Residentes em Oncologia

É possível assistir à gravação do primeiro tumor board virtual realizado pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) pelo link http://bit.ly/2za6wKV. O painel foi ao vivo, no dia 13 de novembro, sobre câncer de pulmão. Três casos foram analisados com o objetivo de discutir abordagens baseadas em evidências para situações desafiadoras. A duração total é de 54 minutos.

O próximo tumor board ao vivo será sobre câncer de mama. Os interessados podem enviar casos até 16 de dezembro pelo link www.cancerexpertnow.com/SBOC. O painel ocorrerá no dia 20, com a participação dos oncologistas clínicos José Bines (SBOC) e Mariana Chavez-McGregor (MD Anderson Cancer Center), do cirurgião oncológico Charles Balch (MD Anderson Cancer Center e past-president da ASCO) e do cirurgião plástico Michael J. Miller (The Ohio State University / Wexner Medical Center).

Trajetória reconhecida

Notícias Terça, 21 Novembro 2017 14:54

“Minha primeira cama foi uma tampa de mala velha em cima de um fogão”, conta o Dr. José Carlos do Valle, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) de 1989 a 1991. O médico de 1,90 metro e 77 anos emocionou-se ao ser homenageado na Assembleia da SBOC, durante o XX Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica (25 a 28 de outubro, no Rio de Janeiro). O filho único de pais pobres, cuja trajetória profissional remete ao desenvolvimento da própria oncologia no Brasil, conta que foi difícil dormir naquela noite. “É com uma imensa alegria que testemunhei esse Congresso extraordinário e a SBOC tão pujante”, orgulha-se.

A semente, como gosta de dizer, foi plantada por ele e outros sete especialistas em 1979, durante uma jornada de quimioterapia antineoplásica em Porto Alegre. A SBOC viria a ser fundada oficialmente dois anos depois. O Dr. José Carlos passou por quase todos os cargos da diretoria até ser eleito o seu quinto presidente. Havia outros quatro candidatos virtuais, mas ele clamou pelo consenso. Os demais abriram mão e o apoiaram justamente pelo seu perfil conciliador. Esta qualidade o ajudou a articular o primeiro convênio entre a SBOC, a Sociedade Brasileira de Cancerologia e a Associação Médica Brasileira para a concessão do Título de Especialista. Referindo-se ao reconhecimento da oncologia clínica como especialidade, ocorrido este ano, ele é direto: “Finalmente conseguimos nos libertar desse grilhão”. Na época, a oncologia clínica era área de atuação da cancerologia. Assim, o primeiro concurso de proficiência para obtenção do Título ocorreu durante o VII Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, presidido por ele em agosto de 1991.

Dezessete meses antes, o evento correu sério risco de cancelamento. O governo Collor confiscou os ativos bancários de boa parte dos brasileiros, incluindo os recursos da SBOC, que tinha 300 associados. “Precisávamos fazer o Congresso e corri feito um desesperado para conseguir financiadores”, lembra o Dr. José Carlos. Deu certo. O encontro reuniu 700 participantes e teve 12 conferencistas internacionais. “Foi uma das edições mais lembradas por muito tempo”, diz.

Uma decisão para sempre

A vida do oncologista clínico – que quase foi pianista profissional – é assim: pautada por desafios e superação. Aos nove anos, foi inquirido pela mãe a respeito de seu desempenho medíocre na escola. A conversa foi sobre os sacrifícios dela, costureira, e do pai, mecânico autodidata e tratorista, para garantir seus estudos. O menino de Nova Iguaçu (RJ) decidiu, então, que seria o primeiro aluno enquanto estudasse – o que conseguiu cumprir até a conclusão do curso científico da época. Chegou a ter dúvidas em relação a qual carreira escolher. Manteve a música como hobby, assim como o mergulho com garrafa e a fotografia submarina. No acidente com uma lancha durante um mergulho, teve amputado um dedo da mão esquerda, reimplantado no mesmo dia, o que prejudicou muito a destreza para tocar. Mas ainda conserva em lugar de destaque o piano preto de meia cauda. “Olho para ele todo dia. Ali ficaram por uma semana as flores que recebi na homenagem da SBOC.”

