A análise das estimativas do INCA permite prever que 2008 mulheres serão diagnosticadas com câncer de mama metastático HER2-positivo em 2016. Neste contingente estão incluídas as pacientes diagnosticadas inicialmente já com a doença metastática e os casos de recorrência de doenças previamente diagnosticadas. Com base nos dados dos principais estudos clínicos para esse perfil de pacientes, pode-se estimar que, se essas mulheres forem tratadas apenas com quimioterapia (tratamento oferecido pelo SUS), somente 808 estarão vivas após dois anos. Entretanto, a combinação de quimioterapia e trastuzumab, elevaria esse número para 1408 mulheres. Já com a associação de quimioterapia, trastuzumab e pertuzumab, 1576 pacientes sobreviveriam. Os dados são do artigo Estimation of Premature Deaths From Lack of Access to Anti-HER2 Therapy for Advanced Breast Cancer in the Brazilian Public Health System, publicado este mês no Journal of Global Oncology.
O artigo foi escrito por oito médicos: os oncologistas membros da SBOC, doutores Márcio Debiasi, Tomás Reinert, Rafael Kaliks, Gilberto Amorim (da Comissão de Ética da SBOC), Carlos Sampaio, Gustavo Fernandes (presidente da SBOC) e Carlos Barrios, e a mastologista Dra. Maira Caleffi. O texto destaca: “15 anos após a aprovação mundial do trastuzumab para câncer de mama metastático e um ano após sua inclusão na lista de medicamentos essenciais da OMS, o sistema de saúde pública brasileiro ainda não fornece esse tratamento a sua população”. E, em seguida, reforça: “A introdução de trastuzumab e pertuzumab (no sistema público) aumentaria significativamente o tempo de vida de mulheres com câncer de mama metastático HER2-positivo no Brasil, evitando 768 mortes prematuras nos próximos dois anos.
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