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Congresso Brasileiro de Câncer do Aparelho Digestivo inova ao promover discussão multidisciplinar das neoplasias do trato gastrointestinal

Notícias Sexta, 26 Agosto 2016 18:34

Acontece em São Paulo o Congresso Brasileiro de Câncer do Aparelho Digestivo, uma iniciativa inédita proposta pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO).  O evento teve início na quinta-feira (25/08) e segue até amanhã (27/08).

O objetivo do congresso é promover uma discussão conjunta das neoplasias do trato gastrointestinal. O Programa Científico apresentado teve ainda a colaboração de outras sociedades médicas. Cada tópico da programação está sendo abordado de forma multidisciplinar, mesclando aulas com casos clínicos dirigidos, sempre com amplo tempo para debates.

Segundo o cirurgião oncológico Felipe José Fernández Coimbra, presidente da SBCO, o tratamento multidisciplinar dos pacientes com câncer é um caminho sem volta na busca do melhor resultado para os pacientes. “A intenção do Congresso é mostrar que essa maneira de trabalhar pode ser disseminada por todo o Brasil”, afirma o Dr. Coimbra. “A multidisciplinaridade no cuidado de pacientes complexos, como os que possuem tumor do aparelho digestivo, é fundamental e já é prática em alguns centros de tratamento de câncer no Brasil. Mas há muitos lugares onde existem profissionais de diferentes áreas que trabalham afastados por falta de reconhecimento de que este é o melhor modelo”, diz o oncologista clínico Gustavo Fernandes, presidente da SBOC. “O Congresso pode mostrar que é possível implantar ou melhorar o trabalho multidisciplinar sem a necessidade de grandes mudanças nas estruturas já existentes”, completa.

Confira o que dizem sobre o congresso alguns membros da SBOC presentes no evento.

Crédito: Talles Braga

“Na maioria dos congressos, é frequente a participação de especialistas de áreas diferentes da que está na organização. Existem oncologistas discutindo nos congressos de cirurgiões e vice-versa, mas este é interessante por ser um congresso dedicado a uma doença, que é tratada por vários especialistas. Todos eles estão em pé de igualdade aqui discutindo o tema. Este é um ponto muito positivo”.
Jorge Sabbaga, oncologista clínico membro da atual diretoria da SBOC e diretor científico do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais  

 

Crédito: Talles Braga

“É um Congresso bastante inovador porque cobre todos os contextos e disciplinas. As reuniões multidisciplinares ainda não existem em todos os serviços de tratamento oncológico no país, mas sabemos o quão benéfica é a implantação desse modelo que está sendo discutido aqui”.
Renata D’Alpino Peixoto, oncologista clínico membro da SBOC

 

Crédito: Talles Braga

“Para mim, este Congresso foi uma surpresa positiva. Não vi iniciativas como essa em outros lugares, como nos Estados Unidos ou na Europa. Geralmente, as discussões acontecem separadas e esse diálogo é algo que deve acontecer”.
Rodrigo Dienstmann, oncologista, pesquisador atuante na Espanha e membro da SBOC

 

Crédito: Talles Braga

“A comissão científica do Congresso foi formada por membros das duas sociedades e essa iniciativa parte de uma necessidade de que os olhares de especialidades diferentes que se debruçam sobre o mesmo problema (o câncer do aparelho digestivo) precisam interagir já que eles se complementam. As soluções para tratamento dos pacientes têm se tornado cada vez mais complexas e necessitam dessas múltiplas visões e formações. A tendência é que os congressos se tornem cada vez mais interdisciplinares e multidisciplinares”.
Markus Gifoni, oncologista clínico membro da atual diretoria da SBOC e da coordenação científica do Congresso

 

Crédito: Talles Braga

“Nós do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais vimos com muito bons olhos essa iniciativa. É algo que há muito tempo desejávamos. Ter as duas áreas juntas, pensando e decidindo, é o melhor dos mundos. Atualmente não podemos pensar em oncologia sem multidisciplinaridade. Cirurgia e clínica têm de andar sempre juntas”.
Anelisa Coutinho, oncologista clínica membro da SBOC e vice-presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais

 

Crédito: Talles Braga

“O que se está discutindo aqui é uma realidade que a gente busca na prática diária. Por causa da complexidade das doenças e o maior volume de conhecimento, dentro de cada grande área começam a surgir especialidades. E esses especialistas não trabalham sozinhos. Para se ter excelência na tomada de decisão, cirurgiões, oncologistas, radioterapeutas, enfermeiras especializadas, nutricionistas etc. têm de dialogar.  O Congresso reforça a necessidade desse diálogo”.
Rui Weschenfelder, oncologista clínico membro da atual diretoria da SBOC 

 

Crédito: Talles Braga

“A oncologia é uma área que prima pela multidisciplinaridade. Um congresso com possibilidade de discussão com outras áreas é primordial e faz parte do que buscamos fazer no dia a dia, que é promover o diálogo entre equipes de cirurgia, radioterapia, radiologia, radiologia intervencionista. Isso é benéfico para o resultado do tratamento e para o paciente”.
Maria Ignez Freitas Melro Braghiroli, oncologista clínica membro da SBOC

Última modificação em Segunda, 05 Setembro 2016 16:31

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