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No dia 8 de novembro, o presidente recém-empossado da SBOC, Dr. Gustavo Fernandes, concedeu entrevista ao jornal Correio Braziliense. Ele falou que pretende se unir a governo e médicos para otimizar o tratamento de tumores e torná-lo mais igualitário.

Confira a matéria na íntegra: http://www.interclip.com.br/webclipping/index.php?action=DL&va=1447237477_0785&n=434552&uc=0&tv=C&ha=75967bca6cf79f93dfb066e075fe9625&c=237&hb=748789f6885bd94649887258e41e2208

Com apenas uma gota de sangue pesquisadores suecos da Umeå University conseguiram detectar, classificar e localizar um tumor cancerígeno. O novo método foi capaz de identificar a doença com 96% de precisão.

 “Ser capaz de detectar o câncer em um estágio inicial é fundamental. No futuro, isso pode tornar desnecessários os procedimentos invasivos de biópsia nos casos de câncer de pulmão, por exemplo. Durante o estudo, quase todas as formas da doença foram identificadas, o que prova que os exames com amostras de sangue têm um grande potencial”, garantiu Jonas Nilsson, pesquisador da Universidade e coautor do artigo.

 As avaliações foram feitas com base na análise das plaquetas, que podem constituir uma fonte de identificação do câncer completa e de fácil acesso.

O estudo foi realizado com 283 pessoas das quais 228 já tiveram algum tipo de câncer e 55 nunca tiveram nenhuma evidência da doença. Entre os 39 indivíduos que foram detectados precocemente com câncer foi possível identificar e classificar a doença em 100% dos casos.

A pesquisa foi realizada em colaboração com especialistas da Holanda e dos Estados Unidos.

Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vida/noticia/2015/11/pesquisadores-desenvolvem-metodo-para-detectar-cancer-com-uma-pequena-amostra-de-sangue-4901189.html

 

Evento promovido pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo abordou o diagnóstico precoce e o desenvolvimento técnico-científico dos profissionais do SUS no estado de São Paulo.

O ICESP, ligado a Secretaria de Estado da Saúde e a Faculdade de Medicina da USP, realizou o segundo Simpósio Paulista de Oncologia, nos dias 5 e 6 de novembro no Centro de Convenções Rebouças.  A iniciativa, em parceria com o Comitê Estadual de Referência em Oncologia do Estado de São Paulo, busca incentivar a integração e o desenvolvimento técnico-científico de todos os profissionais envolvidos no tratamento do câncer nos hospitais da rede pública do Estado.

Estiveram presentes no evento mais 600 especialistas em oncologia que abordaram módulos de temas como hematologia, pediatria, infectologia, câncer de mama, pulmão, urológico e gastrintestinal. Para abordar com profundidade os diferentes temas da oncologia atual, o evento manteve a sua estrutura com sessões multidisciplinares (simultâneas) com temas específicos para cada especialidade.

“Nosso principal objetivo é discutir a terapia integrada em oncologia, que ainda hoje reflete um dos maiores desafios do tratamento do câncer. A intenção é que, em um futuro próximo, possamos trabalhar de forma eficiente todos os recursos disponíveis nos diferentes hospitais da rede estadual”, destacou o diretor geral do Icesp, Paulo Hoff.

Junto ao Icesp, participam da organização do Simpósio mais 18 grandes centros de tratamento oncológico de São Paulo: Hospital de Câncer de Barretos, Hospital Amaral Carvalho de Jaú, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HC/FMRP), Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília (HC/FMM), Hospital de Base de São José do Rio Preto, Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, Hospital Santa Marcelina, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Instituto de Tratamento de Câncer Infantil (Itaci), Instituto de Oncologia Pediátrica (IOP), do Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAACC), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Centro Infantil Boldrini, Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP), Associação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Combate ao Câncer (ABIFICC), AC Camargo Cancer Center, Instituto Arnaldo Vieira de Carvalho (IAVC), Hospital Pérola Byington e Hospital Heliópolis.

Para explicar melhor os impactos deste evento, segue entrevista com o Dr. Claudio Ferrari, Diretor da SBOC, e Coordenador do Evento.