A oncologia surgiu em sua vida quase por acaso. Após ser aprovado com nota máxima no concurso para professor livre-docente de Clínica Médica na UniRio, em 1971, tornou-se o primeiro a deter esse título no Instituto Nacional de Câncer (Inca). O Dr. Moacyr Alves dos Santos-Silva, figura emblemática da oncologia, então diretor do Inca e 22 anos mais velho que ele, ficou entusiasmado com a conquista e o convidou para ser o chefe do Departamento de Clínica Médica, que abrangia também o CTI, a Pediatria, a Hemoterapia e a Oncologia Clínica. “Eu não sabia quase nada de câncer. Forcei-me a estudar a cancerologia para poder exercer com qualificação a chefia daqueles profissionais”, revela. “Fiquei apaixonado pela especialidade, que abracei e tornei minha também.”

Dentre suas muitas realizações, lembra com carinho do período de 1979 a 1985, quando esteve à frente do Hospital de Oncologia, então o único hospital oncológico do Inamps (atual Inca II), e também da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Nova Iguaçu, que ajudou a fundar e da qual foi professor titular de Clínica Médica e Oncologia por 13 anos. Dedica-se com entusiasmo desde 2006 à Academia Nacional de Medicina, a mais antiga instituição cultural do país, onde é membro titular e frequenta as tradicionais reuniões das quintas-feiras, religiosamente. É o atual presidente da Secção de Medicina. “Sinto minha missão completa”, finaliza.

Em reconhecimento a atuações como a do Dr. José Carlos do Valle, a SBOC aprovou a criação do seu Conselho de Ex-Presidentes. As reuniões serão periódicas e terão como objetivo reforçar os propósitos e as reflexões que norteiam a Sociedade.

O jornal Folha de S. Paulo publicou uma entrevista com o novo presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dr. Sergio Simon, neste sábado (18). A falta de oncologistas no país, a necessidade de formar bem os médicos clínicos para o diagnóstico precoce do câncer e a ausência de certos tratamentos modernos no sistema público de saúde são algumas das questões discutidas.

Dr. Simon também cita seus planos para a gestão que se inicia na SBOC. Confira: http://bit.ly/2AaypXw

O novo rol de cobertura obrigatória pelos planos de saúde entrará em vigor no dia 2 de janeiro de 2018 com oito incorporações de medicamentos orais para o tratamento de pacientes com diversos tipos de câncer. Também inclui procedimentos como pesquisa de translação de ALK em pacientes com câncer de pulmão e exame PET-CT oncológico com análogos de somatostatina para pacientes portadores de tumores neuroendócrinos, além de tratamento de câncer de ovário (ressecção/debulking) via laparoscopia. Confirmando o posicionamento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) apresentado em julho na consulta pública, foram incorporadas quatro das oito drogas propostas pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), em parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB). Veja listas abaixo.

O Dr. Roberto Gil, vice-presidente de Assistência Médica e Defesa Profissional da SBOC, lembra que a renovação do arsenal terapêutico em oncologia é constante e que devem ser priorizadas as drogas com maiores benefícios para mais pessoas. “O fato de o rol ser atualizado apenas a cada dois anos gera um segundo atraso na oferta desses medicamentos para os pacientes que precisam; o primeiro é o tempo que demora a aprovação pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]. Toda essa dificuldade de acesso também perpetua e até impulsiona a judicialização”, avalia.

De acordo com o vice-presidente, precisa haver uma modificação nessa metodologia para que as incorporações sejam mais céleres. O oncologista clínico também aponta a importância de se discutir os altos custos dos medicamentos oncológicos. “Estamos aprendendo a mensurar o impacto de determinados tratamentos na população brasileira, como já fazem entidades internacionais a exemplo da ESMO [European Society for Medical Oncology]. Gradativamente, precisamos desenvolver no Brasil os cálculos de custo-efetividade”, afirma. Neste ano, a SBOC participou pela primeira vez das discussões para elaboração do rol da ANS. “É fundamental termos ganhado esse espaço. Afinal, as sociedades médicas é que têm o domínio das informações técnicas e científicas e, portanto, devem contribuir na definição de prioridades em relação às incorporações”, diz o vice-presidente.

