Corresponsável pela aprovação da incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) de tratamentos revolucionários contra o melanoma metastático, um dos tipos mais graves de câncer de pele, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) defendeu, em audiência na Câmara dos Deputados realizada na manhã de hoje (8), medidas que garantam o pleno acesso dos pacientes da rede pública aos medicamentos.
Convocada pela Comissão Especial de Combate ao Câncer no Brasil, a audiência pública ouviu da vice-presidente da SBOC, Dra. Andreia Melo, dados científicos que evidenciam os benefícios oferecidos pelos tratamentos, aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em 2011 e apenas em 2020 pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC). “Ainda assim, é possível contar nos dedos das mãos as unidades de assistência de alta complexidade em oncologia (UNACON) e centros de assistência de alta complexidade em oncologia (CACON) que de fato oferecem os tratamentos aos pacientes”, lamenta.
Tratam-se das imunoterapias com nivolumabe e pembrolizumabe. “De acordo com os estudos apresentados sucessivamente pela SBOC à CONITEC, a expectativa de vida de um paciente tratado com a quimioterapia padrão do SUS, muitas vezes, não chega a um ano, enquanto que com a imunoterapia mais da metade dos pacientes vive após cinco anos de diagnóstico”, conta Dra. Andreia Melo. Os estudos mostram, ainda, bons resultados inclusive entre aqueles com metástases no sistema nervoso central.
Além da defesa de medidas que garantam o acesso do paciente da rede pública aos tratamentos já aprovados pela CONITEC, a SBOC tem atuado na formulação das Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas (DDT) para o câncer de pele. Documentos baseados em evidências científicas, as DDT norteiam as melhores condutas para o cuidado oncológico em cada subespecialidade.
Também participaram da audiência Arn Migowski Rocha dos Santos, chefe da Divisão de Detecção Precoce de Câncer e Apoio à Organização de Rede do Instituto Nacional de Câncer (INCA), representando o Ministério da Saúde; Klébya Hellen Dantas de Oliveira e Suely Nilsa Guedes de Sousa, da Coordenação de Gestão de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde; Suyanne Camille Caldeira Monteiro, do Departamento de Atenção Especializada e Temática do Ministério da Saúde; Dr. Gélcio Mendes, oncologista e coordenador de Assistência do INCA; Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia; Eduardo Calderari, vice-presidente executivo da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (INTERFARMA); e Carla Fernandes, vice-presidente do Instituto Melanoma Brasil.
Acesse a íntegra da audiência pública no site da Câmara dos Deputados.