Durante seis semanas, entre março e maio, jovens médicos se reuniram com especialistas para discutir, refletir e aprender mais sobre a organização de dados e a produção de artigos acadêmicos. Assim foi a primeira edição do Programa de Escrita Científica da Brazilian Journal of Oncology (BJO), que organizou a iniciativa com o objetivo de incentivar a escrita científica no Brasil.
Ao todo, foram selecionados treze candidatos matriculados em programas de residência médica de oncologia clínica, oncologia pediátrica, cirurgia oncológica e radioterapia, ou que concluíram esses programas a partir de 2021, com idade inferior a 40 anos. Destes, cinco tiveram o acompanhamento de um tutor, enquanto os demais participaram como ouvintes, conforme os critérios definidos em edital.
Ao todo, foram cinco encontros on-line e um presencial, em São Paulo (SP), na sede da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC). Nas reuniões, os participantes aprenderam sobre organização de dados de pesquisas, estruturação de artigos, uso de tabelas, gráficos, palavras-chave e escolha de títulos.
Os encontros foram coordenados pelo oncologista clínico e editor-chefe da BJO, Dr. Auro del Giglio. “O programa foi importante para aprimorar a produção científica de residentes e jovens especialistas, aperfeiçoando habilidades de escrita, estimulando a contribuição com a literatura médica e preparando-os para os desafios da pesquisa e da publicação científica”, comentou.
Uma das participantes, a oncologista clínica porto-alegrense Dra. Letícia de Jesus Rossato, afirma que o Programa foi uma grande oportunidade no desenvolvimento de habilidades na escrita científica. “Tive o privilégio de estar sob a mentoria de um expoente da oncologia clínica e estou muito grata por poder contribuir com a construção do conhecimento científico no nosso país.”
Segundo a cirurgiã oncológica paulistana Dra. Rebeca Hara Nahime, os encontros tiveram discussões de alto nível. “Gostaria de parabenizar a todos pelo Programa. Foram semanas muito enriquecedoras de troca de conhecimento. Pudemos aprender com especialistas as nuances da produção de um artigo desde a base”, comentou.
“O conteúdo foi bem distribuído e os médicos que ministraram as aulas se mostraram sempre dispostos a ajudar, sanar dúvidas e contribuir para o nosso aprendizado. Além disso, a tutoria oferecida permitiu discussões mais aprofundadas e específicas no meu artigo científico, de modo que pude organizar e estruturar melhor os dados, enriquecendo meu projeto”, afirmou a Dra. Giovanna Vieira Giannecchini, oncologista clínica do Rio de Janeiro (RJ).
A BJO é um periódico científico sobre oncologia e áreas correlatas, publicado em conjunto pela SBOC e as Sociedades Brasileiras de Cirurgia Oncológica (SBCO), de Radioterapia (SBRT) e de Oncologia Pediátrica (SOBOPE).