Na visão de Gil, a SBOC pode e deve também favorecer a aproximação entre a indústria farmacêutica e os órgãos governamentais para a definição de valores que permitam a perenidade dos sistemas de saúde. “Enquanto não houver diálogo e prevalecer a desconfiança, não se chega a lugar nenhum e os principais prejudicados são os pacientes”, conclui.

 

Medicamentos propostos pela SBOC/AMB e incorporados ao rol 2018

Crizotinibe para câncer de pulmão não pequenas células avançado positivo para a cinase de linfoma anaplásico – ALK

Dabrafenibe para pacientes adultos com melanoma irressecável ou metastático com mutação BRAF V600

Enzalutamida para câncer de próstata metastático resistente à castração em adultos assintomáticos ou ligeiramente sintomáticos após falha de terapia de privação androgênica

Everolimo para tumores neuroendócrinos – NET – avançados localizados no estômago e intestino, pulmão ou pâncreas

 

Outros medicamentos incorporados ao rol 2018

Afatinibe para câncer de pulmão avançado ou metastático com mutação do gene EGFR

Ruxolitinibe para mielofibrose de risco intermediário ou alto

Ibrutinibe para leucemia linfocítica crônica com deleção 17p

Trametinibe para melanoma não ressecável ou metastático com mutação BRAF V600

 

Propostas da SBOC e da AMB ainda não incorporadas

Axitinibe para pacientes adultos com carcinoma de células renais (RCC) avançado de células claras após insucesso do tratamento sistêmico prévio com sunitinibe ou citocina

Everolimo para pacientes com RCC avançado que tenha progredido durante ou após tratamento com inibidor de tirosina-cinase

Cobimetinibe indicado em combinação com vemurafenibe para pacientes com melanoma positivo para mutações BRAF V600 irressecável ou metastático

Regorafenibe para pacientes adultos com tumores estromais gastrintestinais (GIST) metastáticos ou não ressecáveis que tenham progredido ou experimentaram intolerância ao tratamento prévio com imatinibe e sunitinibe

A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) tem feito um alerta neste Novembro Azul sobre o comportamento do homem brasileiro em relação ao câncer. Pesquisa da SBOC revela que apenas 22% dos entrevistados realizam exame de próstata, embora 67% saibam que deveriam fazê-lo para prevenir a doença. Em relação ao exame de PSA, os percentuais são 20% e 42%, respectivamente. O Dr. Volney Soares Lima, diretor da SBOC e especialista nesse tipo de neoplasia, considera o dado preocupante. “Se não há atitude preventiva, continuarão sendo diagnosticados mais casos em estágio avançado, em que as chances de cura ou de controle do câncer são menores”, ressalta.

De acordo com o levantamento, Mato Grosso (33%), Rondônia (40%) e Maranhão (47%) são os Estados onde os homens estão mais desinformados sobre a necessidade de se fazer exames de próstata, enquanto Acre (93%), Distrito Federal (86%) e Paraná (82%) têm os melhores índices. Quanto ao exame do PSA, a falta de informação é pior em Mato Grosso (7%) e Mato Grosso do Sul (21%). Os que demonstraram mais conhecimento a respeito do assunto são da Paraíba e de Alagoas, empatados com 57%.

O estudo mostrou também um panorama grave sobre a saúde do homem de modo geral. Segundo o Dr. Volney Soares Lima, foi possível perceber que o homem brasileiro hoje só se preocupa minimamente com a próstata e não tem nenhuma iniciativa preventiva em relação a outros tipos de câncer de alta incidência, como pulmão, ânus e estômago. “Campanhas como o Novembro Azul são muito importantes, mas é preciso propagar que há outros tipos de neoplasia que também precisam ser prevenidas e diagnosticadas precocemente”, finaliza.

A pesquisa “Panorama sobre Conhecimento, Hábitos e Estilo de Vida dos Brasileiros em relação ao Câncer” ouviu mais de 1,5 mil pessoas, sendo 723 entrevistados do sexo masculino. Eles tinham a partir de 18 anos e pertenciam às classes A, B, C e DE, de todos os Estados brasileiros. Os dados foram coletados entre 6 e 25 de julho de 2017. Saiba mais sobre a pesquisa.