1 -  O 2o Simpósio Paulista de Oncologia (SP ONCO II) tem por objetivo promover a integração e o alinhamento técnico-científico dos profissionais envolvidos no tratamento do câncer dentro do Sistema Único de Saúde em São Paulo.  Qual o diagnóstico sobre a educação oncológica dos profissionais de saúde que atuam no SUS em SP? 
Entendo que os pacientes, em geral, são cuidados por profissionais motivados e bem qualificados, que enfrentam limitações estruturais e de recursos materiais diversos. Além disso, a má distribuição de casos dentro do sistema de saúde acaba acarretando atrasos importantes na assistência, com impacto nos resultados. Acredito também que o atraso na implantação sistemática do registro eletrônico da informação (prontuário eletrônico) acabe prejudicando ainda mais esse trabalho. Por isso tudo, vejo os profissionais na linha de frente como a melhor parte nesse sistema tão complexo.
É claro que devemos investir continuamente em sua capacitação, principalmente no sentido de desenvolver a abordagem multidisciplinar, especialmente valiosa no tratamento oncológico. Os melhores resultados só podem ser alcançados quando profissionais de diferentes formações atuam de forma integrada.

Há muita disparidade no preparo técnico-científico entre os profissionais de saúde da capital e do interior, entre médicos e demais profissionais de saúde?
O Estado de São Paulo conta com uma rede bastante ampla para o tratamento do câncer dentro do SUS. São mais de 70 hospitais, com diferentes modelos de gestão e contratação pela Secretaria de Saúde. Não acho que exista uma diferença de qualidade importante entre o trabalho realizado pelos hospitais da capital vs. interior. Ao contrário: acho que podemos dizer, sem muito medo de errar, que a excelência se encontra nos serviços que concentram os maiores números de casos. A boa gestão também contribui muito para a qualidade da assistência. Se olharmos para o mapa, vamos encontrar bons serviços espalhados por todo Estado.  Quanto à disparidade entre profissionais, acho que tende a se reduzir com a implantação das Residências Multiprofissionais em Oncologia.

O SISREG funciona ou há outro sistema de regulação de leito/tratamento  em SP?
O grande desafio que estamos enfrentando na área da saúde - tratar mais pacientes, alcançando melhores resultados com menos recursos - só pode ser enfrentado com a implantação de sistema de informação modernos. Precisamos integrar os vários (+ de 70) "nós da rede" para conseguir identificar instantaneamente as necessidades e disponibilidade de recursos. É preciso desenvolver a interoperabilidade dos sistemas de informação para fazermos uma gestão efetiva dos recursos. Enquanto isso não acontece, o Estado mantém uma regulação de leitos pela CROSS (Central de Regulação de Oferta de Serviços), que consegue resolver muitas questões críticas, trabalhando com dados atualizados de todas as instituições.

2 - Quais as iniciativas para aperfeiçoar a qualidade da educação médica em oncologia que foram proporcionadas neste simpósio? Como iniciativas como esta podem beneficiar os pacientes?
O SP Onco busca promover uma visão multidisciplinar da assistência oncológica - estimulando a atuação sinérgica das diferentes especialidades médicas e o trabalho cooperado entre os diferentes profissionais (enfermagem, farmácia, nutrição, psicologia). Isso tem sido possível pela montagem de programas que privilegiam as discussões de caso. Além disso, nossa preocupação tem sido mostrar o que pode e deve ser feito hoje dentro da realidade SUS. Nesse sentido, acho que estamos inovando bastante. Outro ponto que costumamos explorar no SP Onco é o da pesquisa clínica, que contribui muito para a formação desses profissionais. Acho que tudo o que trabalhamos nas duas edições do Simpósio foram potencialmente benéficas para os pacientes atendidos pelos hospitais da Rede Oncológica do Estado.
3 - Esta iniciativa pode influenciar outros estados, como?
Esperamos que sim. Os valores que estamos promovendo - integração de serviços, abordagem multidisciplinar, etc. - são essenciais para a boa prática oncológica.

