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Equipe Grano

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Reforçando as ações de Agosto Branco, os membros do Comitê de Tumores Torácicos da SBOC Dr. Vladmir Lima (coordenador), Dra. Eldsamira Mascarenhas e Dr. Tiago Heinen falam sobre câncer de pulmão em pessoas que não fumam.

O grupo de comunicação O Estado de S.Paulo realizou nesta quinta-feira (31), na cidade de São Paulo, a 5ª edição do Retratos do Câncer - evento que reúne especialistas para discutir caminhos possíveis para enfrentar essa doença.  A Presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dra. Angélica Nogueira, participou da mesa de abertura, que discutiu “Prevenção, diagnóstico e tratamento no Brasil: avanços, desafios e sustentabilidade.”

Mediada pela jornalista Thaís Manarini, editora de Saúde e Bem-estar do Estadão, a mesa contou também com as presenças da coordenadora do Comitê de Tumores Ginecológicos da Sociedade e Chefe da Divisão de Pesquisa Clínica e Desenvolvimento Tecnológico do INCA, Dra. Andréia Melo; da chefe do Laboratório de Inovação em Câncer do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), Dra. Luisa Villa; e do diretor médico do A.C.Camargo Câncer Center, Dr. Antônio Antonietto.

Em conjunto, os especialistas exploraram os principais obstáculos e possíveis soluções para a oncologia no Brasil, com um foco particular em medidas preventivas e políticas públicas. A conscientização da população em relação aos fatores de risco para o desenvolvimento do câncer ganhou destaque, com os médicos lembrando que medidas simples de cuidados diários e bons hábitos podem reduzir significativamente as chances do surgimento de neoplasias.

Dra. Angélica Nogueira usou como exemplo os tumores de pele, os mais comuns ao redor mundo, mas que podem ser prevenidos na maioria dos casos a partir do uso regular e correto do protetor solar – prática com baixa adesão entre a população do Brasil, país com alta exposição à irradiação solar.

A presidente da SBOC alertou que, apesar dos avanços, mais de 50% da população adulta brasileira está acima do peso, e 20% é obesa – condição que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), aumenta o risco para pelo menos 13 tipos de câncer. “A OMS tem demostrado também que não há quantidade segura de consumo de álcool. Assim, qualquer dose consumida aumenta o risco de o câncer surgir”, comento.

A Presidente da SBOC também dedicou atenção especial à importância da vacinação, especialmente contra o Papilomavírus Humano (HPV), principal causador do câncer de colo do útero. “Essa é uma doença controlada em países de alta renda, mas é a terceira causa de casos de câncer entre mulheres brasileiras”, explicou.

Ela lembrou da alta adesão à vacina quando, em 2014, houve aplicação nas escolas, alcançando mais de 90% das meninas brasileiras, celebrando recente decisão do Ministério da Saúde, tomada em 2024, de retomar a vacinação em escolas.

Questionada sobre uma possível resistência da população às vacinas, em um cenário pós-pandêmico, Dra. Angélica Nogueira citou uma tese recém-defendida por sua doutoranda Dra. Lygia Soares – associada SBOC em Natal (RN). O estudo, realizado com 2 mil brasileiros de todas as regiões não demonstrou associação entre pandemia e piora da resistência vacinal. 

“A conclusão dos dados é que o brasileiro é aberto à imunização. Claro que há nichos de resistência que fazem barulho, mas se tivermos decisões políticas adequadas de colocar a vacina certa no lugar certo, acredito que a cobertura vacinal atingirá a maioria da população”, analisou a Presidente da SBOC.

 

Acesso, diagnóstico e barreiras 

O acesso ao diagnóstico e ao tratamento do câncer foi outro ponto crucial do debate. Dra. Andréia Melo explicou que a jornada do paciente, a depender do tumor, é composta por fases de complexidade crescente, desde o rastreamento – com exames como mamografia e pesquisa de HPV-DNA – até, possivelmente, a biópsia e o início do tratamento. Etapas que podem tornar difícil o acesso de um paciente.

Nesse sentido, ela destacou que a falta de equipamentos e profissionais em todo o vasto território nacional é uma questão que precisa ser resolvida por meio de políticas públicas. A oncologista clínica enfatizou a necessidade de usar os dados existentes para que cada localidade desenvolva uma forma de cobrir sua área. 

A Dra. Angélica Nogueira aproveitou a discussão para trazer uma visão otimista para o futuro, mostrando como o desenvolvimento tecnológico pode ser uma aliada para superar barreiras de acesso e geográficas.

