As recentes atualizações nas diretrizes para o início das mamografias de rotina nos Estados Unidos trouxeram à tona uma discussão antiga no Brasil. O país norte-americano costumava recomendar o rastreamento para mulheres saudáveis a partir dos 50 anos, alinhado com as recomendações do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Agora, a Força-tarefa para Serviços Preventivos dos EUA passou a recomendar o exame para todas as mulheres com 40 anos ou mais, a serem repetidos a cada dois anos.
Os motivos sobre as alterações das regras seriam o aumento dos casos de câncer de mama entre mulheres mais jovens e as evidências que apontam para o benefício do controle da doença quando o rastreamento é iniciado nesta fase.
Em entrevista ao jornal O Globo, o oncologista clínico Carlos Henrique dos Anjos, membro do Comitê de Tumores Mamários da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), expressou seu apoio ao exame a partir dos 40 anos. “À medida que vemos um órgão bastante sério como o dos EUA diminuir a idade do rastreamento, cabe sim a discussão no nosso país se também não deveríamos reduzi-la. E temos literatura médica que apoia isso”, afirma.