A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ampliou as indicações terapêuticas dos medicamentos olaparibe (Lynparza) e pembrolizumabe (Keytruda).
O primeiro teve sua indicação ampliada para o tratamento de manutenção de pacientes adultas com carcinoma de ovário de alto grau BRCA mutado recém diagnosticado, com resposta completa ou parcial à quimioterapia em primeira linha baseada em platina. De acordo com Dr. Sergio Simon, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), o SOLO-1, estudo que resultou na aprovação dessa nova terapia, é o primeiro de fase III prospectivo e randomizado e foi apresentado no ESMO 2018, principal evento europeu de oncologia. “Nos resultados desse estudo, a análise primária da sobrevida mostrou uma importantíssima redução no risco de progressão ou morte, próxima de 70%. Portanto, esse tratamento deve ser considerado padrão para pacientes com esse tipo de câncer”, afirma Dr. Sergio. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de ovário é a segunda neoplasia ginecológica mais comum, atrás apenas do câncer de colo do útero. A estimativa é de 6 mil novos casos por ano.
Já o pembrolizumabe (Keytruda), passa a ser indicado para o tratamento de linfoma de Hodgkin clássico refratário ou recidivado após três ou mais linhas de terapias anteriores. A aprovação foi baseada em estudos que resultaram em dados significativos de resposta ao tratamento. Entre 19% e 22% dos pacientes apresentaram taxa de remissão completa. A taxa de resposta objetiva foi entre 58% e 69%. De acordo com estimativas INCA, 3.530 novos casos de linfoma de Hodgkin devem ser diagnosticados neste ano.