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Cinco novos Comitês, vaga para jovens oncologistas e rotatividade de membros: as novidades dos Comitês da SBOC em 2025

Notícias Quinta, 20 Fevereiro 2025 17:48

Entre as principais novidades dos Comitês de Especialidades e Temáticos da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), está a presença de um jovem oncologista em 26 dos grupos. Eles foram selecionados por edital com o objetivo de auxiliá-los a construírem conexões com colegas mais experientes.

Também em 2025 foram criados cinco novos Comitês: de Oncogeriatria, de Adolescentes e Adultos Jovens, de Prevenção e Rastreamento, de Dados de Vida Real e de Cuidados em Sobreviventes.

As mudanças fazem parte da renovação anual dos membros dos Comitês, cujo objetivo é expandir a atuação da SBOC e estimular a colaboração de mais associados. Em 2025, 140 membros SBOC de diferentes regiões do Brasil compõem os 30 Comitês da entidade.

Cada um deles foi desenvolvido a partir das prioridades e lacunas identificadas pela atual gestão da entidade. O Comitê de Oncogeriatria foi estabelecido para atender às demandas do envelhecimento populacional e à necessidade de políticas públicas mais abrangentes nesta área. Seu foco está na melhoria da qualidade do atendimento oncológico nessa população e na formulação de diretrizes específicas.

"Nossas discussões serão sobre os tópicos mais relevantes para o atendimento e cuidado dos pacientes idosos com câncer, incluindo protocolos de tratamento, adesão terapêutica, aspectos psicológicos e muito mais”, comenta a coordenadora do grupo, Dra. Ludmila Muniz Koch. “Esses debates podem ajudar a garantir que as necessidades dos pacientes sejam atendidas de maneira eficaz, melhorando seus desfechos de saúde e qualidade de vida”, comenta

Já o Comitê de Adolescentes e Adultos Jovens foi criado para suprir a falta de um enquadramento específico para esse público, que se encontra entre as categorias infantil e adulta. O aumento da incidência de câncer nessa faixa etária reforça a importância dessa discussão.

Coordenadora deste Comitê, Dra. Ana Izabela Kazzi enfatiza a necessidade de,  “discutir políticas públicas e melhorias na transição do cuidado entre a oncologia pediátrica e clínica, além de desenvolver uma linha de cuidados específica para os adultos jovens com câncer de forma a melhorar a assistência e reduzir as disparidades”.

Com os números de casos de câncer crescendo em todo o mundo, há cada vez mais pessoas que superam a doença e se tornam sobreviventes. Por isso, foi criado também o Comitê de Cuidados em Sobreviventes, cujo foco serão os impactos físicos, psicológicos, sociais e financeiros decorrentes do câncer e seu tratamento.

Para a coordenadora do Comitê, Dra. Luciana Landeiro, o cuidado compartilhado entre oncologistas, atenção primária e ouras especialidades médicas serão prioritários, garantindo integração e sustentabilidade entre essas ações. “Buscaremos também ampliar o discussão sobre a gestão de efeitos tardios para prevenir complicações; e a participação dos pacientes na definição de políticas para um acompanhamento contínuo e centrado em suas necessidades”.

O Comitê de Prevenção e Rastreamento, por sua vez, pretende fortalecer iniciativas que promovam um ambiente no qual mais diagnósticos ocorram de maneira precoce, favorecendo os desfechos clínicos, explica o Coordenador, Dr. Gilberto Amorim.

“Queremos debater mais o rastreamento do câncer de mama a partir dos 40 anos no SUS, viabilizar a implementação do rastreamento do câncer de intestino com colonoscopia a partir dos 45 anos e garantir a realização da tomografia para detecção precoce do câncer de pulmão em pessoas com alta carga tabágica”, detalha.

Por fim, o Comitê de Dados de Vida Real terá como objetivo conscientizar oncologistas e gestores sobre a importância das evidências geradas por estudos do mundo real para decisões clínicas e a sustentabilidade do setor da saúde.

"Vamos trabalhar na construção da confiança pública sobre a importância da integridade na coleta dos dados, a transparência no tratamento da informação, além de práticas éticas na sua análise e publicação", explica o coordenador Dr. Rodrigo Dienstmann.

Para tornar o fluxo de trabalho mais dinâmico, cada Comitê terá um facilitador (Liaison), função desempenhada por algum integrante da Diretoria. Eles atuarão como elo entre os membros do Comitê e a gestão da SBOC ao longo de 2025, buscando assim assegurar um melhor alinhamento estratégico das ações da entidade.

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