4 - Quais as propostas para o futuro?
O ICESP foi escolhido pelos membros do Comitê para responder pelas duas edições do SP Onco. Independentemente de qual serviço irá conduzir o próximo Simpósio, entendo que deveremos fortalecer ainda mais a abordagem multidisciplinar e a pesquisa clínica nesse contexto. Imagino também incluirmos mais temas não diretamente relacionados à assistência na grade do evento, o que pode nos obrigar a ampliar a duração do evento (passaríamos para 3 dias). Gostaria muito de discutir Tecnologia de Informação e Logística na Rede. Também vejo espaço para discutirmos Diretrizes para todas estas instituições. Vamos aguardar.

5 - Algum outro comentário?
A experiência de trabalhar uma programação científica a tantas mão é transformadora.
Os mais de cem profissionais das diferentes instituições envolvidos na organização do Simpósio tiveram que "olhar por cima do muro" para identificar a excelência em outros serviços e trazer estas experiências para serem partilhadas.
Não foi fácil. Mas valeu a pena!

Texto: Fernanda Geppert Assessoria de Imprensa ICESP

Entrevista: Andrea Penna: jornalista SBOC

Em entrevista à Globo News, o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dr. Gustavo Fernandes, falou sobre a fosfoetanolamina – substância supostamente capaz de curar o câncer. A droga era distribuída pela Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos.

A substância foi estudada pelo professor aposentado Gilberto Orivaldo Chierice, que era ligado ao Grupo de Química Analítica e Tecnologia de Polímeros da USP. Na ocasião, o Instituto de Química de São Carlos (IQSC) informou que algumas pessoas chegaram a usar a substância como medicamento, o que era permitido pela legislação. Daí teriam surgido as primeiras informações de que a fórmula combateria o câncer.

Após várias advertências dos órgãos reguladores sobre a falta de estudos, um grupo de pesquisadores vai testar a substância que promete combater o câncer. Para o presidente da SBOC, os estudos clínicos são essenciais para que a vida dos pacientes não seja colocada em risco. “O estudo determina os efeitos colaterais, a melhor administração e as indicações de medicação. Isso vale para um antibiótico e para um remédio contra o câncer. É o que dá noção de eficácia e segurança para ser usado”, explica Gustavo Fernandes.

Confira a matéria completa: http://g1.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/videos/v/grupo-que-vai-testar-substancia-que-ajudaria-no-combate-ao-cancer-deve-se-reunir/4587667/

Governador afirmou que solicitará regime especial à Anvisa para permitir acesso à substância; especialistas cobram testes

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta terça-feira, 24, que pedirá à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a liberação do uso da fosfoetanolamina sintética, substância que teria suposta eficácia contra o câncer - ela ainda não foi testada nem liberada pela agência. Alckmin ofereceu ainda hospitais e laboratórios da rede estadual para a realização de testes com a fórmula. Especialistas criticaram a atitude do governador de solicitar a liberação antes da realização de testes clínicos.

“Essa substância já vem há quase 20 anos sendo testada e tem tido resultados surpreendentes. Vamos procurar ajudar e trabalhar para que a Anvisa, baseada em lei federal, autorize o regime compassivo, quando uma substância é disponibilizada para que as pessoas possam utilizar antes da sua aprovação pela Anvisa. Isso pode, em caráter excepcional”, afirmou o governador.

Por meio da assessoria, a Anvisa informou que ainda não foi comunicada oficialmente sobre o assunto.

Alckmin disse que se reuniu na segunda com o pesquisador Gilberto Chierice, professor aposentado do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos, que criou a fórmula, e com uma comissão de pacientes.

“Não sou especialista em oncologia, mas todos os depoimentos que nós verificamos são positivos. Estamos oferecendo uma rede de hospitais, todos os serviços de câncer para ajudar nesse trabalho para completar a aprovação final para a substância virar remédio.”</p><p>
Neste mês, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação anunciou que vai investir R$ 10 milhões em pesquisas sobre a substância.

Presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Gustavo Fernandes disse que as promessas do governador têm um aspecto positivo e outro negativo. “Tem a pior e a melhor coisa que poderíamos esperar. A posição de fazer um grande estudo em laboratórios de São Paulo é maravilhosa. Mas tentar liberar na Anvisa significa passar por cima de todo um rito de aprovação por conta de comoção popular. Aprovar sem estudo clínico é um risco.”

Fernandes afirma que a comprovação científica da eficácia ou não da substância pode beneficiar pessoas não só no País, mas em todo o mundo.

Sílvio Eduardo Valente, presidente da Comissão de Direito Médico da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), disse que o pedido para liberação pode abrir precedentes para que tentativas de implementação de outras fórmulas sem aprovação sejam feitas.

“Acho muito difícil que a Anvisa libere, porque não é um medicamento, é uma substância experimental. Mas causa uma preocupação por abrir um espaço para aventuras científicas.” Sílvio Eduardo Valente diz que a principal preocupação deve ser com os pacientes.

 FONTE: http://saude.estadao.com.br/noticias/geral,alckmin-quer-liberacao-da-pilula-do-cancer,10000002871

 

O aumento da expectativa de vida, a urbanização e a globalização são alguns dos fatores que podem explicar parte dos 596 mil novos casos de câncer que o INCA estima que afetarão os brasileiros no próximo ano. Os principais tipos que ocorrerão no País serão, por ordem de incidência, os de pele não melanoma (para ambos os sexos), o de próstata e o de mama. Outros cânceres cuja incidência merece destaque são os do intestino grosso (terceiro mais incidente entre as mulheres e o quarto entre os homens); pulmão (segundo entre os homens e quarto entre as mulheres), colo do útero (terceiro mais comum nas mulheres); estômago (quarto entre os homens e quinto entre as mulheres); e cavidade oral (quinto mais comum entre os homens).

 Os números foram apresentados hoje, 27, Dia Nacional de Combate ao Câncer, em solenidade no auditório do prédio-sede do INCA, no Rio. Por se tratar de uma doença associada principalmente ao envelhecimento, quanto maior a expectativa de vida da população, maior costuma ser a incidência do câncer. Além da idade, outros fatores de risco já relacionados com o aumento da chance de desenvolver o câncer são o tabagismo, a obesidade, o sedentarismo, o consumo de carnes processadas (linguiça, salsicha, embutidos em geral) e o etilismo (consumo de álcool).

 "Por isso, a mudança do comportamento dos adultos e a disseminação de hábitos saudáveis desde os primeiras anos de vida são essenciais para que haja uma mudança de cenário e cerca de 1/3 dos casos estimados de câncer possa ser prevenido", disse o diretor-geral em exercício do INCA, Luis Felipe Ribeiro Pinto. Atualmente, o câncer é a segunda maior causa de morte no Brasil, com 190 mil óbitos por ano.

 Entre os homens, são esperados 295.200 novos casos de câncer, e entre as mulheres, 300.870. Excluindo-se o câncer de pele não melanoma (175.760 casos previstos, que correspondem a 29% do total estimado), esses números caem, respectivamente para 214.350 e 205.9960.

 Como o Brasil é um País muito extenso e com diferenças socioculturais e econômicas significativas entre as regiões, as taxas brutas (número de casos a cada 100 mil habitantes) também sofrem variações importantes conforme a região geográfica. Entre as mulheres, a Região Norte é a única onde o câncer de mama não será o mais incidente, excluindo-se o câncer de pele não melanoma. Lá, o tipo da doença que afeta o sexo feminino mais frequentemente é o câncer do colo do útero, que na classificação nacional ocupa a terceira posição. Já na região Sul, colo do útero é o quarto tipo mais comum.

 No sexo masculino, sem levar em consideração o câncer de pele não melanoma, o câncer de pulmão é o segundo mais incidente no País. Já no Norte e no Nordeste, os tumores malignos de estômago ocupam esta colocação. Este tipo de câncer pode estar relacionado a condições socioeconômicas menos favoráveis (o tabagismo e o consumo de alimentos conservados no sal contribuem para o aumento do risco).