“Entramos em uma nova era com a inteligência artificial e novas tecnologias. Que a gente não subestime o poder transformador dessas ferramentas”, disse. “Hoje, a coleta de um material pode ser realizada localmente, mas o laudo pode ser feito centralmente, este é um movimento que o Ministério da Saúde já está fazendo”, completou.

A especialista adicionou, ainda, uma nova esperança para o futuro: a biópsia líquida, que tem potencial de diminuir a complexidade de exames na jornada do paciente. “Vamos entrar, se nos organizamos e usarmos bem os recursos, em um cenário melhor nas próximas décadas”, concluiu.

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Contemplados do FIP 2023

Entrevistas Quarta, 30 Julho 2025 14:12

Mais de um ano após receberem os grants do Fundo Incentivo à Pesquisa da SBOC , os pesquisadores Dr. Ricardo Sant'ana e Dra. Anna Cláudia dos Santos comentam sobre seus estudos e como os grants recebidos auxiliaram no desenvolvimento de seus trabalhos.

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) promove, até 30 de julho, a Consulta Pública (CP) Nº 61.

As tecnologias avaliadas é:

Exclusão do crizotinibe

Indicação: Tratamento, em primeira linha, de pacientes adultos com câncer de pulmão não pequenas células avançado ou metastático ALK+

    Com objetivo de capacitar e atualizar médicos generalistas, começou hoje (24 de julho), na cidade de São Paulo, o 3º Congresso de Medicina Geral da Associação Médica Brasileira (AMB). Entre os destaques da programação do primeiro dia de evento, a mesa sobre oncologia clínica, organizada pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), reuniu especialistas para discutir desde a prevenção e o diagnóstico precoce até os avanços da medicina de precisão, reforçando o papel crucial do médico generalista no enfrentamento do câncer.

    A sessão foi coordenada pela Presidente da SBOC, Dra. Angélica Nogueira, e pelo médico e advogado Dr. Zeus Tristão dos Santos, representante do Conselho Nacional de Médicos Jovens (CNMJ) da AMB.

    “Com o câncer a caminho de se tornar a principal causa de morte no Brasil, é uma honra para a SBOC participar de um evento tão relevante. Nosso objetivo foi trazer para o médico não especialista os elementos essenciais de rastreio e epidemiologia, ao mesmo tempo em que discutimos a revolução tecnológica que estamos vivendo na oncologia”, explicou Dra. Angélica.

    Membro do Comitê de Tumores Mamários da SBOC, Dra. Renata Colombo Bonadio realizou a primeira palestra da sessão:  “Biologia e epidemiologia do câncer: a ascensão à principal causa de morte e o papel do médico generalista na mudança deste cenário”. A especialista abordou o panorama atual do câncer, que se consolida como uma das principais causas de mortalidade no mundo, e destacou a importância do médico da atenção primária no reconhecimento de sinais de alerta e no encaminhamento ágil dos pacientes.

    “O câncer é uma doença que, em grande parte, pode ser evitada e é frequentemente curável quando diagnosticado precocemente”, enfatizou Dra. Renata. “Neste cenário, o médico generalista é o verdadeiro protagonista, atuando na educação, prevenção, rastreamento e na investigação correta das queixas do paciente. Mais do que tratar doenças, precisamos cultivar a saúde, e isso começa na atenção primária”, acrescentou.

    Em seguida, a oncologista clínica Dra. Larissa Muller Gomes, membro do Comitê de Lideranças Femininas da SBOC, apresentou a palestra “Prevenção e rastreamento oncológico baseado em evidências”. A discussão focou nas estratégias mais eficazes e comprovadas para a prevenção de diversos tipos de tumores e na importância de programas bem estruturados para a detecção precoce, o que aumenta significativamente as chances de cura. 

    “É muito mais eficaz cuidar do câncer diagnosticado em fase inicial. O papel do médico generalista é fundamental ao incentivar práticas preventivas, como a vacinação contra o HPV e a cessação do tabagismo, e ao guiar o paciente nos programas de rastreamento”, explicou Dra. Clarissa. “Precisamos conhecer as evidências, mas também entender a realidade de cada paciente e o que ele vai conseguir aderir, para que o rastreamento seja de fato efetivo”, apontou. 

    Fechando o ciclo de apresentações, o representante da SBOC no Sudeste (São Paulo), Dr. Pedro Luiz Uson, falou sobre “Oncologia de precisão e medicina personalizada em oncologia: onde estamos em 2025?”. O especialista traçou um panorama dos avanços que permitem tratamentos cada vez mais individualizados e com melhores resultados, e discutiu o que se pode esperar para o futuro próximo da oncologia.