Pesquisadores alemães apresentaram no último congresso europeu de nutrição (ESPEN, Holanda) uma revisão sistemática de 500 estudos clínicos sobre dieta cetogênica isocalórica e câncer publicados entre 1980 e outubro de 2016. A conclusão é que em nenhum deles foi observada diminuição da progressão tumoral nem melhora na qualidade de vida dos pacientes submetidos a esse tipo de restrição alimentar. O tema também foi discutido no Fórum de Nutrição e Oncologia realizado na I Semana Brasileira da Oncologia, no Rio de Janeiro, em outubro.

“Em torno de 30% a 40% dos pacientes oncológicos que nos procuram no consultório querem a dieta cetogênica porque acreditam que ela vá curar o câncer”, revela a Dra. Georgia Silveira de Oliveira, nutricionista, membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e coordenadora do Fórum. “É uma fantasia preocupante”, avalia. A especialista alerta que, além de nenhum impacto na sobrevida, a deficiência nutricional muitas vezes leva à perda de massa muscular em um curto período de tempo, o que compromete o tratamento da doença.

A dieta cetogênica foi documentada pela primeira vez em 1911. O interesse pelo seu uso ganhou força em 1990, quando houve resultados positivos no manejo de pacientes com um tipo de epilepsia intratável até então. Em 2005 e 2008, foram publicados os primeiros ensaios controlados e aleatorizados no campo da epilepsia e começaram a ser explorados os mecanismos, a eficácia, a segurança e as ações terapêuticas da dieta cetogênica para outras doenças, como o câncer.

Obstáculos na pesquisa

Entre os 500 trabalhos encontrados pelos alemães, há revisões sistemáticas e meta-análises, estudos controlados randomizados, estudos controlados não aleatorizados, estudos não controlados (monitoramento de processos, estudos não controlados antes e depois, séries de análises temporais), estudos observacionais, séries de casos e estudos de caso. Nenhum deles teve um projeto metodológico rigoroso, conforme os autores. A maioria avaliou apenas a viabilidade, a qualidade de vida e a adesão do paciente à dieta cetogênica isocalórica.

A própria adesão dos pacientes mostrou-se um grande problema: somente 37% dos pacientes que seguiram a dieta ou 20% de todos os pacientes incluídos nesses 500 ensaios conseguiram aderir às recomendações dietéticas durante todo o período de estudo. “Os trabalhos são limitados pelo tamanho da amostra e pela falta de homogeneidade do tipo, localização e estágio do câncer e, portanto, os resultados não podem ser comparados”, afirmam os investigadores.

Segundo os autores da revisão sistemática, a baixa taxa de aceitação da restrição alimentar pelos pacientes aponta para seus próprios efeitos negativos sobre a qualidade de vida, que muitas vezes podem ser erroneamente atribuídos às terapias convencionais ou à progressão do câncer.

Contramão das diretrizes

A Dra. Georgia ressalta que todas as modalidades de dieta isocalórica vão na contramão das diretrizes nutricionais para pacientes com câncer seguidas no mundo inteiro. As contraindicações são numerosas. Os efeitos colaterais sobre coração, fígado, rim, pâncreas e ossos devem ser avaliados cuidadosamente em paciente oncológicos com comorbidades ou em uso de medicamentos que possam sobrecarregar esses órgãos (por exemplo, regimes de cisplatina).

De acordo com a nutricionista, não há estudo em andamento no Brasil sobre dieta cetogênica isocalórica e câncer. Nos Estados Unidos e na Europa, existem alguns. “O mecanismo é tão imaturo e tem se mostrado tão perigoso que inviabiliza um estudo bem desenhado, com grupo-controle, que seria o ideal em termos de evidência científica”, diz. “O paciente que faz esse tipo de dieta fica muito vulnerável, o que pode tornar o câncer mais oportunista e agravar os seus sintomas, inclusive a dor.”

