Neste sábado, 18 de novembro, terceiro e último dia de XXIV Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, foi dado prosseguimento às diversas discussões sobre as subespecialidades oncológicas e sobre o acesso e o tratamento dos pacientes com câncer, motes do evento deste ano.
Uma das sessões mais movimentadas foi a final da Gincana Nacional da Oncologia para Residentes, que pela primeira vez, neste ano, teve o seu campeão descoberto em uma atividade ao vivo.
Os cinco finalistas da Gincana participaram, primeiro, de uma sessão de perguntas individuais, às quais puderam responder com auxílio de um colega especialista convidado. Na sequência, houve uma rodada de perguntas com três opções de respostas e indicação de ajuda da plateia. O candidato que apertasse o botão primeiro, pôde responder. Houve, ainda, um segundo módulo de resolução de cinco casos clínicos – com auxílio dos convidados –, que foram classificados com notas.
Em uma disputa bastante equilibrada, a vencedora foi Dra. Marina Acevedo Zarzar de Melo (Icesp). Como premiação, ela recebeu pacote completo (inscrição, hospedagem e passagem) para o Congresso da American Society of Clinical Oncology (ASCO) 2024, em Chicago (EUA). Dra. Camila Marchi Blatt foi 2º lugar e recebeu inscrição e passagem, enquanto a 3º colocada Dra. Erika Bushatsky Andrade de Alencar recebeu apenas inscrição.
Joint sessions
Ao longo do dia, aconteceram diversas sessões conjuntas com entidades importantes, como a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH) e a ASCO.
Dra. Narjust Florez, representante da entidade estadunidense, centrou sua fala nos desafios dos jovens médicos no desenvolvimento de suas carreiras em oncologia. “Esses médicos querem saber quem vai escutá-los. E estou aqui para mostrar que a ASCO pode ajudá-los com isso.”
Ela apresentou diversas iniciativas da entidade, como as publicações científicas e veículos nos quais podem ser divulgados artigos de pesquisas e resumos científicos – blogs e podcasts da instituição. Dra. Narjust também estimulou a participação de brasileiros em encontros virtuais e presenciais da ASCO, bem como no programa de mentoria gratuito com oncologistas clínicos de perfil sênior de todo o mundo.
Em outro ângulo, a venezuelana radicada nos Estados Unidos falou sua experiência sobre ser uma mulher latina construindo uma carreira em outro país. “Também lembro que nós devemos seguir nossos próprios padrões de desenvolvimento profissional, sem nos compararmos aos demais”, comentou.
Dra. Anelisa Coutinho, presidente eleita da SBOC, também esteve na sessão ressaltando este tópico. “É muito importante cuidarmos de nós mesmos. Tentamos ensinar isso para os jovens oncologistas. Eles precisam estudar, trabalhar e se dedicar, mas com equilíbrio. Nós não podemos ter pessoas adoecidas cuidando dos pacientes”, afirmou.
Outro módulo importante foi o de pesquisa clínica, coordenado por Dr. Fábrio Franke, membro do Conselho Fiscal da SBOC. A sessão reuniu representantes de entidades de diversas faces envolvidas no tema, de modo a debater a legislação sobre o tema e a condução na prática destes estudos.
Ao longo do dia, também foram discutidos tumores gastrointestinais, mamários, pulmonares, colorretais e melanoma. Encerrados os debates científicos, os associados da SBOC se reuniram para a Assembleia Ordinária Geral da entidade, realizada ao fim do Congresso.