    “A personalização do tratamento oncológico, através da análise de dados genômicos e do uso de tecnologias como a biópsia líquida, aumenta drasticamente as chances de sucesso com menor toxicidade para o paciente”, explicou. “O futuro está na medicina baseada em dados de vida real, que nos permitirá acelerar o conhecimento. Os maiores desafios que precisamos superar agora são o custo e a democratização do acesso a essas plataformas genômicas”, complementou Dr. Pedro.

    Ainda no primeiro dia de evento, a Diretora Executiva da SBOC, Dra. Marisa Madi, se reuniu com diretores e gerentes de diversas outras Sociedades médicas para troca de experiências. Além de fortalecer os vínculos entre as instituições participantes, o encontro discutiu possibilidades de agendas políticas e estratégicas em comum.

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    3º Congresso de Medicina Geral

    Com a presença de mais de 300 palestrantes renomados, o evento terá três dias de imersão intensa, com aulas, cursos e discussões de casos clínicos em 55 especialidades médicas.

    Segundo o Presidente da AMB, Dr. César Eduardo Fernandes, o médico na linha de frente, seja no consultório ou como pilar do SUS, precisa de conhecimento amplo e atualizado para além de sua área principal.

    “Este Congresso, que cresce de forma vertiginosa a cada edição, só é possível graças à união única que a AMB promove entre suas Sociedades de especialidades”, disse. “O nosso objetivo é claro: fortalecer, atualizar e unir os médicos para que o conhecimento adquirido aqui se transforme em um melhor atendimento, com mais ética e qualidade, para a população brasileira”, completou.

    O 3º Congresso de Medicina Geral da Associação Médica Brasileira segue até o próximo sábado, 26 de julho.

    A morte da cantora Preta Gil, aos 50 anos, vítima de câncer colorretal, reacendeu o alerta para o aumento expressivo da doença entre pessoas mais jovens. Em reportagem exibida pelo Bom Dia Brasil, da TV Globo, a coordenadora do Comitê de Tumores Gastrointestinais (Alto) da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dra. Maria Ignez Braghiroli, comentou dados do Ministério da Saúde que apontam o crescimento de 40% na incidência do câncer colorretal entre pessoas com menos de 50 anos.

    Segundo a especialista, fatores como hábitos alimentares inadequados, sedentarismo e obesidade estão entre os principais responsáveis por essa elevação. Ela reforçou a importância da realização da colonoscopia a partir dos 45 anos e da atenção a sinais como sangue nas fezes, alterações no hábito intestinal e perda de peso inexplicada, para garantir o diagnóstico precoce — fundamental para aumentar as chances de cura.

    Assista à reportagem completa no Globoplay.

    A Presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dra. Angélica Nogueira, participou do podcast JR 15 Minutos, do Jornal da Record, para comentar os impactos da morte da cantora e empresária Preta Gil, vítima de câncer colorretal aos 50 anos. No episódio, a oncologista alerta para o crescimento preocupante da doença entre pessoas com menos de 50 anos — grupo que, até pouco tempo atrás, não integrava as diretrizes de rastreamento. A entrevista ressalta que o câncer colorretal é o terceiro tipo que mais causa mortes no Brasil, apesar de ser altamente prevenível e tratável quando diagnosticado precocemente.

    Durante a conversa com o jornalista Eduardo Ribeiro, Dra. Angélica detalha os fatores de risco, sintomas iniciais e formas de prevenção, reforçando a necessidade de ampliar o acesso à colonoscopia e incentivar exames como o de sangue oculto nas fezes. Ela também destaca a importância da conscientização para que sinais como sangue nas fezes, alteração no hábito intestinal e perda de peso não sejam negligenciados. “É uma doença silenciosa e letal, mas que pode ser revertida com diagnóstico precoce”, afirma.

    Escute na íntegra.

    A Câmara dos Deputados aprovou nessa quarta-feira, 16 de julho, o requerimento de urgência do Projeto de Lei (PL) 785/2024, que institui o Exame Nacional de Proficiência em Medicina. Dessa forma, a proposta não precisa mais tramitar pelas comissões e poderá ser apreciado diretamente pelo plenário da Casa. Caso seja aprovado nessa instância, o projeto será encaminhado ao Senado.

    A aprovação do regime de urgência acontece após forte mobilização da Associação Médica Brasileira (AMB), suas Federadas e as Sociedades de Especialidades, entre as quais a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC). Na última segunda-feira, 15 de julho, as entidades enviaram uma carta em conjunto para sensibilizar os parlamentares sobre a relevância do tema. 

