Segundo estudo realizado na Alemanha, ser muito alto ou muito baixo tem seus prós e contras. A cada 6,5 centímetros a mais, o risco de morte e doenças cardiovasculares diminui 6%. Porém, ao mesmo tempo, as chances de morte por câncer aumentam 4%.
A escolha da altura ideal não é uma tarefa fácil. Segundo a nova pesquisa, alguns hormônios associados ao crescimento, determinados, principalmente, por fatores genéticos, fazem com que o corpo fique mais sensível à ação da insulina.
Esse fator influencia positivamente o metabolismo de lipídios, que é a quebra das gorduras em partículas menores, para que elas possam ser utilizadas pelo organismo.
A insulina produz uma enzima chamada lipoproteína lipase (LPL), que leva essas partículas para dentro das células: lá, elas são usadas como energia, estrutura e em muitos outros processos. Na falta dessa enzima, a gordura fica na corrente sanguínea, e não nas células - e isso aumenta as chances de doenças cardiovasculares e de diabetes tipo 2. Como as pessoas mais altas são mais sensíveis à insulina, esse problema é recorrente nos baixinhos.
Só que nem tudo é perfeito para os altos: o aumento da insulina estimula a proliferação celular e inibe a apoptose (morte celular programada). Isso pode resultar no aparecimento de um tumor, que pode ser maligno. Todos esses fatores foram analisados isoladamente, excluindo outros fatores, como o peso corporal e a dieta.
O estudo aponta que os médicos devem ficar mais atentos à altura dos pacientes, se querem prevcenir doenças crônicas. Saber que uma pessoa alta tem mais chances de desenvolver câncer e que uma baixinha tem mais facilidade em acumular gordura pode ajudar a detectar os problemas antes que eles se tornem fatais.