 As estimativas servem principalmente para o planejamento, por parte dos gestores de saúde, de ações e programas de controle do câncer. A projeção para 2016 inclui 19 tipos de câncer e é feita com base nas informações geradas pelos Registros de Câncer de Base Populacional e o sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde.

 Acesse as apresentações e aspectos referentes à incidência por região, sexo e tipos de câncer no hotsite (http://www.inca.gov.br/wcm/dncc/2015/index.asp).

 

Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o Presidente da SBOC, Dr. Gustavo Fernandes, comentou a solicitação de regime especial à Anvisa feita pelo Governador de SP, Geraldo Alckmin, para a liberação da fosfoetalonamina.

De acordo com o médico, tentar liberar a substância passando por cima do rito de aprovação da Anvisa devido a comoção popular, é um risco. “A comprovação científica da eficácia da droga beneficia pessoas não só no país, mas em todo o mundo”, completa.

Confira a matéria na integra: http://www.interclip.com.br/webclipping/index.php?action=DL&va=1448549508_6269&n=444498&uc=0&tv=C&ha=2ba5cc3f966676c13aafc82f019b6f9e&c=237&hb=75a21c4b0599c70cc4acf2ca052e0cad

O grupo de trabalho que vai estudar a substância fosfoetanolamina estipulou prazo de sete meses para a primeira fase dos testes – in vitro e com animais –, a partir de quando a Universidade de São Paulo (USP) entregar a amostra e o Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lassbio/UFRJ) sintetizar a substância descrita no pedido de patente no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). A pesquisa servirá para validar ou não os efeitos terapêuticos da substância, que pode vir a ser usada no tratamento do câncer. O anúncio foi feito pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, nesta segunda-feira (16). Ele discutiu a questão com representantes dos laboratórios envolvidos e do Ministério da Saúde.

A partir da conclusão dos testes pré-clínicos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) poderia convalidar a pesquisa preliminar. "Se os resultados forem positivos, partiremos para a fase 2, que envolve humanos, por meio de centros que tiverem proficiência e experiência na área, como aqueles vinculados ao Ministério da Saúde", disse Pansera, em referência à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e ao Instituto Nacional de Câncer (Inca).

O MCTI convidou no início do mês seis dos mais capacitados grupos de pesquisa do País na área de fármacos para comprovar a eficácia e a segurança da fosfoetanolamina como medicamento. O Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos da Universidade Federal do Ceará (NPDM/UFC) e o Centro de Inovação de Ensaios Pré-Clínicos (CIEnP), de Florianópolis, fariam provas e contraprovas de todos os testes apoiados pelo Governo Federal. Também devem contribuir na investigação o Instituto Butantan e laboratórios da USP e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O MCTI estima investir R$ 10 milhões até a conclusão dos estudos, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI). Uma comissão criada pelo Ministério da Saúde vai coordenar o processo, com participação do Instituto Butantan, da USP e da Universidade Estadual Paulista (Unesp), inclusos a pedido dos responsáveis pela molécula.

De acordo com o ministro, uma segunda comissão deve ser designada para acompanhar as pesquisas. "Nós iremos convidar a Academia Brasileira de Ciências (ABC), a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Academia Nacional de Medicina (ANM), o Congresso Nacional, com um senador e um deputado federal, e também o Ministério Público, para que possamos ver a sociedade civil refletida em todo esse processo", afirmou.

Ele reiterou a ideia de abrir uma página na internet, dentro do portal do CNPq, onde regularmente serão publicados resultados das pesquisas, à medida que elas forem se desenvolvendo.

Fonte: Inca

Cristina Moro, diretora de Desenvolvimento em Saúde do Hospital Amaral Carvalho, que fica em Jaú, São Paulo, conta a trajetória da mais antiga entidade filantrópica privada de assistência à saúde do Brasil. O Hospital Amaral Carvalho é referência nacional em tratamento oncológico e mantém o serviço que mais realiza transplantes de medula óssea na América Latina.

 

1 - Conte-nos um pouco da história do Hospital Amaral Carvalho?

Uma instituição com vocação para prestar atendimento humanizado a pacientes com câncer e seus familiares. A história do Hospital Amaral Carvalho teve início há 100 anos, com a doação de um terreno pelo casal Domingos Pereira de Carvalho e Anna Marcelina Campanhã de Carvalho, e o início da construção da Maternidade do Jahu.

