais da SBOC, ele trabalhará ao lado da Dra. Rachel e dos editores-chefes de Radioterapia, Dr. Harley Francisco de Oliveira, e de Cirurgia Oncológica, Wilson Luiz da Costa Jr. A partir de 2018, a BJO aceitará somente artigos em inglês. Aqueles publicados anteriormente em português serão traduzidos.
“Desde o lançamento da Brazilian Journal of Oncology, há um ano, trabalhamos para construir uma revista à altura da oncologia brasileira, de forma que seja também um veículo agregador e impulsionador da nossa pesquisa”, diz a Dra. Cinthya Sternberg, diretora executiva da SBOC e que atuou como editora executiva e editora de Oncologia Clínica da publicação neste período. “É muito gratificante constatar o comprometimento de toda a equipe e passar o agora bastão para os novos editores; certamente terão muito sucesso.”
Oportunidade
De acordo com a Dra. Rachel Riechelmann, a Brazilian Journal of Oncology representa uma oportunidade única para que os autores brasileiros tenham seus artigos aceitos em uma publicação open access – isto é, sem custo para submissão nem para o acesso dos leitores – de grande potencial. “Com a indexação, a visibilidade da revista aumentará dramaticamente, o que fortalece o periódico e, consequentemente, seus autores. Para chegar lá, precisamos de artigos originais de qualidade”, convida a editora executiva.
A união das três especialidades – Oncologia Clínica, Radioterapia e Cirurgia Oncológica – é mais um diferencial da BJO, ao favorecer as submissões de cada uma delas em um periódico mais robusto. “Sabemos que ter um artigo aceito em uma revista internacional é muito mais difícil porque a demanda é maior e a prioridade são autores dos países de origem desses periódicos”, comenta a Dra. Rachel. “A Brazilian Journal of Oncology representa uma excelente oportunidade nesse sentido e também contribui para fortalecimento da pesquisa nacional, refletindo as nossas particularidades”, enfatiza.
Além dos autores brasileiros, a ideia é atrair trabalhos de pesquisadores de outros países da América Latina. Segundo o Dr. Gustavo Fernandes, hoje não existe no continente um periódico de oncologia indexado ao Pubmed. “A mesma energia que dedicamos no sentido de tornar a SBOC mais dinâmica e atraente colocaremos agora para fazer crescer a BJO”, diz o oncologista, presidente da SBOC na gestão 2015-2017. O médico conta que as pessoas que já integraram soluções para outros desafios da SBOC estão sendo convidadas também a participar mais ativamente da revista. “É uma iniciativa que envolve credibilidade. Precisamos alcançar colegas que confiem no futuro da publicação”, resume.