O Ministério da Saúde recebeu nesta segunda-feira, 13 de outubro, no almoxarifado do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), o primeiro lote de Trastuzumabe Entansina – medicamento essencial incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento do câncer de mama HER2 positivo. A chegada do medicamento ao Brasil marca um avanço histórico no acesso a terapias modernas e personalizadas no país.
Indicado principalmente para pacientes que ainda apresentam sinais da doença mesmo após a quimioterapia inicial, o Trastuzumabe Entansina oferece uma nova possibilidade de controle e qualidade de vida para milhares de mulheres brasileiras.
“A incorporação desse medicamento ao SUS é um marco para a oncologia nacional”, comenta a Presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dra. Angélica Nogueira. “Trata-se de um tratamento de altíssima eficácia, que já demonstrou impacto significativo na sobrevida e na qualidade de vida das pacientes com câncer de mama HER2 positivo. A incorporação dessa terapia é uma vitória para as mulheres e para o sistema público de saúde brasileiro”, complementa a oncologista que participou do evento de recebimento do medicamento.
A priorização e avaliação de novos medicamentos a serem incorporados ao SUS estão entre as áreas de atuação do Comitê de Assessoramento Técnico em Oncologia ao Ministério da Saúde, formado pela SBOC e seus especialistas. O grupo contribui com análises baseadas em evidências científicas, custo-efetividade e impacto orçamentário, garantindo que as decisões da Pasta sejam sustentadas por critérios técnicos e pelo compromisso com a equidade.
“Esse resultado é também um reconhecimento do esforço conjunto de especialistas que integram o comitê da SBOC e trabalham para garantir que as melhores práticas e tecnologias cheguem a todos os brasileiros, de forma equitativa e sustentável”, complementa Dra. Angélica.
Segundo o Ministério da Saúde, ao todo, serão quatro lotes do medicamento. As próximas entregas estão previstas para dezembro de 2025, março e junho de 2026. Os insumos atenderão 100% da demanda atual pelo medicamento no SUS, beneficiando 1.144 pacientes em 2025.
Com essa incorporação, o Brasil se alinha às recomendações internacionais de tratamento para o câncer de mama HER2 positivo e reafirma o papel da SBOC como parceira estratégica na construção de políticas públicas de saúde oncológica.