    Segundo a Presidente da SBOC, Dra. Angélica Nogueira, a apreciação do tema pelos congressistas é de extrema relevância para a sociedade brasileira. “Precisamos assegurar que os médicos que atendem a população estejam capacitados para tal. Nesse sentido, um exame de proficiência que comprove uma boa educação médica pode ser um mecanismo de proteção para os pacientes”, comenta a oncologista clínica.

    Para o presidente da AMB, Dr. César Eduardo Fernandes, essa foi uma vitória para os médicos. “Seguiremos atuantes para que esse projeto de lei seja aprovado, para que tenhamos médicos capacitados e atualizados, para que possam realizar um atendimento de qualidade aos pacientes”, disse.

     

    O Exame Nacional de Proficiência em Medicina

    O PL 785 pretende instituir o exame como requisito para o registro de médicos nos Conselhos Regionais de Medicina e para o exercício da profissão. A ideia inicial é que a avaliação seja feita nos últimos quatro anos da graduação e que cada uma das etapas tenha peso de 25% no desempenho geral. O texto prevê que a aprovação se dará ao atingir a nota mínima de 60% da pontuação possível.

    Para aqueles que não atingirem o índice, a proposta prevê uma repescagem por meio de uma avaliação global que abranja todo o conteúdo teórico e prático das quatro provas. A nota para aprovação também seria de 60%. Os candidatos reprovados não poderão, conforme o PL, realizar seu registro no respectivo Conselho. Também perderão o direito de prestar o Exame aqueles que não atingirem a nota em seis provas de repescagem.

    A defesa da AMB – apoiada pelas Federadas e Sociedades de Especialidades – em prol do exame se baseia na rápida expansão do número de cursos de medicina no país, muitos deles com infraestrutura e corpo docente inadequados.

    No entendimento da entidade, o Exame Nacional de Proficiência em Medicina tem o potencial de uniformizar e elevar os padrões da prática médica no Brasil. A Associação lembra que países que são referências em saúde, como Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, já implementaram modelos semelhantes de avaliação obrigatória para recém-formados. 

    A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) renovou sua parceria institucional com a Multinational Association of Supportive Care in Cancer (MASCC) – organização internacional voltada ao desenvolvimento dos cuidados de suporte no tratamento oncológico. A nova fase do acordo mantém ações conjuntas para ampliar o acesso de oncologistas brasileiros a programas de formação, conteúdo científico e oportunidades internacionais.

    Com a manutenção da parceria, os associados da SBOC podem se associar à MASCC com 50% de redução no valor da anuidade. Além disso, os membros da Sociedade brasileira têm acesso ao portal educacional da parceira internacional, que reúne conteúdos científicos e webinars exclusivos. O acordo também contempla a participação de membro SBOC ativos em programas internacionais de bolsas, preceptoria e outras atividades voltadas à formação e à capacitação profissional.

    “Renovar essa parceria é uma forma de reafirmar nosso compromisso com a promoção de uma oncologia focada em todos os cuidados necessários para os pacientes”, comenta a Presidente da SBOC, Dra. Angélica Nogueira. “Estreitar os laços com a MASCC permite que nossos associados se conectem com experiências e práticas globais, colocando-as em prática no atendimento diário”, afirma

    “A renovação desta parceria reafirma nosso compromisso com uma oncologia que valoriza o cuidado integral do paciente”, afirma a Presidente da SBOC, Dra. Angélica Nogueira. “A aproximação com a MASCC nos permite incorporar experiências da prática global à prática clínica no Brasil, fortalecendo a formação dos nossos especialistas e beneficiando diretamente os pacientes.”

    A diretora executiva da MASCC, Melissa Chin, também reforça a importância da colaboração. “Valorizamos muito a parceria com a SBOC. Juntas, fortalecemos o compromisso global com o avanço dos cuidados de suporte em câncer, compartilhando conhecimento, recursos e experiências que, em última instância, melhoram a vida das pessoas afetadas pela doença”, diz. “Renovar essa parceria reafirma nossa dedicação mútua em promover a colaboração e impulsionar avanços significativos para pacientes e profissionais”, completa.

    Com esse acordo, a SBOC mantém o alcance de sua atuação internacional, que também inclui colaborações com a American Society of Clinical Oncology (ASCO), European Society of Medical Oncology (ESMO), American Association for Cancer Research (AACR) e International Association for the Study of Lung Cancer (IASLC), promovendo a inserção dos oncologistas brasileiros nas principais redes de conhecimento da oncologia global.

    Se tiver interesse em se associar à MASCC com valores reduzidos, entre em contato com Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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