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Demanda por oncologistas clínicos deve se manter elevada na próxima década

Notícias Terça, 23 Maio 2017 14:53

Embora a quantidade de vagas de residência médica em oncologia clínica tenha aumentado 237% de 2006 a 2014 no Brasil, passando de 75 a 253, a projeção para 2020 é um déficit de 36,8% de especialistas para atender os pacientes com câncer no país. Os números são de um artigo publicado na edição de estreia da Brazilian Journal of Oncology (BJO), revista científica da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

“Este é o primeiro relatório brasileiro alertando sobre esse problema de saúde pública. Esta pesquisa mostra a necessidade de um programa de monitoramento de assistência oncológica em todas as regiões do país”, afirmam os autores.

Entre as razões levantadas para a insuficiência de oncologistas clínicos no Brasil estão o aumento e o envelhecimento da população e o maior tempo que as pessoas estão vivendo após o diagnóstico de câncer.

Síndrome de Burnout

Apesar de não terem dados estatísticos, os pesquisadores citam também que os jovens oncologistas tendem a trabalhar uma quantidade de tempo menor ao dia por priorizarem o equilíbrio entre as responsabilidades profissionais e a vida pessoal.

Nos Estados Unidos, esta é uma discussão em voga. Artigo da revista Nautilus, focada na ciência e suas conexões com a vida das pessoas, coloca a síndrome de Burnout, a doença do esgotamento profissional, como uma das explicações para que os oncologistas tenham uma carreira mais curta, produtividade comprometida e até mesmo para que os jovens médicos deixem de escolher a especialidade.

Em pesquisa da American Society of Clinical Oncology (ASCO) respondida por mais de mil oncologistas em 2014, somente 33,4% estavam satisfeitos com seu equilíbrio entre vida profissional e familiar.

O autor do texto, David Korones, pediatra hematologista e oncologista da University of Rochester Medical Center, em Nova York, aponta a necessidade de mudanças sistêmicas, a exemplo da contratação de mais profissionais de apoio como enfermeiros, médicos assistentes, psicólogos; limite do número de horas de trabalho para os médicos oncologistas; identificação daqueles que estão na trilha do esgotamento e estímulo para que consigam superar seus desafios e adotar hábitos mais saudáveis.

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