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Na Câmara, SBOC apresenta guia de imunização de pacientes oncológicos Destaque

Notícias Sexta, 13 Maio 2022 21:12

A secretária-geral da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dra. Maria Ignez Braghiroli, participou nesta sexta-feira, 13 de maio, de audiência pública realizada pela Comissão Especial do Câncer da Câmara dos Deputados para debater a imunização dos pacientes oncológicos. A discussão, solicitada pela deputada Silvia Cristina, teve por objetivo oferecer subsídios para o trabalho dos parlamentares.

Dra. Maria Ignez apresentou aos debatedores e espectadores o guia “Vacinação no paciente oncológico”, realizado pela SBOC e pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), que recebeu mais de 450 de downloads e acessos desde a sua publicação, em junho de 2021.

“Quem tem imunossupressão, como pacientes oncológicos, pode ter manifestações mais graves de doenças como a Covid-19 ou a Influenza, algo já conhecido. Por isso, fazemos campanhas para imunização nesses pacientes. No manual, mostramos quais são as vacinas contraindicadas e as recomendadas a eles, pois é muito importante que a comunidade médica tenha esse conhecimento”, disse.

Outro ponto focal sobre o tema é a vacinação de contatos domiciliares. Ou seja, em caso de contraindicação de uma determinada imunização para o paciente oncológico, uma forma de proteção relevante é solicitar às pessoas próximas que se vacinem.

A representante da SBOC na audiência também ressaltou o papel central do médico na orientação dos pacientes, que muitas vezes não sabem que podem, sim, tomar determinadas vacinas. “A de Influenza já está bem estabelecida. Chega o mês de maio e os pacientes perguntam se podem ir tomar. Mas não é assim com outras vacinas, principalmente as pneumocócicas. O paciente depende do encaminhamento médico para saber se deverá tomar e quando.”

Igualmente relevante é o papel do oncologista na hora de avaliar as imunizações contraindicadas – normalmente as vacinas com vírus e bactérias atenuadas vivas. “Quem faz quimioterapia ou fez transplante de medula é o principal alvo da contraindicação, mas há variabilidade. Para outros pacientes oncológicos, isso pode não se aplicar. É muito importante que o médico defina. De qualquer forma, o material da SBOC lista as vacinas que merecem atenção especial pelo risco”, argumentou Dra. Maria Ignez.

Dado muito relevante do documento da SBOC, apresentado pela secretária-geral durante a audiência pública, é a taxa de vacinação versus a atitude do médico e/ou paciente. Foi notado que quando médicos e pacientes oncológicos têm atitude positiva diante da vacinação, essa taxa é de 90%. Caso o paciente não tenha essa caraterística, o número cai para 70%. Agora, ainda que o paciente tenha atitude positiva sobre imunizações, se o médico não indicar a vacinação, a taxa fica na casa dos 8%.

Audiência pública

Além da Dra. Maria Ignez Braghiroli, participaram da audiência o deputado federal Weliton Prado; a coordenadora de Advocacy do Instituto Oncoguia, Helena Esteves; o diretor do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Nilo César do Vale Baracho; a representante do Ministério da Saúde, Adriana Regina Farias Pontes Lucena; e as representantes dos pacientes oncológicos no Sistema Único de Saúde Eliane Ramos e Daniela Catunda.


A expectativa a partir deste encontro, requisitado pela deputada federal Silvia Cristina, é que entidades do setor da Oncologia, sociedade civil e membros dos Poderes Executivos Federal, Estadual e Municipal encontrem soluções eficazes para ampliar o número de pacientes oncológicos vacinados, que têm maior probabilidade de desenvolver quadros de imunocomprometimento grave.

Confira a transmissão na íntegra neste link.

Última modificação em Sexta, 13 Maio 2022 21:14

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