Na semana passada, durante fórum organizado pelo jornal O Estado de S. Paulo, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou medidas para qualificar e ampliar o atendimento oncológico pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Entre as onze medidas estão o avanço da compra regional de medicamentos no Mercosul, com a inclusão de produtos contra o câncer; a revisão e ampliação dos protocolos e diretrizes clínicas para adequação das tecnologias disponíveis e das melhores práticas; e a adequação da produção nacional de medicamentos de alto custo, com a especialização dos laboratórios públicos.
“Ouvimos com simpatia a declaração do ministro e esperamos que ele tenha tempo e recursos para fazer isso”, disse Dr. Gustavo Fernandes, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).
Sobre a expansão dos serviços de radioterapia, plano lançado em 2012, o ministro Ricardo Barros afirmou que dois novos serviços devem começar a funcionar este ano. “Este é um plano importante, mas que não tem sido executado como deveria. Há pacientes que moram em regiões onde não há aparelhos. Esse déficit de serviços de radioterapia resulta na morte de pacientes”, lamentou o Dr. Fernandes.
Na opinião do presidente da SBOC, a afirmação do ministro da Saúde de que vai adotar um sistema de métricas para aprimorar as plataformas de informação e vigilância do câncer é bem-vinda. “Se não há medidas para avaliar o quão efetivas são as terapias e quanto dinheiro está sendo gasto para salvar vidas, não é possível priorizar. Ter informação é fundamental”, disse o Dr. Fernandes.
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