No início de fevereiro aconteceu, em San Francisco – EUA, o congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica destinado à discussão do tratamento de tumores do trato geniturinário (ASCO GU).
Na ocasião, foram apresentados importantes estudos e, entre eles, considerado o principal destaque do congresso, o estudo Keynote-426, que mostrou eficácia e segurança na combinação de axitinibe e do anti-PD-1 pembrolizumabe como primeira linha de tratamento no câncer renal avançado.
Para o estudo randomizado Fase III foram considerados elegíveis pacientes com câncer renal de células claras recém diagnosticados ou com recorrência da doença no estadio IV, sem tratamento sistêmico prévio.
Os resultados, apresentados no ASCO GU, mostraram um ganho significativo de sobrevida global: aos 12 meses, 89%; e aos 18 meses, 82,3%. Em relação à sobrevida livre de progressão, os índices foram de 59,6% aos 12 meses e 41,1 aos 18 meses. A taxa de resposta objetiva foi de 59,3%.
Dr. Volney Soares Lima, oncologista e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), participou do ASCO GU e avalia os resultados do estudo como uma grande novidade que, comparada ao que já temos disponível, modifica radicalmente o cenário para o tratamento do câncer de rim. “Houve um ganho importante de sobrevida global para esses pacientes, com redução de 47% do risco de morte. Esse benefício foi visto em todos os subgrupos, inclusive naqueles pacientes de risco favorável. Acredito que em breve essa combinação deva ser aprovada no Brasil e, pendentes ainda as aprovações regulatórias, se tornará o novo tratamento padrão para esse tipo de tumor.”, conclui Dr. Volney.