A cada ano, cerca de 75 mil novos artigos sobre oncologia são publicados no mundo. Um oncologista que tentasse se manter atualizado sobre todo esse volume de informação, precisaria estudar 167 das 168 horas da semana. Os dados são da IBM, cuja sede brasileira realiza no dia 10 de agosto, em São Paulo, o IBM School –A Nova Era da Medicina. O objetivo do evento, que tem apoio da SBOC, é debater o impacto da inteligência artificial na saúde, mostrando como dados de artigos científicos, análises clínicas e prontuários dos pacientes podem ser acessados instantaneamente e estruturados para auxiliar os médicos na tomada de decisão sobre o melhor tratamento a ser seguido. “Os sistemas de informação atualmente em uso na assistência (prontuários eletrônicos) não foram desenvolvidos para apoiar o médico no diagnóstico ou nas tomadas de decisão”, diz Dr. Claudio Ferrari, secretário de Comunicação Social da SBOC, um dos convidados do painel de discussão.
O debate terá também a presença do oncologista e escritor Dr. Drauzio Varella, do oncologista Dr. Felipe Roitberg, do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) e do Hospital Sírio-Libanês, e do CEO do Live Healthcare Media (empresa de geração de negócios na área de saúde) Vitor Asseituno. A discussão terá a moderação da Dra. Mariana Perroni, intensivista e coordenadora médica da unidade IBM Watson Health na América Latina. Dra. Mariana demonstrará casos práticos de hospitais e instituições que já utilizam a ferramenta desenvolvida pela IBM, como o Watson Oncology, criado em parceria com Memorial Sloan Kettering Cancer Center. “O Watson Oncology acessa todo o conhecimento existente sobre câncer e cruza as informações com o prontuário do paciente, oferecendo ao médico um ranking dos melhores tratamentos”, explica. “Ele não substitui o médico, mas amplifica sua capacidade de escolha”, diz.
Para o Dr. Ferrari, a inteligência artificial permitirá a utilização das informações referentes aos tratamentos da maioria dos pacientes para melhor compreensão das doenças e dos resultados dos tratamentos. “O que acontece no ‘mundo real’ não é objeto de análises. Os guidelines são baseados em amostras muito pequenas (menos de 5% do universo das pessoas que são tratadas de determinada doença, dentro de estudos clínicos). O cruzamento de dados de milhões de pacientes ao redor do mundo permitirá um avanço significativo nos diagnósticos e tratamentos”, avalia.
Agenda:
IBM School – A Nova Era da Medicina
10 de agosto, às 18h30
As inscrições para assistir o evento online podem ser feitas clicando aqui. (Vagas presenciais esgotadas)