A premiação por blocos foi um diferencial da segunda edição da Gincana Virtual de Oncologia para residentes. Os 12 casos foram divididos em três blocos, que duravam cerca de dois meses cada um. Ao final de cada etapa, os três primeiros colocados eram premiados e a pontuação zerada para o início da próxima. Além disso, foi mantida a competição geral, na soma de todos os pontos, também com três vencedores. A gincana teve a participação de 218 residentes em 2017, que atuam em 56 instituições diferentes em 15 Estados. O pico de acessos mensais foi de 18 mil.

Clique nos links para conhecer os ganhadores do primeiro bloco, do segundo e do ranking final.

A vencedora do terceiro bloco é a Dra. Renata Colombo Bonadio, de 28 anos, residente do segundo ano do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). Mineira, ela mora em São Paulo há uma década. “Foi muito interessante participar da gincana, pesquisando e procurando aprender mais a cada nova questão”, diz. “A premiação por etapas é um ótimo estímulo”, opina. A médica já aproveitou seu prêmio: pacote completo para o XX Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica (inscrição, passagem e hospedagem). O evento ocorreu no Rio de Janeiro, de 25 a 28 de outubro. Renata havia participado neste ano de outra iniciativa da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), o programa “Oncogenética em Foco”.

O segundo colocado da última etapa foi o Dr. André Octavio Nicolau Sanches, de 42 anos. Ele é de Campo Grande (MS), fez medicina na Universidad Católica Nuestra Señora de la Asunción, no Paraguai, residência em Clínica Médica na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e está no segundo ano da residência em Oncologia Clínica no Hospital de Câncer de Barretos. “Como o tempo da gincana é extenso durante o ano [abril a setembro], as premiações preliminares a cada bloco tornam a experiência mais instigante”, avalia o médico, que conseguiu responder todos os casos.

O Dr. André não pôde ir ao Congresso, para o qual ganhou a inscrição, mas está feliz com a isenção da anuidade 2018 da SBOC, que faz parte do prêmio também. “A gincana é um instrumento importante de aprendizado e consolidação de conceitos”, ressalta. “Pretendo participar no próximo ano porque é uma ferramenta de atualização e de ajustamento de condutas com experientes e renomados oncologistas em suas respectivas áreas”, completa.

O boliviano naturalizado brasileiro Dr. James Crespo, de 33 anos, foi o terceiro colocado do último bloco. Ele também é residente do Hospital de Câncer de Barretos, mas está no último ano. Graduou-se em medicina na Universidad Mayor de San Simón, em Cochabamba, Bolívia, e fez Clínica Médica no Hospital Federal dos Servidores do Estado, no Rio de Janeiro. “A gincana apresentou casos relevantes na prática diária do oncologista clínico e a discussão das condutas terapêuticas mais atualizadas; também permitiu a aproximação dos residentes em relação à SBOC”, afirma.

Para o Dr. James, a premiação por blocos estimulou a participação dos residentes, pois aumentou a possibilidade de alcançar os primeiros lugares e também o número de prêmios concedidos. O médico ganhou a inscrição para o XX Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica. “Fui pela primeira vez ao Congresso da SBOC e pude perceber a grandiosidade do evento, assim como ter contato com ícones da oncologia clínica no Brasil”, conta. Outro ponto destacado por ele é a oportunidade de divulgar, por meio do desempenho na gincana, o trabalho feito na formação de residentes em oncologia clínica nas diferentes instituições.

A comissão científica da Gincana Virtual de Oncologia 2017 foi formada pelos especialistas Clarissa Mathias (BA), João Soares Nunes (PR) e Clarissa Bladotto (RJ).

O XX Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, de 25 a 28 de outubro, no Rio, foi o maior já realizado. Neste vídeo de 1 minuto, confira os números de balanço do evento.

A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) realizará um tumor board virtual de câncer de pulmão no dia 13 de novembro, às 20h, e outro de câncer de mama em 20 de dezembro, no mesmo horário. Ambos terão a participação de especialistas brasileiros e americanos e uma hora de duração. Os associados já podem enviar casos pela plataforma Cancer Expert Now (CEN): www.cancerexpertnow.com/SBOC. Nessa página, é preciso fazer um cadastro e, em seguida, submeter o caso. Se o usuário já tiver se registrado, pode ir direto ao botão “submit a case”.