Em 1954, foram ampliadas as atividades da maternidade, que passou a ser também hospital geral com a denominação Maternidade de Jahu e Hospital Dr. Amaral Carvalho. Na década de 70, tornou-se a primeira entidade hospitalar do interior do Estado de São Paulo especializada em câncer.

Hoje, um complexo composto pelo Amaral Carvalho, setores administrativos e de apoio, além de unidades de assistência social e atividades culturais, é mantido pela Fundação Amaral Carvalho, a mais antiga entidade filantrópica privada de assistência à saúde do Brasil.

Além da humanização, fazem parte da conduta do hospital a responsabilidade social, transparência em suas ações e dedicação para melhor atender os pacientes com câncer e seus acompanhantes.

A instituição oferece tratamento integral, observando aspectos importantes das condições físicas e emocionais do paciente, por isso, mantém serviços multidisciplinares como psicologia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, fisioterapia, nutrição, odontologia e assistência social.

Na década de 70, a Fundação Amaral Carvalho intensificou o trabalho de assistência social com o objetivo de oferecer acompanhamento humanizado aos pacientes ambulatoriais e aumentar as chances de cura e sobrevida.

A rede de voluntariado da instituição teve início com a criação da Entidade Anna Marcelina de Carvalho, em Jaú, que presta apoio emocional e material aos pacientes carentes, com doação de cestas de alimentos, roupas, produtos de higiene e medicamentos, além de dedicação e muito carinho.

Esse trabalho se expandiu a outros municípios e hoje a instituição conta com mais de 100 ligas de combate ao câncer por todo o País.

As entidades voluntárias recebem ajuda de órgãos municipais, estaduais e da comunidade. Sobrevivem de doações e renda adquirida em bazares, feiras, entre outros eventos beneficentes.

O trabalho realizado por essas ligas é de extrema importância para a detecção precoce do câncer e seu correto acompanhamento. Nas cidades onde elas estão presentes, os índices de cura são 12,4% superiores em relação a outras localidades.

Para evitar fugas do tratamento oncológico e garantir que os pacientes residentes em cidades distantes do Hospital Amaral Carvalho tenham condições de permanência em Jaú, a Fundação mantém Casas de Apoio aos pacientes em tratamento ambulatorial. Nessas unidades, os pacientes recebem alimentação e hospedagem gratuitas.

 

2 - Quantas pessoas foram tratadas e quantas são tratadas atualmente?

O Amaral Carvalho recebe pacientes de todo o País, e sempre busca maneiras mais eficientes e humanizadas para atender seus usuários, alcançando excelente resposta no tratamento. São atendidas mais de 75 mil pacientes por ano: pessoas de mais de 500 cidades do Estado de São Paulo e de mais de 600 cidades de outros Estados.

 

3 - Atendem SUS e planos de saúde?

Um dos principais centros brasileiros de oncologia, o Amaral Carvalho dedica praticamente toda sua capacidade de atendimento a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e também atende pacientes por meio de convênios.

 

4 – Quais são os principais dados do Hospital: conta com quantos funcionários? Realiza transplante? Quantos leitos? Quantos procedimentos?

O Hospital Amaral Carvalho é referência nacional em tratamento oncológico e mantém o serviço que mais realiza transplantes de medula óssea na América Latina: são efetuados, em média, 200 transplantes por ano na instituição.

Tem mais de 2 mil colaboradores, 300 leitos e realiza anualmente mais de 1 milhão de procedimentos, incluindo quimioterapia e radioterapia;  11 mil internações; 19 mil cirurgias e 710 mil exames de imagem e laboratoriais.

 

5 - Quais os planos para os próximos 100 anos?

Os projetos são muitos, e estamos trabalhando para melhorar a qualidade e certificar o atendimento dentro de padrões reconhecidos por instituições credenciadas.

Novos equipamentos e tecnologias serão incorporados, o ensino aprimorado e a educação continuada cada vez mais valorizada pela instituição.

 

 

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