Em entrevista ao jornal O Globo, do Rio de Janeiro, o presidente da SBOC, Dr. Gustavo Fernandes, comentou a nova técnica que faz as células do tumor “brilhar” para facilitar a remoção.
De acordo com o médico, a tecnologia é bem-vinda. “Se o cirurgião tirar menos tecido do que necessário, depois vai precisar informar ao paciente de que ele ainda tem resíduos de câncer e terá que voltar à mesa de cirurgia. Se tirar demais, pode prejudicar o nervo do paciente, deixando sequelas como perda do movimento de um braço, por exemplo. A previsão é determinante para a qualidade de vida do paciente”, explica.
O método foi desenvolvido em parceria com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) e a Lumicell Inc., empresa especializada na detecção de câncer criada pelo MIT.
O tema foi publicado na edição de janeiro da revista “Science Translational Medicine". O estudo feito com 15 pacientes submetidos à retirada de sarcoma e câncer de mama evidencia que o agente, um líquido azul chamado LUM015, é injetado no paciente no início da cirurgia e faz realçar os tecidos cancerosos sem provocar efeitos adversos.
Principal autor da pesquisa, o especialista David Kirsch ressaltou que esse é o primeiro agente de imagem para câncer ativado por enzimas que teve sua segurança comprovada em humanos.
Confira a matéria na integra: