O interesse por uma área ainda pouco abordada na graduação em medicina, a oncologia, levou 632 estudantes de faculdades médicas de todas as regiões do país a participarem da I Gincana Nacional da Oncologia para Acadêmicos, promovida pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) – e três entre eles acabam de se sagrar campeões da competição virtual.
Após três meses de desafios e aprendizados, sobem ao pódio João Vitor Barbosa de Resende, da Universidade de São Paulo (USP), em primeiro lugar; Amaro Freire de Queiroz Júnior, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em segundo; e Gabriela Aparecida Schiefler Gazzoni, da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI). Todos serão premiados com participação gratuita no congresso SBOC 2021, mas o campeão ganhará também as passagens para o local do evento e a hospedagem; já o segundo também ganha as passagens.
A presidente da SBOC, Dra. Clarissa Mathias, celebrou o resultado e a participação de todos. “É muito gratificante testemunhar o interesse de centenas de estudantes de medicina, os futuros médicos brasileiros, por uma área tão desafiadora como a oncologia”, afirma. “Contribuir para que esse interesse manifestado ainda na graduação renda frutos adiante é um privilégio para a SBOC, que seguirá comprometida com a formação profissional médica de qualidade”, garante.
Entre os participantes, 87% disseram ter interesse em fazer residência médica em oncologia clínica. É o caso do grande vencedor da competição, o mineiro João Vitor Barbosa de Resende, de 24 anos de idade, que se divide entre a paixão pela oncologia e a psiquiatria. Há seis anos, ele se mudou de sua cidade natal, Conselheiro Lafaiete (MG), para cursar a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP). “A oncologia sempre foi uma área que me despertou curiosidade e interesse pelo impacto que tem na vida das pessoas e por envolver diversos campos da medicina, sejam mais técnicos ou científicos, mas principalmente pela aproximação e pelo entendimento do paciente”, conta.
O vice-campeão, Amaro Freire de Queiroz Júnior, de 23 anos, também mudou de cidade para construir seu sonho de se tornar médico. Natural de Natal (RN), foi de Caruaru (PE) que disputou cada etapa da Gincana, onde já exerce seus estágios de internato pela UFPE. O interesse pela competição, conta, veio da sua paixão pela ciência. “Estar vinculado à área clínica da medicina é uma consequência de todo o processo de ensino-aprendizado, mas minha verdadeira paixão e o que me move nas entrelinhas deste curso é a ciência. Incorporado ao desejo de ver as novas descobertas e tecnologias sendo aplicados à área para proporcionar mais conforto ou mesmo aumentar as chances de cura dos pacientes, isso é que move meu amor e carinho pela oncologia, e a gincana só ratificou essa afeição.”
Em Itajaí (SC), Gabriela Aparecida Schiefler Gazzoni, de 23 anos, também viu crescer seu interesse pelo conhecimento oncológico ao longo da competição. “Desde adolescente, sempre tive um envolvimento com a oncologia, que me instigava, impulsionava e motivava a entrar na faculdade de medicina e poder conhecer a área melhor. Desde então, continuei seguindo a minha paixão pela área, procurei aprofundar meus estudos em oncologia e hoje sou muito feliz com essa potencial escolha profissional, ainda mais forte após a participação na Gincana.”
A Gincana para Acadêmicos seguiu os moldes da tradicional Gincana Nacional da Oncologia para Residentes, já na sua 5ª edição. Realizada em uma plataforma on-line segura, que garantiu a transparência ao longo de toda a competição, contou com casos selecionados abordando aspectos básicos e fundamentais da oncologia clínica, como diagnóstico, estadiamento, história natural da doença, epidemiologia, biologia molecular oncológica e emergências oncológicas.