Os pensamentos e condutas de uma pessoa podem alterar seu epigenoma, ou a dinâmica que determina a expressão dos genes. Este foi o ponto central da palestra da pesquisadora Adriana Madeira, da Universidade do Espírito Santo na Conferência “Epigenomica: interação ambiente, hábitos, bem-estar e expressão gênica”. Alguns pontos foram destacados na apresentação, com relação ao surgimento do câncer, como associação entre stress e aumento do cortisol. O hormônio, quando a níveis maiores do que os padrões, leva a uma diminuição da imunidade e a quadros de inflamação. Na apresentação a pesquisadora destaque que estes são fatores de risco para o surgimento de tumores. “O aumento do stress pode modificar o epigenoma, por exemplo, o receptor do glicocorticóide cerebral pode silenciar pelo aumento do stress causado pela falta de afetividade e atenção na infância”, comenta Adriana Madeira.
Sobre o tratamento oncológico, a pesquisadora destaca o fato de as práticas integrativas associadas no tratamento de tumores levarem à melhoria do bem-estar, aumento da imunidade e melhora da resposta ao tratamento. “Acredita-se que o desequilíbrio do eixo psico-neuro-endócrino-imune leva à mudanças epigenéticas nas células. Não é uma visão holística, mas cientifica, há muitos estudos que mostram que nossas vibrações afetam a saúde. Os estados vibracionais são contagiosos, precisamos estudar muito ainda.” Participaram dos debates Israel Gomy e Vania Assaly.
*Matérias publicadas no jornal diário do 19º Congresso da SBOC pela equipe da Onco & com a colaboração de Andrea Penna (reportagem SBOC).