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Presidente da SBOC diz que Ministério da Saúde precisa investigar remédio brasileiro

Notícias Quinta, 01 Outubro 2015 16:48

Presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), o médico Evanius Wiermann defende que os órgãos públicos, entre eles a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) e o próprio Ministério da Saúde abandonem a inércia e saiam a campo dispostos a esclarecer em definitivo a opinião pública, em especial os pacientes de câncer, sobre os reais benefícios da medicação Fosfoetanolamina Sintética, entregue gratuitamente pelo Correio. Dezenas de pessoas relatam grande melhora com o uso da substância. Leia a reportagem e ouça entrevista.

A declaração do presidente da entidade ocorre no âmbito de uma polêmica. Não autorizado pelo governo brasileiro, o medicamento tem sido distribuído em larga escala para centenas de pacientes com câncer de todo o Brasil e também do exterior. A droga Fosfoetanolamina é produzida exclusivamente nos laboratórios da Universidade de São Paulo em São Carlos.

Descoberta na década de 90 por Gilberto Orivaldo Chierice e Salvador Claro Neto, químicos da USP, passou a ser usada em maior escala há cerca de dez anos. A fórmula tem sido utilizada a partir de um pedido médico e autorização da Justiça. Sua existência já repercute no exterior. Entretanto, nas quatro vezes em que os pesquisadores tentaram submeter a fórmula à avaliação da Anvisa, um excesso de burocracia inviabilizou o parecer.

Evanius Wiermann salientou que, como médico, jamais poderia sugerir que seus pacientes recorressem a uma substância cuja eficácia não está comprovada:

- É como um placebo. Muitos pacientes ao ingerir o falso remédio apresentam melhora na saúde. Mas óbvio que a fórmula não é eficaz. Portanto, um teste profundo se faz necessário. E este procedimento é normal em todo o mundo. Não vou receitar uma substância que não foi legalizada.

Para ele, a falta de resposta oficial e definitiva sobre a aplicação ou não da droga pode conduzir milhares de pessoas a um problema muito maior, que seria a ilusão quanto à cura:

- A substância pode não ser adequada e isso trará sérios danos a quem dela fizer uso. Especialmente se o paciente foi instado a abdicar do tratamento convencional. Entretanto, em caso positivo sobre o seu benefício, o seu uso adequado poderia também merecer melhor atenção - diz.

Na prática, o temor de Evanius Wiermann já é realidade. São milhares de pacientes de todo o mundo pedindo a fórmula, através de medida judicial, e se beneficiando dela. Tudo sem o controle dos órgãos públicos. Estes, por sua vez (não é demais repetir), têm revelado uma inércia surpreendente diante de algo que ganha vulto de escândalo internacional.

Confira a matéria completa na integra: http://www.conexaojornalismo.com.br/colunas/saude/bemestar/sociedade-medica-diz-que-ministerio-da-saude-precisa-investigar-remedio-brasileiro-70-40829

 

Última modificação em Segunda, 05 Setembro 2016 18:26

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