O estudo foi apresentado na conferência anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco), que aconteceu em Chicago, no início de junho
Médicos norte-americanos iniciaram um tratamento experimental em pacientes diagnosticadas com câncer de colo de útero, causado pelo HPV. Os pesquisadores substituíram a quimioterapia pela técnica da imunoterapia. O tratamento consistiu em eliminar os tumores das mulheres afetadas e coletar células imunológicas específicas: os linfócitos T. Esses tecidos estavam em volta dos tumores e desempenham um papel-chave: eles atacam o vírus do papiloma humano (HPV).
O HPV é uma doença sexualmente transmissível contraída pela maioria dos adultos. Embora possa ser inofensivo, o HPV contém algumas cepas agressivas que podem provocar verrugas genitais. Esses tumores podem causar o câncer de colo de útero, de ânus, de cabeça, de pescoço ou de garganta.
Setenta por cento dos casos de câncer de colo de útero, também conhecido como câncer cervical, são causados pelas cepas 16 e 18 do vírus do papiloma humano.
O estudo foi apresentado no dia 2 de junho, durante a conferência anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco, em inglês) realizada em Chicago. No entanto, a técnica descrita ainda está longe de ser utilizada em escala. É preciso investigar a eficácia da sua aplicação porque o tratamento funciona somente em alguns casos.
O câncer de colo de útero afeta cerca de 530 mil mulheres por ano em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), anualmente a mortalidade atinge mais de 270 mil mulheres, a maioria em países em desenvolvimento.
O link abaixo traz a íntegra da matéria com a explicação dos médicos e o relato das pacientes que se submeteram ao tratamento. Confira também um infográfico com informações sobre o HPV.
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/06/tratamento-inedito-erradica-cancer-de-colo-de-utero-em-duas-pacientes.html