“É importante que os associados participem enviando seus casos para que tenhamos uma discussão bem produtiva, que realmente faça a diferença na prática clínica e que incorporem essa nova forma de aprendizado e interação profissional na sua rotina”, enfatiza a Dra. Cinthya Sternberg, diretora executiva da SBOC.

O tumor board de câncer de pulmão será presidido pelos doutores Paul Bunn e Carlos Gil Ferreira. O painel deve analisar dois casos e discutir abordagens baseadas em evidências para situações desafiadoras. Os casos precisam ser enviados até 9 de novembro. Os autores dos casos selecionados para discussão serão notificados até o dia 11. É obrigatório que o autor esteja disponível para revisar seu caso ao vivo com o painel na data e hora especificadas.

A parceria com o Cancer Expert Now para temas de oncologia clínica é exclusividade da SBOC no país. De forma gratuita, os associados poderão discutir casos clínicos com especialistas do Brasil e dos Estados Unidos. A participação de brasileiros no board da plataforma é considerada essencial para auxiliar nas consultas relacionadas ao arsenal terapêutico disponível aqui e outras questões próprias da nossa realidade.

Lançamento

O lançamento oficial da parceria entre a SBOC e o Cancer Expert Now ocorreu no dia 26 de outubro, durante o XX Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, no Rio de Janeiro. Um dos objetivos é oferecer uma fonte confiável de referência para os oncologistas clínicos que atuam distantes dos grandes centros especializados.

A atividade também tem cunho educacional. Segundo a Dra. Cinthya Sternberg, serão coletados dados sobre os assuntos mais discutidos, o que ajudará a identificar lacunas na formação e no treinamento dos membros para balizar iniciativas de educação continuada da SBOC. A participação na plataforma é anônima. A troca de informações é segura e criptografada.

Em breve, haverá um link direto no site da SBOC para envio de casos e perguntas a qualquer tempo.

 

Tumor board de câncer de pulmão

Data: 13 de novembro de 2017 (segunda-feira)

Horário: 20h

Prazo para envio de casos: 9 de novembro

Link: www.cancerexpertnow.com/SBOC

 

Tumor board de câncer de mama

Data: 20 de dezembro de 2017 (quarta-feira)

Horário: 20h

Link para envio de casos: www.cancerexpertnow.com/SBOC

A partir deste mês, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) disponibilizará gratuitamente a seus associados a plataforma Cancer Expert Now (CEN) para discussão de casos clínicos com especialistas do Brasil e dos Estados Unidos. De acordo com a Dra. Cinthya Sternberg, diretora executiva da Sociedade, a inserção de brasileiros no board da plataforma é essencial para auxiliar nas consultas relacionadas ao arsenal terapêutico disponível no país e outras questões próprias da realidade brasileira. Os oncologistas de todo o país enviarão suas dúvidas por escrito pelo site da SBOC. Quando a complexidade do caso exigir, poderá ser agendada uma comunicação virtual face-a-face ou até mesmo um tumor board.

O lançamento oficial do Cancer Expert Now para associados da SBOC ocorreu no dia 26 de outubro, durante o XX Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, no Rio de Janeiro. Sanjiv Agarwala, membro do board do CEN, prestigiou pessoalmente a iniciativa. A SBOC oferece o benefício com exclusividade no Brasil. “Acreditamos que a ferramenta agregará valor à prática clínica dos oncologistas, principalmente aqueles que não atuam em grandes centros de referência”, destaca a Dra. Cinthya.

A diretora executiva explica que a atividade terá, ainda, cunho educacional. “Coletaremos dados sobre as consultas realizadas para identificar lacunas na formação e no treinamento dos nossos membros com o objetivo de balizar as iniciativas de educação continuada da SBOC”, conta. “Após a discussão de cada caso, faremos contato com o associado que utilizou a ferramenta para saber se a troca de informações foi útil e qual o seu impacto na conduta dele”, completa. Todo esse trâmite ocorrerá de forma anônima. A plataforma é segura e criptografada.

O link para acesso pelos membros da SBOC será divulgado em breve.